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Sofia & Francisca

A Nossa Aventura Por Itália – Kids

“Pequena”

Partindo à descoberta de novos países, desta vez, a nossa aventura foi por Itália, o país das famosas massas e pizzas, o país do famoso povo lendário, os romanos, que a habitaram há mais de dois milénios.

Dia 1

O dia em que apanhámos o tão esperado voo. O relógio ainda não marcava as quatro da manhã, quando nos dirigimos para o aeroporto. Como eu gosto de aeroportos! Após um café para ajudar a acordar, aterrámos em Milão, a cidade da moda.

A nossa prioridade, depois de apanharmos e atestarmos o carro, era usufruir do que Milão tem para oferecer. Assim, a nossa paragem foi junto à catedral da cidade, que me fez lembrar um pouco a Sagrada Família, embora construída em mármore branco. Junto à catedral, encontram-se também as Galerias Vittorio Emanuele II, as majestosas galerias preenchidas por altas marcas e restaurantes. Todo o espaço encandeia riqueza e luxo, desde o gigante arco que serve de entrada, ao teto de vidro e frescos no topo.  A uns passos das galerias, estava a gelataria cioccolat italiani, a qual eu recomendo, para um saboroso gelado. No sabor prevalece o artesanal, a bolacha do cone é crocante e estaladiça e, como é muito usual nas gelatarias de Itália, eles têm uma pequena fonte de chocolate na qual podem passar o cone antes de o servir.

A tarde passou depressa, e assim tivemos de pegar novamente no carro e seguir a caminho do próximo destino. Dormimos num apartamento, perto da estrada que, de manhã, nos levaria aos Dolomites, passando pelo deslumbrante Lago di Garda.

Dia 2

A viagem iniciou-se bem cedo e quando demos por nós, estávamos junto ao Lago Di Garda, um grandioso lago azul e cristalino encaixado nas montanhas. Parámos para descansar um pouco e para atestar as nossas barrigas na primeira refeição que seria a tipicamente italiana, uma boa fornada de pizzas. E qualquer mito que afirme que as pizzas italianas na verdade não são assim tão boas, é mentira, já que qualquer uma das muitas pizzas que tivemos o prazer de experimentar nos deixaram com água na boca. Estávamos então a chegar à região dos Dolomitas parando constantemente nos diversos pontos ou nas paisagens que nos saltavam à vista. Encontrámos um belíssimo lago, o Lago di Carezza, com as grandes formações de pedra características desta zona, rodeado por pinheiros e coníferas. O que restou do dia, foi passado a observar os vales e montanhas que se iam aparecendo no nosso caminho.

Chegámos então ao vilarejo onde pernoitámos, Corvara in Badia, uma acolhedora povoação cheia de chalés de madeira, natureza, árvores e flores. Acho que foi dos sítios mais agradáveis onde já fiquei. Viver nesta aldeia deve ser um sonho, com exceção apenas do frio de montanha que se impõe à noite.

Depois de nos instalarmos no alojamento Garnì Gabrielli, demos um passeio ao pôr do sol e acabámos por jantar num dos restaurantes, para provar uma outra conhecida iguaria do país, as massas. A pasta al pomodoro, uma massa com molho de tomate, é uma das mais famosas e também uma das minhas preferidas.

Dia 3

De manhã bem cedo, ainda com um frio de estalar, dirigimo-nos para a primeira paragem, a montanha Sassolungo, à qual acedemos num teleférico. As cabines eram pequeníssimas, levando apenas duas pessoas de cada vez pela íngreme montanha acima. Para quem tem medo de alturas, este não é o melhor passeio, no entanto, é possível ir a pé, como tanta gente o fazia. No topo da montanha ergue-se um pequeno albergue/ café, para quem precisar de se aquecer com um chocolate quente ou até mesmo pernoitar. Voltámos a descer, pegámos no carro e seguimos para o próximo teleférico que nos levou até um dos sítios mais emblemáticos das Dolomitas, Seceda.

A vista e a paisagem eram sublimes. Fomos deixados num prado a alta altitude, envolto em vales e montanhas, com uma vista incrível. Há diversos caminhos recortados na erva, e um dos cafés mais bonitos que já visitei. A esplanada não tinha paredes nem chão definido, as espreguiçadeiras e cadeiras espalhavam-se pela colina, e aqui fomos servidos com deliciosos cappuccinos e chocolates quentes, uma das melhores experiências dos Dolomites, por isso, recomendo vivamente.

Seguimos caminho, para a aldeia de Santa Magdalena com o objetivo de conhecer uma pequena igreja que está localizada no meio do prado, e que é uma das imagens de marca das Dolomitas. Dali, e com o cair do dia, fomos em direção a Alpi di Siusi, local onde assistimos a um pôr de sol fabuloso.

Com a noite instalada, dirigimo-nos, novamente, para Corvara in Badia, para nos hospedarmos na fantástica Ciesa Verana, um alojamento típico alpino.

Dia 4

De manhã, fomos presenteados com um dos melhores pequenos-almoços que já comemos. Panquecas, waffles, macarons, mini queques, bolachas, compotas, fruta, e mais um cappuccino, porque nunca é demais.

Com força mais que suficiente para um bom par de horas, seguimos viagem. Foi dia de lagos, muitos lagos, cada um mais bonito que o outro, sempre adornados pela vegetação e os enormes rochedos, terminando no famoso e concorrido Lago de Braies. Aproveitámos também para dar uns passeios a pé num vilarejo próximo deste lago e para conhecer uma fábrica de sumos e compotas naturais. O espaço era incrivelmente agradável. Para encerrarmos o dia e abastecermos os nossos pulmões de ar fresco, fomos em direção ao emblemático Tre Cime de Lavaredo para uma caminhada ao Pôr do sol, para nos encantarmos com a vista e retemperarmos os pulmões de ar fresco. Dali, e depois de termos passado pela cidade de Cortina d`Ampezzo, seguimos viagem em direção a Mestre, próximo de Veneza Veneza.

Dia 5

Apressámo-nos até à estação, para apanharmos o comboio que nos levou a Veneza. Assim que se abandonamos a estação, um grande canal saudou-nos, juntamente com as gôndolas, num movimento frenético ao longo dos canais. Fomos comprar os bilhetes para o Vaporetto, “o autocarro da zona” e partimos pelo grande canal. Ao longo da viagem, observamos as lindas casinhas flutuantes, as pontes, as pessoas e o incrível trânsito aquático. Passear nos diversos canais, seja de gôndola ou na versão mais económica, é um obrigatório. O nosso destino foi a praça de São Marcos, a principal atração turística. A basílica, guardada pelos majestosos cavalos de Veneza é grandiosa, a torre é deslumbrante e todo o ambiente da praça, juntamente com os artistas e as pequenas lojas de lembranças, é mágico. Passámos pela Ponte dos Suspiros, uma ponte famosa por ligar o Palácio Ducal à antiga prisão, uma das primeiras no mundo, antes de nos aventurar pela ruas e ruelas da cidade. Descobrimos imensos pequenos canais, as lindíssimas e ornamentadas máscaras venezianas e os imensos restaurantes. Fizemos uma pequena paragem para almoçar algo rápido, comprámos uma fatia de pizza gigante, e continuámos. Fomos andando e descobrindo a cada esquina.

Despedimo-nos, assim, a custo, de uma das cidades mais peculiares do mundo, atrevo-me a dizer, e encaminhámo-nos para uma cidade a caminho das Cinque Terre.

Dia 6

Logo pela manhã, chegamos a La Spezia. Dirigimo-nos à estação e apanhámos o comboio que nos levou pelas Cinque Terre. Todas as aldeias localizam-se perto umas das outras bastante perto umas das outras. A primeira terra que visitámos foi Monterosso, bonita, como todas as outras, no entanto, não foi a minha preferida, o parque de estacionamento junto à praia estraga um pouco da paisagem. Vernazza foi uma das minhas preferidas. Havia pontos mais elevados, de onde se tiravam lindas fotografias com a torre do castelo e o cais da cidade a adornar a aldeia. Almoçámos por lá algo rápido, as famosas foccacias, uma iguaria que recomendo. É uma espécie de pão redondo e esburacado, com os mais diversos ingredientes e molhos. Tudo junto é, sem dúvida, uma delícia.

Depois, seguiu-se Corniglia. Para lá chegar, precisámos de apanharmos um pequeno autocarro, de forma a evitarmos os trezentos degraus que vão desde a estação de comboio até à povoação. Corniglia é mais pequena, mas igualmente adorável. A quarta aldeia a ser visitada foi Manarola, cuja rua principal tem um movimento enorme de pessoas, O cais é um dos mais bonitos que já vi. Por último, mas não menos bonita, Riomaggiore, uma das mais típicas. O miradouro que se ergue pelo mar, oferece uma vista panorâmica deslumbrante, um lugar obrigatório para tirar fotos.

Dez minutos depois, estávamos no nosso carro, a caminho de Florença, chegando, felizmente, a tempo de receber as chaves dos Wine Appartments, onde ficámos na casa de seu nome Botticelli que, coincidentemente, é um dos meus pintores preferidos.

Como já era tarde, comprámos umas coisas num mercado próximo e levámos para casa com o objetivo de confecionar o nosso jantar italiano, uma experiência que recomendo bastante, já que cozinhar massa em Itália é toda uma experiência, nem que seja apenas na minha cabeça. Final de dia fantástico em família!

Dia 7

Tinha chegado o tão aguardado dia. Era dia de visitar a gloriosa Galleria degli Uffizi. Descemos, subimos, passámos pela segurança e, finalmente, avistei um arco que dava para um corredor gigante cheio de estátuas e esculturas dos mais diversos heróis e heroínas. Vénus, por exemplo, as ninfas, personagens romanas, todas alinhadas, quase como uma perfeição sobrenatural. Mas aquilo pelo qual eu mais ansiava eram os quadros. Há uma quantidade enormíssima de quadros e pinturas e, infelizmente tivemos de ver os últimos quase a correr.

A “Primavera” e “O Nascimento de Vénus, de Sandro Botticelli, sendo um dos que eu mais prezo em todo o mundo. “A Anunciação” de Leonardo da Vinci. A “Medusa” de Caravaggio, o monstro da mitologia grega pintada num escudo. E, por último, o “Anjo Músico” de Rosso Fiorentino. No entanto, qualquer peça de arte merece ser captada pelos nossos olhos, quer pela beleza, quer pela sua história. Foi uma das melhores experiências que tive em Itália, por isso, principalmente para os amantes de arte, recomendo vivamente.

À hora de almoço, sentámo-nos na esplanada de pequena pizzaria, enchemos a barriga e deixámos as pernas “respirar”.  Entretanto, tinha chegado a hora de nos dirigirmos a outro local pelo qual também ansiava, o Palazzo Vecchio, guardado por uma belíssima fonte, e por várias estátuas, incluindo uma réplica de “David”, a famosa escultura de Michelangelo.

A primeira sala que visitámos foi o Salão dos Quinhentos, um salão gigantesco onde todas as paredes ostentam um quadro colossal. O meu preferido é, com toda a certeza, “A Batalha do Marciano”, um quadro conhecido pela sua suposta ligação com a “Batalha de Anghiari” de Leonardo Da Vinci, um suposto quadro perdido. Todo o palácio é também uma bela galeria de arte, esculturas e todo o tipo de artefactos. Gostei também bastante de uma sala, um quarto que prestava homenagem aos quatro elementos, sendo que três paredes foram cobertas por frescos alusivos à água, fogo e terra, e o teto o ar.

A Piazza della Signoria é uma das minhas preferidas por isso e por diversas razões. A uns meros passos do palácio, encontra-se um terraço conhecido como a Loggia dei Lanzi, a pequena galeria de estátuas ao ar livre. E do outro lado da praça, uma das muitas geladarias Venchi, uma das marcas mais conhecidas em Itália, onde nos deliciámos com mais um gelado.

O sol começava a pôr-se, e com as nossas pernas estavam quase desfeitas. Fomos andando em direção ao nosso apartamento, mas não, sem antes passar pela Ponte Vecchio, uma ponte um pouco diferente das que estamos habituados, pois está forrada dos dois lados por uma estreita fila de casas, como se fossem o muro da ponte, preenchida com joalharias.

Quando chegámos ao apartamento as nossas pernas caíram imediatamente no sofá e assim estivemos durante um bocado. Ao anoitecer, fomos jantar ao restaurante L’Brindellone que nos serviu uma deliciosa tagliatelle de trufas e um fantástico tiramisú, um doce que eu aprecio muito.

Florença foi provavelmente a cidade que eu mais gostei em Itália, quer pela sua beleza, quer pela história e arte. Se tivéssemos tido mais tempo teria gostado de visitar também a Accademia e o Palazzo Pitti. Um dia voltarei a Florença.

Dia 8

Dia de rumar mais para sul, para as colinas da Toscana e para os seus fabulosos vilarejos medievais. A bela e famosa Toscana é um pouco parecida com o nosso Alentejo, com as lindas planícies, no entanto com mais colinas e elevações. Aproveitámos para comer qualquer coisa numa das ruelas de um dos vilarejos. Encontrámos um pequeno espaço, gerida por apenas duas pessoas, que nos fez, com muito cuidado e apreço, uma das melhores sandes que já comemos. 

À tarde, dirigimo-nos a um belo château da Toscana, o Il Piccolo Castello, uma espécie de palacete na planície. Aproveitámos o resto do dia para descansar e repormos as energias gastas. Aproveitámos também a piscina, uma grande piscina com umas espécies de espreguiçadeiras de hidromassagens no seu interior.

À noite, explorámos o espaço envolvente do hotel até à hora do jantar. Servido numa mesa gigantesca para apenas quatro pessoas, foi divinal e requintado. Depois, adormecemos rápido, embalados pela sensação de estarmos num alojamento lindíssimo, numa das mais belas paisagens de Itália.

Dia 9

Com mais um pequeno-almoço de hotel na barriga, seguimos para o nosso destino final, Roma. No entanto, pelo caminho houve ainda tempo para visitar a lindíssima cidade medieval de Siena. A catedral é absolutamente majestosa, e a torre do relógio lembrou-me a torre na praça de São Marcos juntamente com a do Palazzo Vecchio. A cidade em si assemelha-se um pouco à linda atmosfera de Florença, é uma cidade encantadora.

A entrada em Roma foi a correr, tínhamos entrada marcada para o glorioso Coliseu às 16h e o tempo escasseava.  Depois de instalarmos as nossas coisas no Eurostars Roma Aeterna, apanhámos um táxi, e assim que chegamos foi como se tivéssemos sido transportados no tempo, para o tempo dos romanos. Um local histórico com uma arquitetura capaz de tirar o fôlego. É, definitivamente uma das maravilhas do mundo. Entrámos primeira para a arena, cujo chão ruiu permitindo, desta forma, vislumbrar as masmorras por baixo.  Impossível ficar indiferente ao que ali se passou há mais de 2000 anos atrás. Entretanto, começou a trovejar, e o espaço ganhou outra dimensão, tornando a experiência ainda mais nostálgica e marcante.

Felizmente, parou de chover passado alguns minutos, o que nos permitiu ver ainda o Fórum Romano e o Monte Palatino ali mesmo ao lado. Há ainda construções bem preservadas, principalmente as igrejas e templos. Uma coisa é certa, passear pela História de uma das cidades mais importantes do mundo.

Com a dia a terminar, sentámo-nos num espaço, mesmo junto à rua, depois de irmos buscar umas fatias de pizza pagas ao quilo, que nos souberam pela vida e ali ficámos a comer e observar o frenesim de uma grande cidade.

Dia 10

Uma vez mais, bem cedo, apanhámos um autocarro que nos levou para próximo do famoso micro-estado do Vaticano. Passámos pelo castelo de Sant’Angelo e chegamos à emblemática Praça de São Pedro com a grande basílica de São Pedro. Contornámos o obelisco e vimos as bonitas lajes de pedra ao seu redor, a formar uma bússola gigante. Antes de entramos na basílica, tínhamos os enormes museus para ver primeiro. Albergam imensos bustos de importantes figuras da Roma e dos romanos, artefactos do neolítico, artigos do correio antigo, diversas obras de arte, mobília ancestral, e um número infinito de outras coisas. Chegamos ao final da visita um bocadinho exaustos de tanto andar, porque sim, são mesmo gigantes, e para se ver tudo ao pormenor são precisas uns bons pares de horas. No entanto, o que eu mais queria ver era, como tantos outros, a Capela Sistina, que se encontra praticamente no fim do percurso.

A Capela é grande e o teto altíssimo, e ali estava o famoso fresco de Michelangelo, “A Criação de Adão” e, infelizmente, não é permitido tirar fotografias dentro deste espaço sagrado. No entanto, achei a capela um pouco despida, sendo o seu único ponto de interesse o teto repleto de pinturas. O chão não tinha praticamente nada, e havia tanta gente lá dentro que perdeu um pouco do encanto.

A basílica ultrapassou as minhas espectativas, até porque eu nunca tinha visto nenhuma foto do seu interior. Nas cores predominam o dourado e o mármore branco. Mal entramos, à direita, vemos a famosa e bela “Pietà”, de Michelangelo, uma das mais incríveis e importantes esculturas do mundo. O altar e o trono do papa, são de um luxo e beleza sem precedentes. O teto é praticamente todo dourado e a cúpula, ao centro, é majestosa. Espalhadas por toda a igreja podemos ver outras esculturas e belos detalhes. É, sem dúvida, um dos outros monumentos de visita obrigatória.

Terminada a visita ao Vaticano, encaminhámo-nos para a zona de Trastevere e acabámos por comer num dos restaurantes do famoso bairro da cidade. Comemos massa, servida numa frigideira, envoltos numa atmosfera muito cool.

De tarde, seguimos para uma das mais importantes praças de Roma, a Piazza Navona, uma praça enorme, preenchida por três lindas fontes, a do meio é a Fontana dei Quattro Fiumi, de Bernini. É uma praça magnífica, todas as fontes são de uma beleza exímia e adornadas, por trás, a igreja possui uma linda cúpula. Passámos no Panteão, uma estrutura colossal que não pudemos visitar por dentro, pela falta de tempo, e pelo tamanho gigante da fila.

O monumento que se seguiu era um dos que eu tinha maiores expectativas. Encaixada numa praça pequena, meia escondida, está a grandiosa Fontana di Trevi, a mais bela fonte que eu já vi. Esta sim, pareceu-me ainda maior do que nas fotografias. Tudo nesta fonte foi pensado ao mais pequeno detalhe, todas as esculturas foram cuidadosamente feitas, tudo na fonte é extremamente esbelto. O arco, a figura imponente no meio e os seus cavalos, toda a água em seu redor.

A praça estava repleta de pessoas, como é frequente, mas ainda deu para tirarmos boas fotografias. Entretanto, parámos um pouco, para comer um gelado e, desta vez, a gelataria Amorino, uma das mais famosas, conhecida por fazer os gelados em cone na forma de uma bonita flor, para além dos sabores que são divinais.

Passámos depois pela Piazza Barberini, onde se situa o Hotel Bernini, onde, no período do Resnascimento, em vez da fonte que existe atualmente, se situava um obelisco, removido aquando da construção da estação metropolitana. Demos ainda uma “saltada” à Santa Maria della Vittoria para ver de propósito o “Êxtase de Santa Teresa”, uma escultura de Bernini, no entanto, para azar dos azares, a capela estava fechada para restauro. Por último, passámos por um supermercado para comprar comida rápida para um piquenique no quarto do hotel.

 Dia 11

O último dia chegou cedo de mais para quem estava encantado, como nós, com Itália. O nosso voo era dali a algumas horas, mas ainda nos faltava conhecer alguns locais, por isso despachámo-nos, saímos do hotel e deixámos a bagagem nuns cacifos perto da estação onde apanharíamos o autocarro até ao aeroporto.

Fomos a pé até à Piazza del Popolo, uma grande e ampla praça, com duas igrejas gêmeas, e a Santa Maria del Popolo, uma igreja de entrada livre para ver, no seu interior, a Capela Chigi e uma das esculturas de Bernini, o “Habacuc e o Anjo”. Passeámos pela praça, que tem duas belas fontes nas duas extremidades e subimos umas escadas que nos permitiram tirar umas boas fotografias do praça e do seu obelisco.

Caminhámos mais um bocado até chegarmos à Piazza di Spagna, uma praça magnífica digna de postais. A fonte cá em baixo, a longa e gigante escadaria, a igreja e o obelisco, tudo belíssimo. No topo, é possível ainda observar a grandeza da cidade de Roma.

A partir dali, fomos em direção à para a estação, não sem antes comer uma última massa, a pasta al pomodoro, que foi também a primeira que provei.

E com um delicioso almoço, nos despedimos de Roma e de Itália. Apanhámos as nossas coisas e fomos para o autocarro que, meia hora depois, nos levou até ao aeroporto Fiumicino nos arredores de Roma. No aeroporto ainda tive oportunidade de vivenciar uma experiência muito peculiar, tocar num piano de cauda perto da porta de embarque, um dueto com um senhor francês que tocava maravilhosamente, com uma naturalidade e beleza surreal. Penso que foi uma excelente maneira de terminar esta viagem. Enquanto a música me percorria pelos ouvidos lembrava-me de todas as experiências e lugares incríveis que vimos durante onze dias.

Foi com bastante nostalgia e tristeza que nos vimos a sobrevoar Itália, um dos meus países preferidos até à data, um país rico em tantas coisas, com tanto para ver e sentir. É um país a que eu quero, sem dúvida alguma, voltar um dia…

 

Mais Pequena”

Dia 1

Voltámos a viajar de avião! E qual foi o nosso destino? Itália! Então, para começar a nossa viagem aterramos em Milão, uma cidade com muitos monumentos lindos.

Visitámos o Duomo di Milano, uma catedral espantosa, em que cada detalhe é mais impressionante que o outro. Seguiu-se a galeria Vittorio Emanuele e algumas ruas e ruelas da cidade.

Comemos um gelado maravilhoso numa das muitas gelatarias que por ali existem e depois fomos passear um pouco mais pela cidade até ao Castello sforzesco di Milano, e a sua arquitetura surpreendente.

Mais para a tarde, seguimos viagem até à cidade de Bréscia onde passamos a noite.

Dia 2

Acordar foi difícil, mas lá tivemos de nos levantar para ir em direção ao Lago di Garda, um gigante lago com uma água de cor azul fantástica, que me surpreendeu.

À hora de almoço decidimos comer uma pizza no restaurante Augusta. Para aquelas pessoas que dizem que as pizzas de Itália não são assim tão boas, digo-lhes que estão totalmente erradas.

De seguida, voltamos à estrada em direção à tão aguardada região das Dolomitas.

Já tivemos a oportunidade de ver estradas bonitas, mas esta foi umas das mais lindas do mundo!

Já nas Dolomitas, fomos conhecer um lago incrível de seu nome Lago di Carezza. Com o sol a ir-se embora e a lua a chegar, fomos até Corvara in Badia, localidade onde dormimos num daqueles chalés adoráveis,

Ao jantar fomos a um dos restaurantes do vilarejo e, como “amo” massa, escolhi a pasta al pomodoro, uma das melhores que já provei.

Dia 3

Vocês sabem qual é a sensação de acordar nos alpes? É mágica! Levantámo-nos e fomos para a linda montanha de Sassolungo. Subimos num teleférico para duas pessoas. Lá em cima a vista é deslumbrante, a viagem em si, também o foi.

Seguimos para Ortisei e, mais uma vez, subimos de teleférico para ver Seceda. Aquele sítio era maravilhoso! Havia um parque, teleféricos, lindos chalés de madeira e verde, muito verde, já para não falar na vista, que é de cortar a respiração.

Passeámos, corremos montanha acima e montanha abaixo e antes de regressar fomos beber um capuccino, sentados numa das espreguiçadeiras viradas para os Alpes e desfrutámos imenso daquele momento.

Deixamos Ortisei e seguimos viagem até uma aldeia lindíssima para vermos a icónica e adorável capela S. Giovani.

Com o dia a terminar, fomos ver o incrível por do sol em Alpi di Siusi? E então, depois, fomos novamente dormir a Corvara in Badia.

Dia 4

Para além das montanhas, nós também adoramos lagos, por isso, este dia foi quase todo à volta dos lagos. Começamos pelo Lago di Missurina, Lago di Landro, Lago Dobbiaco e Lago Di Braies.

Como adoramos ver e passear em sítios montanhosos, fomos fazer uma caminhada até Tre Cime di Lavaredo, um local maravilhoso com muitas pedras, relva, flores e refúgios de montanha. Quando olhei para o horizonto, pensei, “eu não acredito que estou num sítio destes”! Foi fantástico percorrer aqueles trilhos, contemplar a Natureza e assistir a um pôr de sol único.

Dia 5

Assim que acordamos e olhamos pela janela, percebemos que já estávamos num cenário totalmente diferente. Estávamos próximos de Veneza, uma cidade única no mundo.

Para lá chegarmos, apanhámos o comboio, uma vez que não se anda de carro em Veneza. Por lá o meio de transporte mais prático são os barcos. Quando lá chegámos, embarcamos de imediato no Vaporetto, uma carreira fluvial que nos levou pelo canal principal de Veneza até à Praça de São Marcos, uma experiência fabulosa.

Em Veneza, percorremos imensa ruas e canais, passámos pelos sítios mais emblemáticos e almoçamos na Happy Pizza, pizzas deliciosas feitas na hora! Eu amei a pizza!

Depois de aproveitarmos ao máximo Veneza, seguimos viagem para dormir em Reggio Emilia, uma cidade a caminho das Cinque Terre.

 Dia 6

Assim que acordamos, eu já estava ansiosa, porque naquele dia iriamos ao local que serviu de inspiração para o filme Luca. Apanhámos, mais uma vez, o comboio hahahahaha, e fomos para umas terrinhas chamadas Cinque Terre. A primeira que visitámos foi Monterroso, a segunda Vernazza, a terceira Corniglia, a quarta Manarola e a última Riomaggiore. Eu achei super fofo as casinhas e lojinhas todas umas ao lado das outras, junto ao mar, muito coloridas.  E por falar em mar, a água era muito quentinha, a parte triste é que não pudemos mergulhar, pois tínhamos muito para ver e não houve tempo para tudo. Temos de voltar!

Na segunda terrinha, almoçamos umas sandes feitas com um pão típico muito diferente, mas bom! Ver as cinco terras foi cansativo, mas muito interessante.

De volta ao o carro, seguimos viagem para uma cidade que a Sofia há muito esperava: FLORENÇA! Eu também estava ansiosa, mesmo sem ser grande apreciadora de quadros e estátuas.

Dia 7

Florença, a cidade da arte. Como tal, reservámos bilhetes para as Galleria degli Uffizi. No entanto, como tínhamos de fazer o teste ao Covid tivemos de nos levantar bem cedo para irmos para a fila, contudo, nunca imaginámos que teríamos de esperar cerca de 2 horas e 30 minutos na fila e era necessário ir levantar os bilhetes.  A minha mãe foi lá a correr buscar os bilhetes e assim que fizemos o teste, também fomos o mais depressa possível para as galerias de arte. Confesso que não sou grande apreciadora de arte, mas ainda assim, até que os quadros eram bem bonitos.

Mas a arte não acabou por ali, pois à tarde, também fomos ver o Palazzo Vechio. Apreciei o Salão dos Quinhentos com a sua” Cerca Trova “.

Com o dia quase a terminar e tão cansados que estávamos, apenas passámos por mais algumas ruas e praças e pela incontornável Ponte Vecchio. Depois seguimos para o nosso apartamento em Florença.

Dia 8

Mais um dia a começar, lá fomos nós para os viilarejos mediavais da Toscana, uma região lindíssima de Itália. Fomos a S. Gimignano, super fofa e muito pitoresca num sítio super campestre e lindo! Seguiu-se Volterra, localidade onde também almoçamos as sandes típicas super boas e de imensos tipos. Continuando um pouco mais por Volterra e acabamos o dia num hotel fantástico e com uma enorme piscina, à hora de jantar comi uma das melhores massas em Itália, massa com carne picada, que é a minha comida preferida!

Dia 9

Com o pequeno almoço na barriga seguimos viagem! Fomos conhecer Siena e Montepulciano antes de nos dirigirmos para Roma.

Quando chegamos a Roma, fomos logo ver o coliseu, altura em que começou a chover e a trovejar imenso e ainda por cima eu andava de chinelos.

No final da visita ao coliseu, ainda fomos ver o Monte Palatino e o Fórum Romano! E assim terminámos o primeiro dia em Roma.

Dia 10

De manhã bem cedo, levantámo-nos, comemos e fomos para os Museus do Vaticano, Capela Sistina, Praça e Basílica de São Pedro. Não vimos o Papa, com muita pena minha!

Depois de uma manhã exaustiva pelo património da Igreja, fomos almoçar a Trastevere. À tarde vimos as praças e ruas de Roma e também a muito aguardada Fontana de Trevi sempre apinhada de gente +para lançar a moeda e tirar a fotografia do costume.

O dia estava quase a acabar e, por isso, fomos comer mais gelado, antes de regressarmos ao hotel.

 Dia 11

Último dia em Itália. Já com alguma tristeza, fomos ainda conhecer alguns locais em Roma, nomeadamente a Praça del Popollo, a Praça de Espanha e mais algumas ruas. Almoçamos mais uma pasta e assim, nos despedimos de Roma e fomos para o Aeroporto para regressar.

Foi uma viagem em família adorável, com momentos muito bons e memórias inesquecíveis. Uma coisa é certa, Itália vai ficar para sempre no meu coração!

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Sobre

Olá, somos a Carla, o Leonel, a Sofia, a Francisca, e adorámos partir à descoberta do mundo juntos!

Aqui, partilhámos os vários destinos que já visitamos, os hotéis onde ficamos hospedados e os restaurantes que experimentámos. Queremos inspirar quem nos visita, a viajar e a experimentar, pois consideramos que a vida é uma soma de experiências e uma constante procura. Nesta procura, buscamos locais, espaços, gastronomia, cultura, pessoas e, acima de tudo, a felicidade que é poder conhecer, valorizar e preservar o mundo maravilhoso que temos.

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