Carla & Leonel

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Aldeia Histórica – Marialva

 
#Continuandoàprocura das Aldeias Históricas do nosso país, estivemos na belíssima aldeia de Marialva que fica situada no concelho da Meda, distrito da Guarda, uma aldeia que transporta qualquer um às raízes mais ancestrais da história de Portugal, local onde se respira tranquilidade e onde facilmente se perde a noção do tempo, para mim uma das mais bonitas até ao momento.
 
 

Marialva foi erguida numa zona montanhosa e granítica de topografia algo difícil e irregular, rodeada de outeiros e penhascos que foi descendo até à margem esquerda da ribeira de Marialva. É constituída por três núcleos distintos: a cidadela ou Vila no interior do castelo, agora despovoada, o Arrabalde, que prolonga a vila para além da zona amuralhada, e a Devesa, situada a sul da cidadela, que se estende pela planície até à ribeira de Marialva, assentando sobre a antiga cidade romana.

Marialva foi em tempos povoada pelos Aravos, povo lusitano, posteriormente foi conquistada pelos romanos, a que se seguiram os árabes, até à vitória final de D. Fernando Magno, em 1063. Em 1179 recebeu a carta de foral de D. Afonso Henriques. No ano de 1200 o castelo foi mandado reconstruir e restaurar por D. Sancho I tendo sido posteriormente ampliado por ordem do rei D. Dinis.

A sua economia baseia-se principalmente na atividade agrícola, tendo como principais produtos a batata, os cereais, o vinho e o azeite.
O artesanato de Marialva é extremamente importante, a agricultura e a pastorícia são os principais factores que intervêm na sua caracterização artesal, de onde se destaca o famoso Queijo de Ovelha.

 

As ruas da aldeia conduzem à cidadela que está cercada pelas muralhas. No interior das mesmas, destacam-se a Praça, o Pelourinho, o edifício da antiga Casa da Câmara, o tribunal e cadeia do séc. XVII. Mais à frente situa-se a torre de menagem, a Igreja de Santiago com o seu magnífico tecto pintado e a Capela da Misericórdia, enriquecida pelo retábulo em talha.

 
 
 
Para Visitar
 

 

Castelo de Marialva localizado no topo de um penedo granítico, é um verdadeiro complexo medieval, cujas raízes mergulham no passado histórico de Portugal, estando ligado ao trágico destino dos Távoras.

O conjunto, atualmente bastante arruinado, foi estruturado em função do dispositivo militar e compreende dois núcleos amuralhados:

  • a cidadela, pólo militar situado na cota mais elevada do terreno, integra a torre de menagem e três torres defensivas que se comunicam com a vila por duas portas
  • o núcleo civil ou urbano, no qual se identificam dois pólos distintos: o administrativo, que compreende o pelourinho e a antiga Casa da Câmara, o Tribunal e a Cadeia, e o religioso, composto por duas igrejas e um cemitério.

 

Muralha

A ampla muralha do castelo, em alvenaria de granito compreendia o recinto urbano medieval (a antiga vila ou burgo) e apresenta planta ovalada irregular orgânica. Nela inserem-se os seguintes elementos:

 

Porta do Anjo da Guarda – em arco quebrado encimada por abóbada de berço quebrado, comunica com a malha urbana extramuros.

 

Porta do Monte ou Porta da Forca – em arco quebrado pelo interior e arco-pleno pelo exterior, encimada por abóbada de berço quebrado, comunica com a zona mais elevada.

 

Porta de Santa Maria – em arco-pleno encimada por abóbada de berço, comunica com a Devesa.

 

Postigo – em arco-pleno encimada por abóbada de berço.

 

Torre do Relógio – apresenta três pavimentos, abrindo-se duas portas e uma janela no segundo. É coroada com ameias em forma de pentágono.

 

Torre do Monte – atualmente em ruínas.

 

Torre dos Namorados ou Torre da Relação – onde se inscreve um poço-cisterna com formato circular.

Em alguns trechos da muralha ainda são visíveis os adarves e as suas escadarias de acesso.

 

Cidadela

Dominando a cota mais elevada do terreno, integra as seguintes estruturas:

 

Cerca – muralhamento reforçado em alvenaria de pedra granítica, com planta irregular orgânica que remonta ao século XVI.

 

Torre de Menagem – dominando toda a estrutura defensiva e a povoação, apresenta planta em formato trapezoidal, remontando ao século XIII, coroada por ameias, era o local onde antigamente se acolhiam os visitantes ilustres e servia de local de vigia.

 

Cisterna – em tijolo forrado de argamassa, remonta ao século XVI e encontra-se atualmente em ruínas.

 

A comunicação da Cidadela com a zona exterior efetua-se através de duas portas:

  • Porta da Cidadela – em arco-quebrado.
  • Postigo

 

Edifícios e demais estruturas

A zona urbana no interior das muralhas foi vítima do tempo e do abandono, no entanto, ainda são visíveis os caminhos revestidos a calcada portuguesa, especialmente na zona da Praça onde se formam padrões quadrangulares e triangulares a granito. Neste espaço podem ainda ser observadas:

 

Antiga Casa da Câmara, Tribunal e Cadeia – possivelmente remontando ao século XVII terá ainda funcionado como escola nos séculos XIX e XX. Apresenta planta retangular irregular e dois pavimentos, com dois compartimentos interiores cada. Na fachada principal surge o corpo da sineta e uma escada de acesso ao segundo piso. Possui ainda um escudo com as Armas de Portugal.

 
Poço-cisterna
 
Pelourinho – possivelmente do século XVI com características manuelinas, ergue-se num plano ligeiramente inclinado e está assente em quatro degraus de forma octogonal. A coluna é de fuste liso e rematada por um capitel em forma de pirâmide invertida, também de secção octogonal. O conjunto é coroado com outra pirâmide octogonal com uma esfera esguia no topo e que é separada da pirâmide inferior por uma pequena coluna central fina e apoios de ferro.
 
 
Igreja da Misericórdia ou Igreja do Senhor dos Passos – possivelmente do século XVII em estilo maneirista de inspiração clássica que apresenta um púlpito no seu exterior. Tem planta retangular simples e um portal de linhas retas na fachada principal, rematado por um frontão em que se insere um nicho com abóbada de concha e volutas laterais. No interior encontra-se um retábulo em talha dourada e policromada que deverá ter sido introduzido no século XVIII.
 
 
Igreja de Santiago – edificada em 1585, apresenta características manuelinas e barrocas, constituída por uma nave retangular única de cobertura em abóbada de berço, uma capela-mor totalmente revestida a talha sem pintura e sacristia anexada. A fachada principal é composta por um portal em arco pleno com remate de linhas entrelaçadas e com moldura em conjunto de duas arquivoltas que se prolongam para as laterais da entrada em dois colunelos.
 
 

 

Cemitério – estrutura mais recente, do século XIX.

 

Fora das Muralhas

Capela Nossa Senhora de Lourdes – este templo era antigamente de São João Batista e foi edificado no século XVII. Por detrás encontram-se vestígios de sepulturas antropomóficas.
Marialva é sem dúvida um legado histórico importantíssimo que chegou até aos nossos dias. Nele podemos reavivar as memórias da nossa história.

 

Capela de Santa Bárbara

 

Casa do Leão

 

Casa das Freiras

 

Igreja de São Pedro

 

Solar dos Marqueses de Marialva

 

Fonte de Mergulho

Para Dormir
Casas de Coro

http://www.casasdocoro.pt/

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Sobre

Olá, somos a Carla, o Leonel, a Sofia, a Francisca, e adorámos partir à descoberta do mundo juntos!

Aqui, partilhámos os vários destinos que já visitamos, os hotéis onde ficamos hospedados e os restaurantes que experimentámos. Queremos inspirar quem nos visita, a viajar e a experimentar, pois consideramos que a vida é uma soma de experiências e uma constante procura. Nesta procura, buscamos locais, espaços, gastronomia, cultura, pessoas e, acima de tudo, a felicidade que é poder conhecer, valorizar e preservar o mundo maravilhoso que temos.

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