D. Afonso Henriques atribuiu-lhe a carta de foral e D. Afonso III a carta da feira, D. Dinis mandou erguer as muralhas que protegeram o burgo, no qual viveram cristãos e judeus. D. Dinis elegeu também Trancoso para as bodas do seu casamento com D. Isabel em 1282.
Trancoso localiza-se no distrito da Guarda, num planalto no qual o ponto mais alto tem 898m de altitude, impondo-se na paisagem raiana e acolhendo os visitantes num cenário medieval que nos transporta para o passado.
Para Ver
Castelo
Localizado no topo de um planalto, a partir do qual se avista um vasto território entre a Serra da Estrela e o vale do Douro, Trancoso despontou à sombra do seu castelo, fundado nos séculos VIII – IX, assumindo-se como uma das mais importantes fortificações da região.
O castelo conserva ainda a Torre de Menagem, sendo um dos ex-libris da arquitetura militar portuguesa, e cinco torreões retangulares dispostos ao longo de uma cerca. No interior do recinto existe um poço cisterna e na muralha nascente é possível observar as ruínas de uma antiga capela do século XVI. Em 1921 foi classificado como Monumento Nacional.
Cruzeiro do Castelo
Muralhas
Do século XII, a cerca amuralhada hoje existente é o resultado da ampliação efetuada pelos reis D. Afonso III e/ou D. Dinis (1248-1325). No reinado de D. Fernando, foi amplamente reformada com a construção de muros e torres e, ao longo dos séculos, foi alvo de reparações mais ou menos avultadas, sendo, por isso, difícil atribuir uma data precisa aos vários elementos que a constituem.
Assim, o antigo núcleo urbano de Trancoso está ainda hoje delimitado, em quase toda a sua extensão, pela imponente cintura de muralhas medieval. Para além de algumas das torres, conservam-se, também, três das quatro portas principais (Portas d’El Rei, Portas do Prado e Porta do Carvalho), assim como as duas portas secundárias (Porta da Traição e Olhinho do Sol) e um postigo (Boeirinho).
As Portas d’El Rei e as Portas do Prado são as mais imponentes, estando enquadradas por duas robustas torres, e a Porta do Carvalho é encimada por uma figura escultórica que muitos consideram ser o lendário cavaleiro João Tição.
A cerca amuralhada foi classificada como Monumento Nacional em 1921.
Igreja de São Pedro
Esta igreja é resultado da reconstrução efetuada no século XVIII, apesar de ter sido fundada na Idade Média. De arquitetura tardo-barroca, apresenta uma planta longitudinal de nave única e capela-mor, com torre sineira. Na frontaria existe um brasão com atributos a São Pedro. No interior encontra-se o mausoléu seiscentista do famoso profeta Gonçalo Annes de Bandarra, que lá foi sepultado em 1545.
Pelourinho
Mandado construir por D. Manuel I (1510), corresponde a um pelourinho de gaiola coroada com uma esfera armilar, sobrepujada por uma cruz, e assente sobre uma coluna oitavada de capitel octogonal. Foi símbolo da autoridade, justiça e autonomia municipais, edificado no principal espaço público da vila, isto é, no adro da igreja de S. Pedro. O Pelourinho encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910.
Igreja da Misericórdia
Igreja de Santa Maria de Guimarães
Palácio Ducal
Igreja Nossa Senhora da Fresta
Uma das mais antigas igrejas de Trancoso, foi fundada no Século XII e está localizada fora das muralhas.
Estátua de Gonçalo Annes Bandarra
Está situada em frente ao edifício dos Paços do Concelho, figura famosa de um sapateiro, poeta e profeta que viveu em Trancoso no século XVI.
Parque Municipal
Este parque data de 1886 e dá abrigo a cerca de 650 árvores de diferentes espécies.
Casa do Gato Preto
Esta casa também é conhecida como “Casa do Leão de Judá” e é um dos mais importantes símbolos judaicos em Trancoso.
Campo Militar da Batalha de Trancoso
Este campo está localizado a 2 km do Centro Histórico, junto à ermida de São Marcos, e corresponde ao espaço onde, a 29 de Maio de 1385, teve lugar a Batalha de Trancoso. Este confronto, que culminou com a vitória do exército liderado por Gonçalo Vasques Coutinho, alcaide de Trancoso, sobre o poderoso exército castelhano, constitui um dos episódios mais gloriosos e marcantes da História de Portugal, não só pela vitória alcançada, mas também pelo significado militar, político e simbólico que a mesma adquiriu no contexto da afirmação da Independência do Reino.
A Não Perder
Iguaria Regional – Sardinhas Doces de Trancoso
Festas em Trancoso
Feira de S. Bartolomeu: Agosto
Feira de Sta. Luzia: Dezembro
Feira do Fumeiro: Fevereiro/ Março