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Sofia & Francisca

8 Países, 3 Semanas, 1 Família, 2 Adolescentes

Pequena e Mais Pequena (hoje escrevemos a par)

Partindo à descoberta de novos países no nosso belo continente, novas cidades e novas terras, a nossa grande viagem deste ano teve como inspiração a viagem do ano anterior, uma das mais divertidas e inesquecíveis que já fizemos. Gostámos tanto, pelo que concordámos fazer algo parecido. Assim, no início de agosto deixamos a nossa casa e partimos para o que foram três semanas que não vamos esquecer.

 

França

O nosso primeiro destino da viagem foi Bordéus, no entanto, a ideia era chegar ao Norte, à zona da Normandia, uma vez que ainda tínhamos bastantes coisas por explorar nesta linda região. Queríamos, sobretudo, visitar o que nos faltava das praias da Normandia associadas ao Dia D, Desembarque das Tropas Aliadas durante a Segunda Guerra Mundial.

Conhecemos Omaha, Gold, Juno e Sword, quatro das cinco praias do desembarque. Utah já tínhamos conhecido no ano passado. Todas as praias são únicas e todas têm um grande peso histórico. Acho que foi uma experiência incrível termos visitado um bunker, imaginando o que seria passar dias inteiros ali escondido.

Um dos sítios mais bonitos e de que mais gostei na Normandia foram os penhascos à beira mar em Étretat, que por assim serem, foram pintados por um dos meus pintores preferidos, Claude Monet (Sofia). Subimos a ambos os penhascos, os dois com uma vista deslumbrante sobre o mar azul.

 

Bélgica

Ao nosso sexto dia de viagem, estávamos nós a passear pelas ruas de Bruges, na Bélgica, uma das cidades mais bonitas em que já estive (Francisca). A arquitetura antiga, as ruas estreitas, mas aconchegantes, as dezenas de lojinhas de waffles e chocolate belga, parecia tudo tirado de um romance.

Claro que tivemos de provar as iguarias locais. Deliciamo-nos com as mais saborosas waffles. Tinham chantilly, topping de chocolate belga e uma bandeirinha decorativa da Bélgica. Há dezenas de combinações e toppings para escolher. Um verdadeiro paraíso para amantes de doces.

A caminho da capital, tivemos a oportunidade de passar pela cidade de Gante, também muito bonita e pitoresca, com um castelo visitável rodeado por um lago.

Chegados a Bruxelas, uma das primeiras coisas que visitamos foi o icónico Atomium, uma estrutura enorme que representa um cristal elementar de ferro ampliado. Passeámos pelas ruas da cidade e, por falta de tempo, limitámo-nos a ver os monumentos apenas por fora. Só não podíamos ir embora sem experimentarmos as famosas batatas fritas belgas. Comprámos dois pacotes grandes numa lojinha de rua, escolhemos os nossos molhos preferidos e fizemos um lanche de comer e chorar por mais.

 

Países Baixos

Tinha, finalmente, chegado o dia que seria, talvez, o mais aguardado nesta viagem. Os meus pais já tinham tido a oportunidade de visitar os Países Baixos e, como tal, estava muito curiosa, pelas fotografias que me mostraram (Sofia).

A nossa visita começou logo com uma das atrações postal deste país, os moinhos. Visitámos um parque belíssimo, com um rio e pontes que ligavam os moinhos de uma margem à outra. Kinderdijk, assim se chamava.

Seguimos então viagem para Roterdão. Já tínhamos ouvido falar desta cidade, mas sem nunca ter visto fotos. Ficamos bastante surpreendidas ao encontrar uma cidade incrivelmente moderna e evoluída. A principal estação estava repleta de bicicletas, outras tantas circulavam nas estradas. Este povo, realmente, prioriza as bicicletas como um dos principais meios de locomoção.

Passámos também por Gouda, uma cidade conhecida pelos seus queijos. É também um sítio extremamente agradável, com imensas lojinhas de queijos e artesanato, onde é possível provar algumas destas iguarias, não esquecendo o famoso mercado no centro.

Finalmente, estávamos na capital. Havia tantas coisas que queria ver. Estava tão entusiasmada (Sofia). Começámos por visitar o famoso Rijksmuseum, que sabia que tinha expostas algumas obras de que gosto muito. Entre elas destaco as obras de Vermeer, como “A Leiteira”, e as de Rembrandt, sendo a mais icónica “A Ronda da Noite”, atualmente, em trabalhos de restauro. É, sem dúvida, um museu enorme e diverso, tanto a nível de obras, esculturas, artefactos. Perfeito para todos os amantes de arte e cultura.

Visitámos também outro museu, o Van Gogh Museum, um local dedicado ao famoso pintor, também um dos meus preferidos (Sofia). Gostei imenso do museu. Está muito bem organizado, e faz um excelente trabalho em divulgar também a história do pintor, ao nível da sua vida pessoal, da sua família, a relação com o irmão e também a preocupação em informar e sensibilizar as pessoas quanto à temática da saúde mental, dadas perturbações do pintor. Destaco dois dos meus quadros preferidos da exposição, a “Amendoeira em Flor” e os “Doze Girassóis numa Jarra”.

Passeámos pela cidade, pelo icónico mercado de tulipas flutuante construído em barcos, algo muito típico nos canais desta cidade.

No segundo dia, decidimos ocupar a manhã, já que fazia bom tempo, com uma ida aos moinhos de Zaans Schans. Lá existe uma pequena aldeia com imensas lojinhas de iguarias locais e artesanato, e também um museu de queijo com diferentes tipos para provar no fim da visita. Provámos queijo de coco e cerveja, combinações que nunca pensei que existiriam, mas que surpreendentemente não eram maus. Fomos também a uma loja onde fizemos o nosso próprio chocolate quente, só pela experiência foi muito giro.

Voltámos a Amsterdão de tarde, pois ainda tínhamos algumas coisas para ver. Algo que não podia faltar era uma volta de bicicleta pela cidade. Foi uma experiência incrível, mesmo dada quantidade de bicicletas que passavam por mim a alta velocidade e que me fizeram recear uma valente queda (Sofia). Devolvidas as bicicletas, decidimos provar uma comida tradicional. Jantámos então uma pancake que, embora me parecesse uma combinação um pouco estranha, o sabor não era tão mau como estava à espera.

Tinha chegado, finalmente, a hora de visitar um dos sítios que mais aguardava, a casa da Anne Frank. Já tinha lido o diário há alguns anos, e fiquei extremamente comovida pela sua história e pela maneira como se expressava. Por isso, ter a oportunidade de ver o que imaginei pelas descrições dela sobre o Anexo secreto foi um privilégio (Sofia).

O museu disponibiliza áudio-guias em diversas línguas, sendo o português uma delas, e que nos vão dando informações sobre cada sala, bem como passagens do diário e informações sobre a história da família e da guerra. O Anexo já não tem mobília, uma vez que foi retirada aquando da descoberta do esconderijo pelos nazis. Otto Frank, pai de Anne, achou por bem não voltar a mobilá-la. No entanto, forneceu informações detalhadas acerca do espaço e foram construídas maquetes para ilustrar o passado. Achamos o museu muito completo e muito interessante, um ótimo trabalho no sentido de divulgar e preservar a memória de uma rapariga cujo diário constitui um dos testemunhos de guerra mais valiosos.

Uma vez acabada a visita, já de noite, decidimos aproveitar para conhecer uma das atrações mais emblemáticas de Amsterdão, a Red Light District. E lá estava uma quantidade abismal de pessoas numa espécie de peregrinação por uma rua não muito larga, todos para verem, uns para verem e usufruírem, as coisas que lá se passam, sexo e drogas.

Amsterdão correspondeu às nossas expectativas. No geral, todo o país é muito rico a vários níveis e, por isso, recomendamos uma visita.

 

Alemanha

Continuando a nossa viagem, chegamos à Alemanha, e o foco foi a capital, Berlim. Já tinha visto fotos, e muitas delas deixaram-nos curiosa e com vontade de conhecer a cidade, nomeadamente, a Pariser Platz e o Muro de Berlim. Pariser Platz, uma das praças mais icónicas de Berlim, com um grande arco a fazer lembrar o Arco do Triunfo, é realmente muito bonita. Passeámos pela cidade, admirando a arquitetura e os monumentos, as igrejas e as catedrais. Um pormenor que gostei muito foi o facto de a cidade ter uma linha de calçada que representa onde estava o Muro de Berlim, em locais onde este já fora retirado (Francisca)

Finalmente, conseguimos ver o que restava do muro. Estivemos num local onde uma boa parte dele se mantém preservado, numa espécie de pequeno museu ao ar livre. Fomos também conhecer o Checkpoint Charlie, um posto militar entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental durante a Guerra Fria.

Deambulámos um pouco mais pelas ruas e parques da cidade e, no final, ficou a compreensão um pouco mais aprofundada de um período tão negro da História do país.

 

Chéquia

Um novo país da nossa lista. Dirigimo-nos para Praga, a capital da Chéquia. O tempo não chega para tudo e, como tal, focamo-nos essencialmente, na cidade. E valeu a pena. Praga é realmente muito bonita. A arquitetura antiga e o centro histórico parecem tirados de pinturas. Vimos alguns dos principais pontos turísticos e passeámos, sobretudo, pelas ruas para ficarmos com uma ideia geral da cidade.

A nossa parte preferida foi a famosa Ponte Carlos. Esta ponte vive repleta de artistas de rua, uns que pintam a carvão, óleo, aguarelas, uns que fazem caricaturas, outros que pintam locais emblemáticos da cidade. Parecia uma verdadeira galeria de arte sobre o rio. À saída da ponte, parámos numa loja para experimentarmos um doce típico, uma espécie de caramujo recheada com um creme, gelado ou chantilly. Delicioso!

E ficámos até escurecer para vermos umas das principais maravilhas, a ponte iluminada e as luzes de Praga. É tudo realmente tão bonito como nas fotografias ou pinturas. As luzes são refletidas pelo rio e cria-se uma paisagem mágica.

Recomendamos imenso a visita a Praga, e aguardem até à noite para não perderem o maravilhoso espetáculo de luzes.

 

Áustria

O próximo destino no nosso itinerário de viagem foi a Áustria, um dos meus países prediletos pelo peso histórico e cultural, nomeadamente na parte da música (Sofia). E finalmente fomos à capital, Viena.

A cidade é uma das mais belas que já visitei, e uma das mais ricas a nível de arquitetura. Para cada lado que se olha há um palácio, uma igreja ou simplesmente um edifício incrivelmente belo. A catedral de Santo Estevão é imponente. Adorei a cidade, e fiquei com pena de não termos mais tempo para explorar mais a fundo todas aquelas lindas construções.

O que mais ansiava, e que se tornou uma das melhores experiências desta viagem, foi o concerto de um quarteto de cordas que assisti, cujo palco foi uma das deslumbrantes igrejas, a Igreja de São Pedro (Sofia). Foi cerca de uma hora de um repertório riquíssimo, peças de vários ilustres compositores, nomeadamente de Mozart e Vivaldi, dois compositores austríacos adorados pelos locais. Foi um dos melhores momentos da viagem, e mesmo da minha vida. Se forem a Viena, procurem um espetáculo deste género, porque é realmente mágico.

 

Liechtenstein

Deixando a Áustria, e dada a proximidade, decidimos fazer um pequeno desvio para riscar mais um país da lista. E assim fomos ao Liechtenstein, um país muito pequeno, mas muito bonito. A sua paisagem assemelha-se bastante à da Suíça, assim como as construções e as ruas. Passeámos pela capital e subimos a uma pequena encosta onde se situa o castelo que serve de residência à família real, que agora se encontra em obras. Achei o país encantador pelas suas gigantes montanhas e prados verdes.

 

Suíça

Segunda vez no país, mas dada a riqueza a nível de paisagens, há sempre mais alguma coisa ou algum sítio para explorar. Durante a nossa estadia, fomos a lagos de água azul cristalina, vimos prados, miradouros e locais incríveis para estarmos a relaxar e a aproveitar a natureza.

Fizemos uma grande caminhada pela montanha, em Meiringen, algo que não podia faltar numa visita à Suíça. Subimos primeiro de teleférico, e iniciámos a nossa caminhada pela montanha acima. Foi extremamente cansativo, mas valeu a pena assim que chegámos ao topo, fomos recompensados com uma vista magnífica para um glaciar. Foi a primeira vez que vimos um glaciar na nossa vida. Havia ainda uma ponte suspensa muito alta que atravessa para o outro lado, onde corre o rio vindo do glaciar. Sem dúvida uma paisagem inesquecível. É apenas triste ver a velocidade a que aquele bloco de gelo enorme está a derreter. Existem fotografias no local de há apenas alguns anos que mostram um glaciar muito maior.

Um dos meus locais preferidos foi a região à volta de Rosenlaui (Sofia). O caminho de terra ao longo do riacho, com vista para a bela e enorme montanha, constitui uma paisagem tão linda que se não visse com os meus próprios olhos não acreditava. Visitámos ainda outra região, onde voltámos a subir de teleférico e, depois de uma pequena caminhada em terreno mais ou menos plano, vimos um lindo e grande lago azul. Um sítio perfeito para passar uma tarde, fazer um piquenique e dar uns mergulhos. Perto da estação de teleférico foi construída uma atração para os turistas, um escorrega enorme, onde vamos sentados numa espécie de trenó. Foi tão divertido.

Esta passagem pela Suíça veio apenas confirmar algo que já sabia. A Suíça tem algumas das paisagens mais bonitas do planeta, e é um sítio perfeito para contemplar as belezas da Natureza.

Quase a terminar a viagem em grande, estivemos em Genebra para visitarmos o CERN – European Organization for Nuclear Research. Para alguém que adora a área da Física, uma visita ao local, constitui o ponto alto de qualquer viagem.

Concluímos a nossa viagem em Lyon em França para visitar uma amiga que no ano letivo anterior frequentou a nossa escola em Viseu ao Abrigo de um programa de intercâmbio, uma experiência muito rica para nós, uma amizade para a vida.

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Sobre

Olá, somos a Carla, o Leonel, a Sofia, a Francisca, e adorámos partir à descoberta do mundo juntos!

Aqui, partilhámos os vários destinos que já visitamos, os hotéis onde ficamos hospedados e os restaurantes que experimentámos. Queremos inspirar quem nos visita, a viajar e a experimentar, pois consideramos que a vida é uma soma de experiências e uma constante procura. Nesta procura, buscamos locais, espaços, gastronomia, cultura, pessoas e, acima de tudo, a felicidade que é poder conhecer, valorizar e preservar o mundo maravilhoso que temos.

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