#Continuandoàprocura de emoções feitas de história, religião, arquitetura, gastronomia, ecologia e cultura, o património das Aldeias de Xisto, proporciona-nos tudo isto.
O projeto Aldeias de Xisto partiu da simples ideia de dinamizar o turismo na Região Centro através do aproveitamento dos recursos naturais e humanos existentes nestes locais. Com o apoio deste programa as aldeias reinventaram-se e convidam todos a visitarem e descobrirem uma região que é um tesouro nacional.
No verão de 2019, em concreto no mês de setembro, mais uma vez decidimos partir à descoberta destas fantásticas aldeias, são muitas, são 27 agrupadas por regiões. Depois de termos conhecido as da Serra da lousã, chegou a vez de iniciarmos a descoberta pelas da Serra do Açor, assim fomos conhecer Sobral de São Miguel, Aldeia das Dez, Vila Cova de Alva, Benfeita e Fajão. Neste rol de aldeias gostámos, principalmente, de Fajão e Benfeita. No entanto, até ao momento, na nossa opinião, Casal de São Simão é das mais bonitas Aldeias do Xisto.
Património
Descobrir a arquiteturas destas casas, saber como surgiram os seus nomes, conhecer as pessoas, ouvir as suas histórias, compreender as suas crenças, observar como vivem e do que se ocupam, provar os pratos típicos, olhar em volta das pastagens verdes, conhecer a arte e os artistas é aventurarmo-nos no conhecimento e na valorização de uma região fantástica.
Cultura
A cultura, intrínseca de cada povo e decorrente de séculos de história, está patente em cada família, esquina e festa da aldeia. A cultura é feita também de eventos que promovem o conhecimento e que atraem participantes e espetadores, reforçando as formas tradicionais de animar o povo. Tem-se vindo a recuperar estes hábitos antigos.
Caminhos de Xisto e Centros de BTT
A envolvente natural fantástica proporciona o contacto com os Caminhos de Xisto, que são percursos pedestres de pequena rota. Os traçados destes circuitos acompanham muitas vezes antigos trilhos usados por moleiros, agricultores e mineiros.
Os Centros de BTT das Aldeias de Xisto são infraestruturas desportivas permanentes dotadas de equipamentos dedicados exclusivamente aos praticantes de BTT. Estes locais estão apetrechados com estacionamento, balneários, estação de serviços para bicicletas e oferecem uma rede de trilhos do tipo Crosscountry, DownHill ou FreeRide, com quatro níveis de dificuldade adequados a todos os tipos de utilizadores.
Gastronomia
Apostando nas tradições culinárias das Aldeias de Xisto, promoveu-se a criação da Carta Gastronómica das Aldeias de Xisto, rebuscando os cantos da memória dos habitantes destas aldeias, para se criarem 153 receitas típicas desta região.
Também os restaurantes das aldeias mantem a autenticidade e qualidade máxima no que diz respeito ao ambiente, arquitetura, decoração, preços, variedade de vinhos e animação.
Turismo Ativo
Existem infinitas possibilidades de lazer nas Aldeias de Xisto. Estas criaram um calendário de eventos anual diversificado e profundamente enraizado no que há de melhor e mais genuíno neste território.
Aqui há percursos pedestres e BTT, canoagem, DownHill, trail running, etc. Nas praias fluviais há torneios de voleibol e nas rochas escalada e rapel. Surpreenda-se ainda com os ciclos gastronómicos e recriação de tradições antigas. Desfrute de alojamento de excelência e restaurantes de alta qualidade. Acompanhe a mudança das estações, amasse o pão, vá com os rebanhos e faça o queijo, ouça a música e a poesia e veja teatro.
Localizada na transição do distrito de Coimbra para o de Leiria, a Serra da Lousã esconde tesouros fabulosos. A beleza das suas paisagens, a vertente cultural e humana das Aldeias do Xisto, fazem desta região, uma região única.
Na Serra da Lousã habitam muitas das espécies de fauna e flora, das quais de destacam os veados, os javalis e os corços, as espécies de azinheiras, sobreiros, castanheiros, carvalhos e pinheiros, numa zona conhecida por ser profundamente transposta por linhas de água.
A Este sobressai o colossal Penedos de Góis, um local deslumbrante com miradouros sobre a paisagem beirã e o Alto do Trevim, o ponto mais alto da Serra da Lousã, com 1204 m, onde está o famoso baloiço que desliza sobre a paisagem.
Álvaro
A aldeia de Álvaro está localizada junto ao rio Zêzere, numa encosta na albufeira do Cabril. É considerada uma das “aldeias brancas” da Rede das Aldeias do Xisto, cuja maioria das fachadas dos edifícios está pintada de branco.
Ao entrarmos na aldeia, demos conta da ainda visível destruição provocada pelos devastadores incêndios de 2017. Muitas das casas que arderam, ainda se encontram em ruínas. Outra situação evidente que constatámos, e que depois foi confirmada pela D. Raquel Freire, que gentilmente nos guiou pela aldeia, foi o despovoamento a que a aldeia assistiu e assisti, provocada pelos incêndios.
A aldeia é muito rica em património religioso, nomeadamente através dos inúmeros vestígios da Ordem de Malta.
Nesta aldeia o destaque vai para o circuito das Capelas, são sete, Santo António, S. Sebastião, Nossa Senhora da Nazaré, Igreja da Misericórdia, S. Gens, Nossa Senhora da Consolação e S. Pedro, das quais cinco estão situadas dentro da povoação e duas na zona envolvente. No interior de cada uma delas existe um admirável acervo religioso, as quais incluem importantíssimas obras de arte sacra, como uma imagem do Senhor dos Passos, um Sacrário Renascentista e S. João Evangelista.
A D. Raquel acompanhou-nos na visita à aldeia e mostrou-nos a Igreja da Misericórdia e a Igreja Matriz. Falou-nos da beleza da aldeia, do riquíssimo património religioso, bem como da desertificação da mesma.
No sopé da aldeia, localiza-se a albufeira da barragem do Cabril e as suas infraestruturas fluviais, um lugar muito bonito para contemplar a Natureza. Os meandros do rio Zêzere, um dos geossítios do Geopark Naturtejo classificado pela UNESCO, transformam este local num dos mais belos vales fluviais de Portugal.
Para Ver
Igreja da Misericórdia
Este templo está localizado no centro da aldeia, sendo o seu ex libris, quer pela sua história, quer pelo seu programa decorativo e pelas peças que encontramos no seu interior, pelo que uma visita se torna imprescindível.
Foi fundado em 1597 e no século XVII foi profundamente remodelado, bem como no século XVIII, pois sofreu sucessivas campanhas de restauro e a colocação do retábulo na capela-mor. Também do século XVIII (1797) é a capela lateral – Capela do Senhor dos Passos – que foi destinada ao mausoléu do Capitão José Rodrigues Freire que ali se encontra.
É um templo de planta longitudinal irregular, orientado a oeste. Portal tardo-renascentista em granito. O interior é de uma só nave, separado da capela-mor por um arco-cruzeiro de pedra, em arco perfeito. Os painéis da via sacra apresentados nas paredes, são do período filipino.
Igreja Matriz de São Tiago Maior
No centro da aldeia de Álvaro ergue-se uma igreja do século XIX que alberga peças de séculos e templos antigos, assim como alguns testemunhos da Ordem de Malta.
Fonte de baixo
Fonte de mergulho, provavelmente do séc. XVI, em xisto, encontrando-se em estado de abandono.
Edifício da Junta de Freguesia
Este edifício está situado no local dos antigos Paços de Concelho, da época em que Álvaro foi vila. Seguidamente deu lugar à escola primária e atualmente alberga a sede da Junta de Freguesia.
Edifício da antiga padaria
Edifício que se mantém como um elemento de arqueologia industrial na povoação.
Capela de Santo António
Esta capela está localizada no extremo poente da aldeia, data do séc. XVII.
Pontes em Xisto sobre a Ribeira de Alvelos
Alminhas
Edifícios particulares do séc. XIX e XX
Antiga Escola Primária
Edifício construído na época do Estado Novo. Recebeu obras de requalificação em 1973. Atualmente encontra-se abandonada. Localiza-se no extremo poente da aldeia, no local denominado Chão do Paço.
Capela de Santo António
Localizada no extremo poente da aldeia, é um templo do século XVII, de planta quadrada, alpendrado, com contraforte do lado norte que tem no topo um sineirita. Portal em xisto, com arco de volta perfeita assente em dois saiméis trabalhados com linhas retilíneas.
O interior é de uma única nave rematada em cúpula, que foi sujeito a reformas sucessivas.
Praia Fluvial de Álvaro
Excelente zona de lazer, ideal para a prática de atividades náuticas.
Barroca
A aldeia de Barroca, sobretudo a zona mais antiga, está localizada ao longo de um pequeno morro, junto ao rio Zêzere.
É nesta aldeia que está localizado o Centro Dinamizador das Aldeias do Xisto, num antigo solar do séc. XVIII, que também alberga um Centro de Interpretação deste património da Arte Rupestre do Pinhal Interior.
O material de construção predominante é o xisto, embora alguns edifícios estejam rebocados e pintados de branco. Existe um número significativo de construções aristocráticas dos séculos XVIII e XIX, de maiores dimensões, integralmente em xisto, pouco comum na rede das Aldeias do Xisto.
A este património há a juntar notáveis exemplares religiosos como as capelas de Nossa Senhora da Rocha, São Romão, São Roque e Nossa Senhora da Agonia.
A paisagem circundante é dominada pelo pinhal e pelas pirâmides das escombreiras da Lavaria do Cabeço do Pião, que já pertenceram às Minas da Panasqueira.
Para Ver
Lavadouro
Possui traços arquitetónicos da época do Estado Novo.
Chafariz dos Namorados
Equipamento em granito de 1915.
Fonte Ribeira da Bica
Equipamento em granito.
Cantinho dos Palermas
Ponto de encontro batizado pelos habitantes.
Casa Grande – Edifício senhorial da Família Fabião
Capela particular
Capela de São Roque
Igreja Paroquial
Conjunto de casas particulares dos séc.s XVIII e XIX
Pontes pedonais
São duas as pontes pedonais que atravessam o Zêzere, uma mais antiga e rústica e uma mais recente em estrutura metálica.
Capela de Nª Srª da Rocha
Foi instituída pela família Fabião. Está isolada no topo de uma elevação sobranceira à aldeia.
Capela de S. Romão
Na padieira do portal encontra-se gravada a data 1720. O templo de planta retangular é muito singelo e está rebocado e pintado de branco. No vértice da frontaria apresenta uma cruz simples.
Capela de Nossa Senhora da Agonia
Templo de planta retangular, singelo, em xisto não rebocado, datado de 1713.
Alminha
Está localizada ao fundo da aldeia, na margem esquerda do Zêzere, junto ao acesso às pontes pedonais.
Anjo da Guarda
Altar moderno implantado junto à EN238, à entrada da aldeia.
Açude e moinho
Em frente à aldeia, no leito do Zêzere, existe um açude e respetivo moinho hidráulico.
Zona Fluvial
Zona de lazer e de recreio junto ao rio Zêzere com ponte pedonal.
Janeiro de Baixo
Contornada pelo rio Zêzere, a aldeia surge num vale muito bonito adornado por extensos pinhais.
Janeiro de Baixo possui um parque de campismo e uma praia fluvial com o um extenso areal. Muitas fachadas dos edifícios estão rebocadas e pintadas, a maioria recorrendo a cores tradicionais. Dentro da aldeia há um conjunto de pontos de interesse, quer religiosos, quer arquitetónicos, passando pelas recentes infraestruturas para acolher os visitantes, até à antiga memória do “Tronco”, lugar onde antigamente se ferravam os animais. O núcleo central da aldeia é constituído pela igreja e pelas capelas.
Para Ver
Fonte de mergulho
Construída em xisto, com data do século XVIII.
Capela de São Sebastião
Alminha
Foi construída em xisto e está localizada junto à entrada da aldeia.
Moinho escavado na rocha
Ruínas de azenha e moinho junto ao Zêzere.
Igreja matriz
Capela do Santo Cristo
Antiga Escola Primária
O edifício da antiga escola primária foi construído no âmbito denominado “Plano dos Centenários” lançado pelo Estado Novo, atualmente alberga o PONTO MAIS.
Moinho escavado na rocha
A azenha e o moinho (em ruínas) são elementos únicos escavados na rocha.
Tronco
Local onde antigamente se ferravam os animais, tendo sido recuperado recentemente.
Fornos tradicionais
Para cozimento do pão e confeção de refeições.
Parque Fluvial
Magnífica zona de lazer com praia fluvial, parque de campismo e todo o tipo de atividades.
Janeiro de Cima
Ao entrarmos na aldeia deparámo-nos com uma malha urbana complexa com ruas sinuosas em que as casas apresentam fachadas em xisto, com seixos redondos e brancos provenientes do rio, aqui e ali. As primeiras casas foram construídas na zona circundante da Igreja Velha, de onde saem as ruas estreitas e orgânicas, de fisionomia própria, numa estrutura medieval de grande interesse patrimonial.
Para Ver
Igreja Nova
Templo do século XX) construído na área periférica da povoação.
Capela do Divino Espírito Santo
Templo, provavelmente, fundado no séc. XVI. Templo de planta longitudinal composta por nave e capela-mor mais estreita e alpendre aberto. No interior um arco triunfal em arco apontado, em granito rebocado e pintado.
Capela de Nª Srª do Livramento
Casa das Tecedeiras
Capela de São Sebastião
Edifícios particulares dos séculos XVII-XVIII
Igreja Velha
Roda de Janeiro
Tear Gigante
A Barca
Quelhos e Quelhas
Escola Primária
Mais um estabelecimento de ensino desta marca nacional constituída por centenas de edifício escolares que o denominado “Plano dos Centenários” do Estado Novo.
Balcões
Na aldeia existe um número significativo de balcões, que testemunham uma primitiva utilização habitacional do piso superior, enquanto o piso inferior serviria para alojar animais e alfaias.
Parque fluvial da Lavandeira
Local fantástico de lazer junto ao rio Zêzere com zona de merendas e um bar de apoio.