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Carla & Leonel

Aldeias do Xisto – Água Formosa, Sarzedas, Figueira e Martim Branco

#Continuandoàprocura de emoções feitas de história, religião, arquitetura, gastronomia, ecologia e cultura, o património das Aldeias de Xisto, proporciona-nos tudo isto.

O projeto Aldeias de Xisto partiu da simples ideia de dinamizar o turismo na Região Centro através do aproveitamento dos recursos naturais e humanos existentes nestes locais. Com o apoio deste programa as aldeias reinventaram-se e convidam todos a visitarem e descobrirem uma região que é um tesouro nacional.

No verão de 2019, em concreto no mês de setembro, mais uma vez decidimos partir à descoberta destas fantásticas aldeias, são muitas, são 27 agrupadas por regiões. Depois de termos conhecido as da Serra da lousã, da Serra do Açor e das aldeias da região do Zêzere, chegou a vez de iniciarmos a descoberta pelas da zona Tejo-Ocreza, assim em agosto de 2020, fomos conhecer Água Formosa, Figueira, Sarzedas e Martim Branco. Neste rol de aldeias gostámos, principalmente, de Água Formosa. No entanto, na nossa opinião, Casal de São Simão, Talasnal e Cerdeira são das mais bonitas Aldeias d  o Xisto.

 

Património  

Descobrir a arquiteturas destas casas, saber como surgiram os seus nomes, conhecer as pessoas, ouvir as suas histórias, compreender as suas crenças, observar como vivem e do que se ocupam, provar os pratos típicos, olhar em volta das pastagens verdes, conhecer a arte e os artistas é aventurarmo-nos no conhecimento e na valorização de uma região fantástica.

 

Cultura

A cultura, intrínseca de cada povo e decorrente de séculos de história, está patente em cada família, esquina e festa da aldeia. A cultura é feita também de eventos que promovem o conhecimento e que atraem participantes e espetadores, reforçando as formas tradicionais de animar o povo. Tem-se vindo a recuperar estes hábitos antigos.

 

Caminhos de Xisto e Centros de BTT

A envolvente natural fantástica proporciona o contacto com os Caminhos de Xisto, que são percursos pedestres de pequena rota. Os traçados destes circuitos acompanham muitas vezes antigos trilhos usados por moleiros, agricultores e mineiros.

Os Centros de BTT das Aldeias de Xisto são infraestruturas desportivas permanentes dotadas de equipamentos dedicados exclusivamente aos praticantes de BTT. Estes locais estão apetrechados com estacionamento, balneários, estação de serviços para bicicletas e oferecem uma rede de trilhos do tipo Crosscountry, DownHill ou FreeRide, com quatro níveis de dificuldade adequados a todos os tipos de utilizadores.

 

Gastronomia

Apostando nas tradições culinárias das Aldeias de Xisto, promoveu-se a criação da Carta Gastronómica das Aldeias de Xisto, rebuscando os cantos da memória dos habitantes destas aldeias, para se criarem 153 receitas típicas desta região.

Também os restaurantes das aldeias mantem a autenticidade e qualidade máxima no que diz respeito ao ambiente, arquitetura, decoração, preços, variedade de vinhos e animação.

 

Turismo Ativo

Existem infinitas possibilidades de lazer nas Aldeias de Xisto. Estas criaram um calendário de eventos anual diversificado e profundamente enraizado no que há de melhor e mais genuíno neste território.

Aqui há percursos pedestres e BTT, canoagem, DownHill, trail running, etc. Nas praias fluviais há torneios de voleibol e nas rochas escalada e rapel. Surpreenda-se ainda com os ciclos gastronómicos e recriação de tradições antigas. Desfrute de alojamento de excelência e restaurantes de alta qualidade. Acompanhe a mudança das estações, amasse o pão, vá com os rebanhos e faça o queijo, ouça a música e a poesia e veja teatro.

Localizada na transição do distrito de Coimbra para o de Leiria, a Serra da Lousã esconde tesouros fabulosos. A beleza das suas paisagens, a vertente cultural e humana das Aldeias do Xisto, fazem desta região, uma região única.

 

Água Formosa

Água Formosa é, antes de mais, formosa. O nome, de facto, não podia estar melhor atribuído. A aldeia localizada numa encosta do concelho de Vila de Rei, esconde-se, entre a ribeira da Corga e a ribeira da Galega, numa encosta. Nesta pacata localidade são ainda visíveis os vestígios das tradições antigas, como os vários fornos a lenha espalhados pela aldeia; mas também evidências de tradições ligadas à utilização da força da água.
Nesta aldeia fomos cativados pela simpatia dos habitantes, pelo caminho calcetado que nos levou à fonte de água puríssima e pelo passeio que fizemos pelas estreitas ruelas até à pequena ribeira, local onde habitam cágados e mesmo lontras, o feto-real (Osmunda regalis), um dos maiores fetos que ocorrem em Portugal, com grandes e lindas frondes, podendo atingir mais de um metro de comprimento.

 

Para Ver

Eira dos Réis

Eira localizada na periferia da aldeia e onde, no final do verão, ainda se seca o milho, os feijões e a palha.

Forno a lenha

Forno situado no centro da aldeia que ainda se encontra em funcionamento.

Azenha

Das cerca de uma dúzia de azenhas que existiam ao longo da ribeira, apenas subsistem três e destas apenas uma ainda está em funcionamento.

 

Sarzedas

Sarzedas foi implantada na paisagem da charneca, como que ainda ameaçada pelas alturas da serra do Muradal e está situada no concelho de Castelo Branco.

Trata-se da única aldeia do xisto que teve um título nobiliárquico atribuído, Sarzedas distingue-se pelos traços de cor que lhe marcam as fachadas das casas rebocadas a caminho da fonte da vila. Antiga vila e sede de concelho, o seu pelourinho, o largo, as igrejas e as capelas sobressaem numa malha urbana. No Alto de São Jacinto, junto à igreja Matriz, existe um campanário com a sua torre sineira.
O material de construção predominante é o xisto. A grande maioria das fachadas está rebocada e pintada, nalguns casos utilizando cores garridas em decorações características da Beira Baixa.
O título de Conde de Sarzedas foi criado em 1630, por Filipe III, e utilizado por vários titulares. Os Condes de Sarzedas tiveram a sua moradia no Palácio da Palhavã, em Lisboa, edifício hoje ocupado pela Embaixada de Espanha.

 

Para Ver

Património

Pelourinho, igreja matriz, torre sineira, Capela da Misericórdia, fonte da vila.

Capela de São Pedro

Templo de linhas muito simples que data de 1603. No interior conserva uma imagem do padroeiro.

Capela de Santo António

Pequeno templo de planta retangular, orientado a poente. Possui um portal de ombreiras retas e padieira ligeiramente curvado e uma pequena janela à direita e óculo por cima do portal.

 

Figueira

Localizada no concelho de Proença-a-Nova, Figueira é uma aldeia em xisto, praticamente plana e de fácil circulação, contudo, possui um emaranhado de ruelas no qual se destaca o forno comunitário. A circundar a aldeia, os tons de verde indicam a forte presença de oliveiras que dão origem ao “ouro verde”, outrora a riqueza da aldeia.
Com forte presença de múltiplos pormenores da arquitetura tradicional, a aldeia possui hortas, quintais, arrumos agrícolas, currais e capoeiras.
O material de construção predominante é o xisto, embora algumas fachadas dos edifícios estejam rebocadas e pintadas. Existe um padrão construtivo na utilização do xisto que distingue esta das outras Aldeias do Xisto: muitas ombreiras das portas são irregulares e em alguns muros constatamos um pouco comum assentamento vertical do xisto. Os quintais são delimitados por lajes de xisto espetadas na vertical.

Aqui nasce a ribeira da Figueira, que aflui à ribeira das Moitas, a qual, depois se junta ao rio Ocreza e este ao Tejo.
Na aldeia as figueiras são muito frequentes. Não será despropositado ligar-se o nome da aldeia a esta árvore.

 

Para Ver

Loja das Aldeias do Xisto

Espaço com variada gama de produtos e pão cozido em forno de lenha. É aqui que também funciona o restaurante Casa Ti’Augusta.

Casa da família Balau

É o edifício do século XIX mais notável da aldeia.

Forno comunitário

É o ex-líbris da aldeia. Local onde ainda se continua a cozer o pão.

Moinhos

Existem vários ao longo das margens da ribeira, possíveis de visitar.

 

Martim Branco

A aldeia ficou assistiu durante muitos anos ao partir das suas gentes, tendo assim permanecido muito tempo, até que, há alguns anos, despertou desse abandono.

A aldeia de Martim Branco é uma pequena aldeia localizada no concelho de Castelo Branco, num terreno de variados relevos, ora altos ora baixos, ora estreitos ora largos, ora arredondados ora bicudos.

Algumas casas testemunham o raro casamento do xisto com o granito, união de materiais que garante a qualidade e a perenidade dos imóveis. As portas ostentam belas e vistosas ferragens.
Não possui qualquer património construído do tipo religioso ou cultural e desenvolve-se a partir de duas vias – a Rua Principal e a Rua da Bica –, apresentando uma configuração longitudinal.

Os fornos comunitários são os elementos mais interessantes em Martim Branco e ao longo da ribeira de Almaceda abundam essências florestais comuns em quase toda a Beira Baixa: o pinheiro, o sobreiro, a azinheira e a oliveira. A fauna é variada: raposas, coelhos, lebres, perdizes, tordos, tentilhões, pintassilgos, codornizes, cucos e cotovias.

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Sobre

Olá, somos a Carla, o Leonel, a Sofia, a Francisca, e adorámos partir à descoberta do mundo juntos!

Aqui, partilhámos os vários destinos que já visitamos, os hotéis onde ficamos hospedados e os restaurantes que experimentámos. Queremos inspirar quem nos visita, a viajar e a experimentar, pois consideramos que a vida é uma soma de experiências e uma constante procura. Nesta procura, buscamos locais, espaços, gastronomia, cultura, pessoas e, acima de tudo, a felicidade que é poder conhecer, valorizar e preservar o mundo maravilhoso que temos.

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