Em agosto de 2020, decidimos percorrer a mítica Estrada Nacional, desde Faro até Chaves, num total de 738 Km, a maior estrada nacional do país, atravessando o mesmo de Norte a Sul, pela região Interior.
Mais do que uma viagem pelas diferentes paisagens de Portugal, trata-se de uma viagem interessantíssima pelo património natural, arquitetónico, gastronómico e cultural português. Uma experiência completa! Uma experiência multissensorial fabulosa, que nos proporcionou momentos e memórias únicas em família.
No decorrer da viagem, desfrutamos das mais belas e diferentes paisagens. Atravessamos montanhas majestosas, planícies bucólicas, passamos por rios refrescantes, bonitas barragens, vinhas deslumbrantes, miradouros de perder de vista, cidades acolhedoras, aldeias pitorescas, praias idílicas. São terrenos moldados pela força da Natureza e, alguns deles, pela força humana, numa geometria peculiar e muito própria em cada região. Uma estrada que nos permitiu descobrir, conhecer, revisitar e sentir as várias regiões do país. São 11 distritos e 35 concelhos, o retrato mais fidedigno da identidade de Portugal!
O Roteiro ao Longo da EN2
Há quem faça este percurso de carro, de mota, de bicicleta e até a pé. Há quem o faça num dia, dois, três, quatro, uma semana, duas, uma coisa é certa, quantos mais dias, melhor.
Há quem vá no verão, no outono, na primavera e, até mesmo, no inverno. Nós escolhemos o verão, apesar de ser uma altura tórrida, fizemo-lo de carro, em quatro dias e, no sentido decrescente, ou seja, desde o Km 738 em Faro até ao Km 0 em Chaves.
Claro que é possível fazer a EN2 durante todo o ano, mas na nossa opinião, as melhores estações serão a primavera e o outono, uma vez que os dias são relativamente grandes e o clima é mais ameno.
No verão, como já referimos as temperaturas são muito altas, o que torna a viagem muito cansativa, contudo, os dias são muito longos e poder-se-á desfrutar mais do dia e inclusivamente das praias fluviais que se cruzam no nosso caminho.
No inverno, os dias são mais curtos e o clima mais agreste, sobretudo na região Centro e Norte.
O Nosso Roteiro na EN2
1º Dia: Faro – Ferreira do Alentejo (150 Km)
2º Dia: Ferreira do Alentejo – Abrantes (255 Km)
3º Dia: Abrantes – Viseu (211 Km)
4º Dia: Viseu – Chaves (150 Km)
O Passaporte da EN2
Esta Rota contempla um Passaporte da EN2, emitido pela Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 que, para além, de conter um pequeno mapa da EN2 serve para ir colecionando os carimbos que atestam a passagem por cada um dos 35 municípios por onde a mesma passa. No final, ficamos com um bonito registo e uma memorável recordação deste percurso. Para quem viagem com crianças, como é o nosso caso, torna-se especialmente engraçada esta ideia, pois funciona como uma motivação para a mesma e, como todos sabemos, as crianças adoram colecionar carimbos.
O passaporte pode ser adquirido nos postos de turismo e câmaras municipais dos municípios por onde passa a EN2.
Locais para carimbar o passaporte ao longo da EN2
Chaves| Posto de Turismo/ Bombeiros Voluntários
Vila Pouca de Aguiar| Câmara Municipal/ Loja Interativa Turismo Pedras Salgadas
Vila Real| Câmara Municipal/ Museu Vila Velha/ Museu Numismático/ Loja Interativa de Turismo
Santa Marta de Penaguião| Câmara Municipal/ Loja Interativa de Turismo/ Bombas de Gasolina
Peso da Régua| Loja Interativa de Turismo/
Lamego| Loja Interativa de Turismo/
Castro Daire| Centro de Interpretação do Montemuro e Paiva/ Museu Municipal/ Bombeiros Voluntários/ Termas do Carvalhal/
São Pedro do Sul| Posto de Turismo/ Adega Típica Aldeia da Pena/ Biblioteca Municipal/
Viseu| Posto Municipal de Informação Turística/
Tondela| Posto de Turismo de Tondela/ Posto de Turismo do Caramulo/ Museu Terras de Besteiros
Santa Comba Dão| Câmara Municipal/ Posto de Turismo
Mortágua| Posto de Turismo/ Bombeiros Voluntários
Penacova| Câmara Municipal/ Posto de Turismo/ Praia Fluvial do Reconquinho
Vila Nova de Poiares| Câmara Municipal/ Centro Cultural/ Café Central Bar
Lousã| Museu Álvaro Viana de Lemos
Góis| Câmara Municipal/ Posto de Turismo
Pedrógão Grande| Centro de Interpretação Turística/ Casa Municipal da Cultura/ Biblioteca Municipal
Sertã| Posto de Turismo/ Câmara Municipal
Vila de Rei| Museu da Geodesia/ Restaurantes do Concelho/ Alojamentos do Concelho/ Postos de Combustível/ Câmara Municipal
Sardoal| Posto de Turismo/ Espaço Cá da Terra/ Centro Cultural Gil Vicente/ Restaurantes do Concelho/ Alojamentos do Concelho/ Postos de Combustível
Abrantes| Welcome Center/ Biblioteca Municipal/ Quartel de Arte Contemporânea de Abrantes/ Museu Municipal/ Restaurante “O Bom Garfo”/ Parque Tejo/ Museu Metalúrgico Duarte Ferreira
Ponte de Sor| Posto de Turismo/ Bombeiros Voluntários
Avis| Câmara Municipal/ Posto de Turismo
Mora| Posto de Turismo/ Fluviário de Mora/ Museu Interativo do Megalitismo de Mora/ Bombeiros Voluntários
Coruche| Posto de Turismo/ Museu Municipal/ Alojamento “Dom Couço”/ Postos de Combustíveis do Couço/ Restaurantes do Couço
Montemor-o-Novo| Posto de Turismo
Viana do Alentejo| Paço dos Henriques em Alcáçovas/ Castelo de Viana do Alentejo
Alcácer do Sal| Junta de Freguesia do Torrão/ Biblioteca Maria Rosa Colaço/ Museu Etnográfico do Torrão/ Fuel Tejo/ …..
Ferreira do Alentejo| Museu de Ferreira/ Posto de Turismo
Aljustrel| Posto de Turismo
Castro Verde| Posto de Turismo
Almodôvar| Câmara Municipal/ Museu Etnográfico de Santa Clara/ Museu da Escrita do Sudoeste/ Fórum Cultural
São Brás de Alportel| Centro Museológico do Alportel/ Parque da Fonte Férrea de Alportel/ Restaurante “Adega Nunes”/ Posto de Turismo
Loulé| Camara Municipal/ Postos de Turismo Municipais/ Postos de Combustível do Ameixial e Cortelha/ Restaurantes do Ameixial, Cortelha e Barranco do Velho
Faro| Museu Municipal/ Centro Interpretativo do Arco da Vila/ Posto de Turismo
A Sinalização e Mapa Interativo da Rota da EN2
A sinalização da EN2 não é, de todo, a melhor. Ao longo do percurso existem os emblemáticos marcos de estrada da N2, no entanto, nalguns troços, a sinalização é quase inexistente e noutros, parece que a estrada nacional desaparece literalmente. É o que acontece no troço entre Santa Comba Dão e Penacova, uma vez que, com a construção da Barragem da Aguieira uma parte da EN2 ficou submersa, e grande parte do antigo traçado da EN2 é atualmente a IP3. Existe ainda uma outra situação e que tem a ver com o troço que liga a Sertã a Abrantes. Aqui a EN2 é no fundo uma variante do traçado original.
O Alojamento ao Longo da EN2
Ao longo da EN2 existem excelentes opções de alojamento, desde o alojamento local aos grandes hotéis, passando por refúgios encantadores e casas de turismo rural.
As Nossas Escolhas
Hotel & Croquet Club Quinta da Chaminé (Ferreira do Alentejo)
A Nossa Casa (Viseu)
Literalmente, foi na nossa casa que ficamos em Viseu. Como moramos nesta cidade, dormimos na nossa cama.
Primavera Perfume Hotel (Vidago)
A Gastronomia ao Longo da EN2
Numa viagem pelos mais diversos sabores portugueses, há de tudo ao longo desta mítica estrada. Os restaurantes também são mais que muitos, o difícil mesmo, é escolher.
A Gastronomia
Pratos Típicos
Chaves| Cordeiro de leite assado em forno de lenha
Vila Pouca de Aguiar| Miscarada – cogumelos silvestres estufados
Vila Real| Tripas aos molhos
Santa Marta de Penaguião| Arroz de feijão no pote com pataniscas
Peso da Régua| Tripas
Lamego| Cabrito assado com arroz e batatas em forno de lenha
Castro Daire| Arroz de feijão com salpicão
São Pedro do Sul| Vitela à Lafões
Viseu| Rancho á moda de Viseu
Tondela| Cabrito assado no forno
Santa Comba Dão| Lampreia
Mortágua| Lampatana
Penacova| Arroz de lampreia
Vila Nova de Poiares| Chanfana
Lousã| Chanfana assada
Góis| Cabrito assado
Pedrógão Grande| Bucho recheado
Sertã| Maranho da Sertã
Vila de Rei| Bacalhau à Vila de Rei
Sardoal| Cozinha fervida
Abrantes| Migas carvoeiras
Ponte de Sor| Migas de espargos ou coentros
Avis| Migas de espargos com carne de alguidar
Mora| Migas
Coruche| Carne de toiro bravo
Montemor-o-Novo| Ensopado de borrego
Viana do Alentejo| Ensopado de Borrego
Ferreira do Alentejo| Feijão branco com carrasquinhas
Aljustrel| Gaspachos
Castro Verde| Migas com entrecosto
Almodôvar| Cozido de grão
São Brás de Alportel| Galinha com grão
Loulé| Jantar de grão
Faro| Arroz de lingueirão
Doçaria
Chaves| Rabanadas com mel e frutos secos
Vila Pouca de Aguiar| Doce de Aguiar (recheio de castanha)
Vila Real| Cristas de galo
Santa Marta de Penaguião| Frei João
Peso da Régua| Rebuçados da Régua
Lamego| Biscoito da Teixeira
Castro Daire| Bolo podre
São Pedro do Sul| Pão de ló do Sul
Viseu| Viriato
Tondela| Tortas de Nandufe
Santa Comba Dão| Broinha de Santa Comba
Mortágua| Bolo de cornos
Penacova| Nevadas de Penacova
Vila Nova de Poiares| Poiarito
Lousã| Tigelada
Góis| Gamelinhas de Góis
Pedrógão Grande| Tigelada
Sertã| Cartuchos de amêndoa de Cernache do Bonjardim
Vila de Rei| Pudim de Vila de Rei
Sardoal| Tigelada
Abrantes| Palha de Abrantes
Ponte de Sor| Bolo cigano de Montargil
Avis| Cavacas de Avis
Coruche| Areias do Sorraia
Montemor-o-Novo| Queijada de Requeijão
Viana do Alentejo| Bolo “Conde de Alcáçovas”
Ferreira do Alentejo| Ferreirenses
Castro Verde| Queijadas de Requeijão
Almodôvar| Chibo (doce de mel)
São Brás de Alportel| Doces de amêndoa, figos e alfarroba
Loulé| Figos cheios
Faro| Dom Rodrigo
Restaurantes
As Nossas Escolhas
O Castelo (Faro)
Casa do Alentejo (Castro Verde)
O Afonso (Mora)
Ponte Romana (Sertã)
Primavera Perfume Hotel (Vidago)
O Melhor ao Longo da EN2 – O que Visitar
Chaves| Ponte Romana de Trajano
Vila Pouca de Aguiar| Castelo de Aguiar
Vila Real| Paços do Concelho
Santa Marta de Penaguião| Museu das Caves Santa Marta
Peso da Régua| Museu do Douro
Lamego| Sé Catedral
Castro Daire| Casa da Cerca
São Pedro do Sul| Balneário Romano
Viseu| Museu Nacional Grão Vasco
Tondela| Solar de Vila de Besteiros
Santa Comba Dão| Casa dos Arcos
Mortágua| Pelourinho Manuelino
Penacova| Museu Vitorino Nemésio
Vila Nova de Poiares| Paços do Concelho e Jardim Municipal
Lousã| Castelo da Lousã
Góis| Centro Histórico – Largo Francisco Dias Nogueira
Pedrógão Grande| Ponte Filipina
Sertã| Casa Atelier Túlio Vitorino
Vila de Rei| Centro Geodésico de Portugal
Sardoal| Convento de Santa Maria da Caridade
Abrantes| Castelo/ Fortaleza
Ponte de Sor| Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor
Avis| Convento de São Bento de Avis
Mora| Fluviário de Mora
Coruche| Observatório do Sobreiro e da Cortiça
Montemor-o-Novo| Castelo de Montemor-o-Novo
Viana do Alentejo| Paço dos Henriques
Ferreira do Alentejo| Casa do Vinho e do Cante (Taberna Zé Lelito)
Aljustrel| Património Industrial Mineiro
Castro Verde| Museu da Ruralidade
Almodôvar| Convento de Nossa Senhora da Conceição
São Brás de Alportel| Museu do Traje
Loulé| Casas Típicas do Ameixial, casas circulares
Faro| Convento Nossa Senhora da Assunção – Museu Municipal
Os Miradouros ao Longo da EN2
Chaves| Miradouro de São Lourenço
Vila Pouca de Aguiar| Miradouro do Minhéu
Vila Real| Miradouro de Vila Velha
Santa Marta de Penaguião| Miradouro de São Pedro – S.J. Lobrigos
Peso da Régua| São Leonardo da Galarufa
Lamego| Boa Vista e São Brás
Castro Daire| Portas de Montemuro
São Pedro do Sul|
Viseu| Monte de Santa Luzia
Tondela| Caramulinho ou Cabeço da Neve
Santa Comba Dão| Miradouro com vista para o rio
Mortágua| Santuário Cabeço do Sr. do Mundo
Penacova| Mirante Emídio da Silva
Vila Nova de Poiares| Miradouro da Fraga
Lousã| Miradouro da Tarrasteira
Góis| Miradouro da Senhora da Candosa
Pedrógão Grande| Cotovia e Monte Nossa Senhora dos Milagres
Sertã| Serra do Picoto Rainho
Vila de Rei| Miradouro da Praia Fluvial de Fernandaires
Sardoal| Miardouro do Codes
Abrantes| Miradouro das Fontes
Ponte de Sor| Albufeira de Montargil
Avis| Barragem do Maranhão
Mora| Miradouro de Mora
Coruche| Miradouro de Nossa Senhora do Castelo
Montemor-o-Novo| Ermida de Nossa Senhora da Visitação
Castro Verde| Ermida de Nossa Senhora de Aracelis
Almodôvar| Santo Amaro – Santinha (santa Clara-a-Nova)
São Brás de Alportel| Miradouro do Alto da Ameixieira
Loulé| Miradouro da Serra do Caldeirão
Faro| Farol do Cabo de Santa Maria – Praia do Farol
As Praias ao Longo da EN2
Vila Pouca de Aguiar| Lagoa do Alvão
Santa Marta de Penaguião| Praia Fluvial de Fornelos
Lamego| Praia Fluvial Rio Balsemão – Bairro da Ponte
Castro Daire| Praia Fluvial da Folgosa
São Pedro do Sul| Praia Fluvial de Pouves
Viseu| Recanto Fluvial de Corvos à Nogueira – Santos Evos
Tondela| Praia Fluvial “O Paraíso” – São João do Monte
Santa Comba Dão| Zona Fluvial da Senhora da Ribeira
Mortágua| Barragem e Albufeira da Aguieira
Penacova| Reconquinho
Vila Nova de Poiares| Complexo e Piscinas da Fraga
Lousã| Praia Fluvial da Bogueira
Góis| Praia Fluvial da Peneda
Pedrógão Grande| Praia Fluvial do Mosteiro
Sertã| Praia Fluvial do Troviscal
Vila de Rei| Praia Fluvial do Bostelim
Sardoal| Barragem da Lapa
Abrantes| Praia Fluvial da Aldeia do Mato
Avis| Complexo do Clube Náutico de Avis
Mora| Parque Ecológico do Gameiro – Cabeção
Coruche| Praia Fluvial do Sorraia
Loulé| Espelho de Água do Ameixial – Seiceira
Faro| Praia da Ilha da Culatra
As Termas ao Longo da EN2
Chaves| Chaves – Termas & Spa | Termas de Vidago
Vila Pouca de Aguiar| Parque Termal de Pedras Salgadas
Peso da Régua| Termas das Caldas do Moledo
Castro Daire| Termas do Carvalhal
São Pedro do Sul| Termas de São Pedro do Sul
Viseu| Termas de Alcafache
Tondela| Termas de Sangemil
O Nosso Roteiro ao Longo da EN2 – 4 Dias
Dia 0: Faro
Tarde – Como já referimos, a nossa viagem teve início em Faro, no KM738, sendo que fizemos o percurso em contagem decrescente e, de Sul para Norte. Escolhemos partir de Faro porque nos encontrávamos na região do Algarve. Então, e como moramos no Centro do país, decidimos fazê-lo neste sentido.
Assim, chegamos a Faro pela tardinha e aproveitámos o final do dia para explorar um bocadinho a cidade, em concreto a zona histórica.
Jantar – O Castelo (Faro)
Jantamos, na nossa opinião, num dos spots mais fantásticos da cidade, O Castelo, um restaurante/ bar/ esplanada, com um a localização privilegiada sobre a Ria Formosa, em pleno centro histórico. Para além da comida, muito boa por sinal, fomos contemplados com um pôr de sol deslumbrante sobre as calmas águas da Ria Formosa.
Alojamento – Faro Downtown Studios (Faro)
Para dormir escolhemos o Alojamento Local Faro Downtown Studios, um estúdio muito bem localizado, também na zona baixa da cidade, muito confortável, acolhedor e com uma decoração irrepreensível. O espaço ideal para dois adultos e duas crianças e com todas as comodidades para uma estadia maravilhosa.
Dicas Extra – Visitar os seguintes locais:
- Sé Catedral de Faro
- Praça D. Afonso III
- Arco da Vila
- Arco do Repouso
- Igreja de São Pedro
- Igreja do Carmo e Capela dos Ossos de Faro
- Igreja de São Francisco
- Teatro Lethes
- Marina de Faro
- Praia da Ilha de faro
- Ria Formosa
1º Dia: Faro – Ferreira do Alentejo (150 Km)
Manhã – Depois de carimbarmos o passaporte, no Posto de Turismo de Faro e, das fotografias da praxe, na caótica rotunda onde se encontra o marco do km738, deixamos para trás a cidade de Faro e seguimos rumo a Estói, a nossa primeira paragem, para admirar a beleza do Palácio de Estói.
Daqui, fomos em direção a São Brás de Alportel, local onde fizemos uma nova paragem para carimbar o passaporte no Posto de Turismo da vila e dar um pequeno passeio pelo centro da mesma. A partir daqui, chegou o momento alto do dia, a mítica travessia da Serra do Caldeirão com uma paragem no alto da Serra, no Miradouro da Serra do Caldeirão, para apreciar as fantásticas vistas 360º e na pacata aldeia de Ameixial, palco de um dos melhores Walking Festivals de Portugal.
Os “alucinantes” 60 km que separam São Brás de Alportel de Almodôvar são um dos troços mais épicos da EN2, tendo sido classificado como Rota Património em 2003. São curvas e contracurvas que nunca mais acabam, encaixadas nas deslumbrantes paisagens da Serra do Caldeirão.
Com a serra a ficar para trás, começaram a surgir as primeiras grandes retas, e com elas, a entrada nas douradas e belíssimas planícies alentejanas, uma das nossas paisagens de eleição em Portugal.
Passados alguns quilómetros, chegamos a Almodôvar, local onde fizemos uma paragem para carimbar o passaporte numa Loja de Recordações, mesmo junto à EN2, um espaço muito bonito, dedicado, em parte, à EN2 e ao artesanato regional. Foi aqui que adquirimos a nossa recordação EN2 e onde tivemos oportunidade de conhecer a pessoa que as faz. Demos ainda um passeio pelas ruas da vila e, seguimos estrada.
Mais umas quantas retas se seguiram, até chegarmos a Castro Verde, uma vila muito bonita, emoldurada pelas gigantescas planícies. Demos um passeio pela vila, carimbamos o passaporte no Posto de Turismo, passamos por uma das mais bonitas igrejas da região, a Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição, e fomos almoçar comida alentejana, claro, num dos maravilhosos restaurantes da localidade.
Almoço – Restaurante “Casa do Alentejo” (Castro Verde)
Estávamos no Alentejo e, quando estamos no Alentejo, apreciamos imenso as migas alentejanas. Desta vez, não foi exceção e, como tínhamos ouvido dizer, que na Casa do Alentejo eram de “Comer e chorar por mais”, lá fomos comprovar. E ficou comprovado, vale mesmo a pena a paragem pelas migas, no entanto, ficou a faltar a doçaria alentejana, não tinham nada preparado.
Tarde – Depois de umas migas de espargos deliciosas, fizemo-nos novamente à estrada. A paragem que se seguiu foi em Aljustrel, uma breve paragem, apenas para carimbar o passaporte no Posto de Turismo. Ainda demos um passeio rápido, de carro, pelas principais ruas da vila e voltámos à EN2 até Ferreira do Alentejo.
Em Ferreira do Alentejo, começamos por carimbar o passaporte no Posto de Turismo e de seguida, percorremos, de carro, também as principais ruas da localidade, aproveitando para contemplar a peculiar e cilíndrica Capela do Calvário.
O dia de estrada terminou por aqui e de seguida fomos descansar para um fabuloso Turismo Rural, bem próximo de Ferreira e da EN2.
Jantar – Sandes caseiras
Alojamento – Hotel & Croquet Club Quinta da Chaminé (Ferreira do Alentejo)
Dicas Extra – Visitar os seguintes locais:
- Estói (ruínas Romanas de Milreu)
- São Brás de Alportel(Palácio Episcopal, a Igreja Matriz, os Paços do Concelho, o Museu do Trajo do Algarve e o Miradouro do Alto da Arroteia)
- Almodôvar (Convento de Nossa Senhora da Conceição, a Igreja Matriz, a secular Ponte Medieval sobre a Ribeira de Cobres e o Museu da Escrita do Sudoeste Almodôvar (MESA)
- Castro Verde (Basílica Real da Nossa Senhora da Conceição, a Igreja das Chagas do Salvador e o Museu da Lucerna, que possui um interessante espólio de lucernas romanas)
- Aljustrel (Igreja Matriz de São Salvador donde pode subir o escadório até à altaneira Ermida de Santa Maria do Castelo e ao que resta das ruínas do castelo, e explorar o Parque Mineiro de Aljustrel)
- Ervidel(Igreja Matriz e a Albufeira da Barragem do Roxo)
2º Dia: Ferreira do Alentejo – Abrantes (255 Km)
Manhã – O dia começou em Ferreira do Alentejo, localidade de onde partimos para a segunda etapa desta fabulosa viagem.
A primeira paragem aconteceu em Odivelas para admirar a beleza da Barragem e a pacata aldeia. Seguiu-se uma nova paragem na localidade de Torrão para carimbar o passaporte na Junta de Freguesia do Torrão e dar um pequeno passeio pelas bonitas ruas e praças.
No percurso entre o Torrão e a bonita vila de Alcáçovas paramos para ver de perto o que resta de uma Calçada Romana, mesmo junto à EN2.
Quando chegamos a Alcáçovas, onde se encontra o histórico Paço dos Henriques que serviu de residência real no século XIV, local onde assinado o Tratado das Alcáçovas, a 4 de setembro de 1479, colocando fim à Guerra da Sucessão de Castela.
Dirigimo-nos de imediato para o Paço dos Henrique. Aqui, aproveitamos para carimbar o passaporte e visitar o Paço, o qual continha uma interessante exposição que incluía os famosos chocalhos de Alcáçovas, e visitamos também a Horta, jardim maravilhoso onde se encontra a lindíssima Capela das Conchas.
De novo na estrada, seguimos em direção a Santiago de Escoural e depois a Montemor-o-Novo, onde fizemos uma paragem para carimbar o passaporte no Posto de Turismo.
Uma nova paragem se avizinhava, tínhamos chegado ao emblemático marco do Km 500, o qual está localizado na pequena localidade de Ciborro, um local de paragem obrigatória para a fotografia da praxe.
Seguimos, então, em direção à bonita vila alentejana de Mora, onde fizemos nova paragem para carimbar o passaporte nos Bombeiros Voluntários e para almoçar.
Almoço – Restaurante “O Afonso”(Mora)
Continuávamos no Alentejo e, por isso, tínhamos de comer migas novamente. E assim foi, migas mais uma vez, às quais se juntaram a típica doçaria alentejana, Sericaia e Pão de Rala. Nunca conseguimos ficar por uma só.
Tarde – Continuamos a viagem ruma a Abrantes, com paragem na deslumbrante Albufeira de Montargil. Nesta zona, a EN2 segue paralela à maravilhosa albufeira, ladeada por frondosas árvores que formam um túnel natural.
De seguida, paramos na surpreendente vila de Ponte de Sor, local onde carimbamos, mais uma vez, o passaporte nos Bombeiros Voluntários.
Daqui até a Abrantes foi o pulinho. Para trás e, já com muitas saudades, ficava o Alentejo. Tinha chegado a hora de entrar na paisagem ribatejana. Em Abrantes carimbamos o passaporte no alojamento onde ficamos.
Jantar – sandes caseiras
Alojamento – Quinta de Coalhos (Abrantes)
Dicas Extra – Visitar os seguintes locais:
- Ferreira do Alentejo (Igreja Matriz, a Igreja da Nossa Senhora da Conceição, o Solar dos Viscondes, o Palacete de João Carlos Infante Passanha e a Casa do Vinho e do Cante, na antiga Taberna Zé Lélito)
- Torrão (a Anta do Torrão, no Monte da Tumba, a Ponte da Calçadinha Romana, a Igreja Matriz, o Convento de São Francisco, o Palácio dos Viscondes do Torrão, a Igreja da Misericórdia, a Ermida Nossa Senhora do Bom Sucesso e a Albufeira de Vale de Gaio)
- Alcáçovas (Igreja Matriz do Salvador de Alcáçovas e o Museu do Chocalho)
- Viana do Alentejo (Santuário da nossa Senhora D’Aires e o Castelo de Viana do Alentejo que alberga a Igreja Matriz, de influência mudéjar e manuelina)
- Santiago do Escoural (a Gruta do Escoural, que segundo consta, terá servido de casa aos nossos antepassados, como comprovam os vestígios de gravuras e pinturas rupestres paleolíticas que se encontram nas suas paredes. A Gruta do Escoural só pode ser visitada mediante marcação prévia no Centro Interpretativo do Escoural, com uma antecedência igual ou superior a 24 horas, enviando um email para grutadoescoural@cultura-alentejo.pt ou ligando para o seguinte número 266 857 000)
- Montemor-o-Novo(o Castelo de Montemor, a Praça da República, o Largo dos Paços do Concelho, a Igreja Matriz, o Chafariz do Besugo e a Igreja da Misericórdia, com o seu emblemático portal manuelino)
- Aldeia de Brotas (o Santuário de Nossa Senhora de Brotas)
- Mora (Fluviário de Mora, um dos maiores aquários da Europa dedicado aos ecossistemas de água doce, a Praia Fluvial do Gameiro e os Passadiços do gameiro)
- Ponte de Sor (o centro histórico com as suas várias obras de street art, a zona ribeirinha, a Igreja Matriz e a Igreja da Misericórdia)
- Abrantes (o Castelo e as suas vistas soberbas, as Igrejas de São Vicente, São Batista e da Misericórdia, os Conventos da Nossa Senhora da Esperança e de São Domingos, o Paço Real, a Casa da Câmara Municipal e a Casa Falcão)
3º Dia: Abrantes – Viseu (211 Km)
Manhã – Com as planícies a ficarem para trás e as montanhas da zona Centro de Portugal a se vislumbrarem, deixámos Abrantes em direção à surpreendente e lindíssima vila do Sardoal, que não conhecíamos, mas que gostamos imenso. Tão bonita, tão pitoresca, uma mistura incrível de Alentejo e Centro do país, numa conjugação quase a roçar a perfeição!
Depois de um longo passeio pela vila e de carimbarmos o passaporte no Posto de Turismo, regressamos à estrada em direção a vila de Rei. Pelo meio, fizemos um pequeno desvio até ao Miradouro do Penedo Furado.
Em Vila de Rei, paramos novamente para um curto passeio de carro pela vila e para carimbar o passeio num dos cafés da mesma.
Seguimos, então, para um outro ponto emblemático desta rota, o Marco Geodésico que assinala o Centro de Portugal, um local lindíssimo de onde é possível avistar “meio Portugal”.
De seguida, fomos em direção à vila da Sertã, onde fizemos uma paragem para conhecer um pouco da mesma, carimbar o passaporte no Posto de Turismo, e para almoçar.
Almoço – Restaurante “Ponte Romana” (Sertã)
Fizemos uma refeição menos típica, mas mais rápida, mas sem esquecer o afamado Maranho da Sertã.
Tarde – De regresso à EN2, rumamos a Pedrógão Grande com uma paragem na Barragem do Cabril.
Já em Pedrógão, carimbamos o passaporte no Posto do Turismo, demos um passeio pela sossegada vila e seguimos caminho, pelas fabulosas curvas, montanha acima e montanha abaixo, até Góis, com os seus imponentes penedos lá ao longe.
Em Góis, mais uma pausa para o carimbo no Posto de Turismo e seguimos estrada até Vila Nova de Poiares, local onde paramos no já conhecido Café Central para o carimbo e fotografia da praxe no espaço.
Daqui até Penacova é um saltinho. Em Penacova, carimbamos o passaporte na concorrida Praia Fluvial do Reconquinho e entrámos no confuso troço da EN2, que em muitos locais foi absorvida pelo atual IP3, até Viseu.
Pelo meio, fizemos paragens na Albufeira da Aguieira, Mortágua (carimbo nos Bombeiros Voluntários), Santa Comba Dão, famosa por ser a terra natal de António de Oliveira Salazar, (carimbo nos Bombeiros Voluntários), Tondela (carimbo no Museu Terras de Besteiros) e Viseu (carimbo no Posto de Turismo)
Jantar – Sandes caseiras
Alojamento – A nossa casa literalmente, pois vivemos em Viseu.
Dicas Extra – Visitar os seguintes locais:
- Vila de Rei (a Igreja Paroquial, a Casa do Capitão Mor, as Capelas da Misericórdia e da Senhora da Guia, a Praia Fluvial, a cascata e os passadiços do Penedo Furado com cerca de 1,4 km ida e volta)
- Sertã (o Castelo da Sertã, o edifício dos Paços do Concelho, a Igreja Matriz de São Pedro, a Praia Fluvial da Ribeira Grande e a Ponte Filipina da Sertã)
- Góis (a Ponte Real, a Igreja Matriz, onde se encontra o túmulo de D. Luís da Silveira, os Paços do Concelho e a Praia Fluvial da Peneda)
- Penacova (o Mirante Emydgio da Silva e o Penedo do Castro para usufruir das vistas sobre a vila e o rio Mondego. Um pouco mais à frente, a Livraria do Mondego)
- Santa Comba Dão (o Largo do Município, os passadiços da ribeira de Santa Comba Dão, a Igreja Matriz, o solar brasonado Casa dos Arcos, o Pelourinho, o Miradouro do Outeirinho e a casa onde nasceu Salazar, o mentor da EN2)
- Viseu (a Sé Catedral de Santa Maria, o Museu Grão Vasco, a Praça Dom Duarte, a Praça da República, o Parque Aquilino Ribeiro, o Parque do Fontelo, a Porta do Soar e Porta dos Cavaleiros, a rua Formosa e Rua Direita, a Estátua de Viriato e Cava do Viriato)
4º Dia: Viseu – Chaves (150 Km)
Manhã – A partir de Viseu iniciamos a quarta etapa e última etapa da viagem pela EN2. Saímos da cidade em direção à Termas do Carvalhal, local que mereceu uma paragem para carimbar o passaporte nas termas e para um pequeno passeio pela localidade.
Seguimos, depois, para a vila de Castro Daire, sem direito a paragem, pois conhecemos muito bem a vila. Assim, continuamos caminho rumo a Lamego, cidade onde paramos para contemplar a magnífica escadaria do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios e para carimbar o passaporte na Loja Interativa de Turismo.
A partir daqui a montanha seca e agreste dá lugar aos arrebatadores socalcos das vinhas da Região Demarcada do Douro, uma paisagem fabulosa Património Mundial da UNESCO, um regalo para os olhos.
Por entre curvas e muitos socalcos, colinas abaixo, chegamos ao Peso da Régua, cidade que ladeia a margem direita do rio Douro, a principal cidade da Região Demarcada do Douro, e onde se pode observa os inúmeros cruzeiros que navegam no Douro enquanto se desfruta da maravilhosa paisagem envolvente.
Daqui, e por entre socalcos e gigantescos vinhedos, rumamos a Santa Marta de Penaguião, vila lindíssima, onde paramos para apreciar a beleza circundante e para carimbar o passaporte na Loja Interativa de Turismo.
Continuando caminho, chegamos a Vila Real, a princesa do Corgo, onde fizemos uma paragem para carimbar o passaporte na Loja Interativa de Turismo. Seguiu-se um breve passeio de carro pelas principais ruas da cidade e, de seguida, fomos em direção a Vila Pouca de Aguiar, que fica primorosamente encaixada entre as Serras da Padrela e do Alvão. Escusado será dizer que a partir de Vila Real as vinhas dão, novamente, lugar às paisagens de montanha.
Quase, quase a terminar esta maravilhosa viagem, achámos engraçado tirar fotografias juntos dos marcos correspondentes às nossas idades (44, 42, 14 e 10 anos respetivamente), para mais tarde recordar que foi com estas idades que percorremos a mítica EN2.
De seguida, fomos em direção à bonita localidade de Pedras Salgadas, local onde carimbamos o passaporte, no Café Fontes, e onde se encontra a nascente da famosa Água das Pedras. Aqui visitamos o histórico Parque Termal de Pedras Salgadas cuja origem remonta ao séc. XIX, os destaques vão para o Balneário Termal, o antigo Casino, a icónica Fonte de Pedras Salgadas, onde provamos a famosa água, as fontes de D. Fernando, D. Maria Pia, Preciosa, Penedo e Grande Alcalina. Um outro ponto igualmente emblemático do parque são as bonitas e peculiares árvores na árvore, projetadas por Sisa Vieira, que fazem parte de um fabuloso alojamento que existe no local.
Seguiu-se Vidago, localidade deslumbrante, conhecida pela excelência das suas águas termais. Por causa do Covid19 não nos foi possível visitar as Termas de Vidago, nem o histórico e imponente Vidago Palace Hotel, bem como os belíssimos jardins do centenário Parque de Vidago, situação que lamentamos profundamente.
Daqui até Chaves, e consequentemente, até ao final da EN2 é um instante. Após entrarmos na cidade, o lendário marco com o Km0 encontra-se muito próximo, está numa rotunda localizada no Bairro da Madalena, junto ao Jardim Público de Chaves. Em Chaves, carimbamos o passaporte no Café Kilómetro Zero e corremos para junto do marco para as fotografias da praxe e para nos despedirmos desta viagem épica.
Alojamento – Primavera Perfume Hotel (Vidago)
Dicas Extra – Visitar os seguintes locais:
- Castro Daire (a Igreja Matriz, a Casa da Cerca, atualmente Museu Municipal, o Solar dos Aguilares, o Pelourinho de Casto Daire, a Capela das Carrancas, a Praia Fluvial da Folgosa, a Serra do Montemuro e aldeia de Lazarim, onde se celebra um dos Entrudos mais genuínos de Portugal)
- Lamego (o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, a Sé Catedral de Lamego, o Museu de Lamego, o Castelo e Cisterna de Lamego, o Núcleo Arqueológico da Porta dos Figos, a Igreja de Santa Maria de Almacave e as Caves Raposeira)
- Peso da Régua (Museu do Douro, a estação ferroviária, a Igreja Matriz de São Faustino, a ponte pedonal sobre o rio Douro, antiga ponte ferroviária da Régua, e o Miradouro São Leonardo de Galafura, situado a 640 metros de altura, nas imediações da aldeia de Covelinhas)
- Vila Real (a Sé de Vila Real, o Edifício dos Paços do Concelho, a Casa de Diogo Cão, a Capela Nova e Igreja da Misericórdia, o Pelourinho, a Igreja de São Pedro, o Miradouro da Vila Velha e o Palácio de Mateus)
- Vila Pouca de Aguiar (o Castelo de Pena de Aguiar, a Casa do Condado, que atualmente alberga o Museu Municipal, o Pelourinho e o recinto fortificado de Cidadelhe)
- Chaves (a Ponte de Trajano, a milenar Ponte Romana sobre o rio Tâmega, o Castelo de Chaves, a Rua Direita, a Praça de Camões, onde se encontram a Igreja Matriz, a Igreja da Misericórdia, os Paços do Concelho, o Museu da Região Flaviense, o Jardim do Tabolado e o Forte de São Francisco)