A viagem durou cerca de 20 minutos, sendo bastante rápida e cómoda. Saímos na Central Station, um imponente edifício onde chegam e partem todos os meios de transporte utilizados na cidade.
O hostel que escolhemos, o Generator Amesterdam, fica um pouco distante da Central Station, no Oosterpark Amesterdam, portanto, resolvemos ir de comboio até à estação de Amesterdam Muiderpoort, a mais próxima do nosso alojamento. Apesar de ser de noite, o primeiro sentimento que tivemos foi o de admiração pela beleza da cidade. Percorremos as ruas em direção ao hostel e pelo meio comemos qualquer coisa.
O hostel fica localizado num grandioso parque verde com um lago ao centro. Podem imaginar a vista maravilhosa que tínhamos do nosso alojamento. Um alojamento muito bonito, simples, confortável, muito prático e com uma boa relação qualidade – preço.
Dia 1
Manhã
O relógio tocou às 8h30m. Levantámo-nos e saímos do hostel a pé, em direção à Museumplein.
Esta praça de Amsterdão, também conhecida como Praça dos Museus, é um dos principais pontos turísticos da cidade e recebeu este nome por causa dos três principais museus da cidade: o Rijksmuseum, o Van Gogh e o Stedelijk.
A visita ao museu terminou pelas 12h. Considerámos o museu muito bonito, e é sempre bom observar as obras do maior pintor holandês.
No final da visita caminhámos um pouco por algumas ruas enquanto nos dirigíamos para o ponto 10 da rota do CitySightseeing. Comprámos o pass para 24h por 36€ e cruzeiro incluído pelos canais.
Passámos pela rua PC Hooftstraat que fica pertinho do Vondelpark uma rua onde estão as lojas das griffes conhecidas mundialmente, é a rua chique de Amesterdão.
Entretanto, apanhamos o autocarro no ponto 10 e fomos em direção ao ponto 11, junto à igreja Westerkerk perto da casa de Anne Frank. Nessa zona aproveitámos para conhecer um pouco do Bairro Jordan e, de seguida, almoçamos um kebab num pequeno restaurante asiático.
Tarde
Pelas 15h fomos visitar a casa de Anne Frank, um espaço que convida à reflexão e à introspeção.
No fim da visita, seguimos em direção à praça Spui onde aproveitámos para entrar numa maravilhosa loja de queijos, a Dutch Delicacy. Aí degustámos vários queijos holandeses. Seguiu-se uma paragem no mítico Café Hoppe onde experimentámos a melhor tarde de maçã do mundo, acompanhada com um reconfortante cappuccino quentinho.
De estômago bem reconfortado fomos conhecer o Bloomarket, o mercado das flores, um mercado flutuante com espécies lindas de flores, um local onde as tulipas são as rainhas.
De seguida deambulámos por algumas das ruas mais movimentadas da cidade na zona da praça DAM.
Dia 2
Manhã
O segundo dia começou com uma visita ao museu Rijksmuseum, que durou toda a manhã por causa da dimensão do museu. É muito grande de facto.
Este museu é considerado um dos mais bonitos da Europa. Nós corroborámos a afirmação pois, para além de grandioso, é dotado de uma grande beleza arquitetónica e, além do mais, é muito completo do ponto de vista das obras que apresenta. As peças são muito diversificadas e o museu encontra-se muito bem organizado.
Daqui dirigimo-nos para o Bairro Pijp, à omoleteria Omelleeg, um espaço muito cool e bem decorado, onde saboreámos uma deliciosa omelete acompanhada de uma salada e um pedaço de pão.
Tarde
Depois do almoço, apanhámos o CitySightseeing no ponto 8 e fomos em direção à Gassan Diamonds, onde tivemos a oportunidade de conhecer o processo de lapidação dos diamantes e as características que fazem destes minerais preciosidades únicas no mundo. Durante o trajeto de autocarro fomos conhecendo outros pontos da cidade, nomeadamente a zona junto ao rio Amstel e a zona onde fica localizado o único moinho da cidade, na Oostenburgergracht.
Durante a visita conhecemos as peças feitas pela Gassan e o mais incrível, pudemos experimentar, por alguns minutos, algumas das mais fantásticas peças criadas pela marca. Por instantes os meus dedos valeram alguns milhares de euros.
No final da visita guiada, foi-nos oferecido um café ou chá, o qual acompanhámos com uma Strooplewaffle, uma iguaria holandesa.
Seguimos, no CitySightseeing, agora para o ponto 8, para a Heineken Experience.
A visita demorou cerca de 2 horas. Começámos por conhecer um pouco da história da marca, vimos todo o processo de fabricação da cerveja e no fim degustámos algumas cervejas num bar com um ambiente muito descontraído.
No final do dia, seguimos para a tão aguardada Red Light District, onde jantámos num dos muitos restaurantes que existem nesta zona e com o cair da noite passeámos pelas ruas onde é possível apreciar toda a agitação noturna e as famosas “montras de meninas”. Estávamos em Amesterdão e como tal não podíamos deixar de ir a uma coffee shop, fomos então à mais popular, à Bulldog.
A atmosfera que se respira nesta zona é, realmente, de pura descontração e liberdade.
Dia 3
Manhã
O terceiro dia amanheceu pela primeira vez com sol, mas o frio, esse foi uma constante. A manhã foi dedicada ao tão aguardado cruzeiro pelos canais de Amesterdão, de onde é possível ter uma perspectiva diferente da cidade.
Saímos do hostel e após uma caminhada de cerca de 15 minutos chegamos ao cais de embarque situado no ponto 7 muito próximo do Vondelpark. O passeio tem uma duração de cerca de 2h e é muito bonito. Passámos pelos principais pontos da cidade, observámos as casas barco e as diversas pontes.
Amesterdão tem mais de 1000 pontes, mas possivelmente a mais famosa é a Magere Brug (Ponte Magra). Construída em madeira, esta ponte levadiça sobre o rio Amstel tem uma bonita iluminação noturna. No séc. XIX a ponte original foi substituída por uma mais larga, uma vez que a primeira era tão estreita que nem sequer duas pessoas podiam atravessar a ponte ao mesmo tempo. De facto, a perspectiva que se tem da cidade, ao percorrerem-se os canais, é diferente daquela que se tem ao caminhar ao longo dos mesmos.
Terminámos o passeio no ponto 6, junto à Westerkerk para experimentar as famosas panquecas holandesas no Pancakes Amesterdam, um restaurante muito agradável junto à casa de Anne Frank, com panquecas deliciosas.
A variedade de panquecas é imensa, há panquecas para todos os gostos, doces e salgadas com os mais diversos ingredientes. Não querendo arriscar muito, escolhemos a panqueca de bacon, queijo e cogumelos, uma delícia!
Por norma somos um pouco gulosos e, como adorámos a tarte de maçã, não passou um único dia sem comermos uma fatia. Neste dia decidimos ir à famosa Winkel 43, que por sinal até ficava bem perto do local onde nos encontrávamos, em concreto em Noordermarkt.
Com o estômago bem composto continuámos o passeio, agora a pé, pelas ruas de Amesterdão.
Tarde
Visitámos a Westerkerk e, de seguida, como não podia deixar de ser, alugámos uma bicicleta e percorremos as ruas da cidade utilizando o meio de transporte mais famoso. Uma experiência fantástica que recomendamos vivamente.
Saímos da loja de aluguer de bicicletas em direção ao VondelPark, o maior parque e o mais visitado da cidade. O final de tarde no parque é uma experiência maravilhosa, é uma boa altura do dia para passear neste local lindo.
No fim do passeio, e depois de entregarmos as bicicletas, dirigimo-nos apressadamente para o A´DAM Lookout, um rooftop localizado junto ao rio Amstel, para assistir ao por do sol e para observar a grandiosa cidade de Amesterdão, uma vez que oferece vista 360º, uma vista espectacular! Neste local é também possível usufruir de uma experiência muito interessante que é baloiçar do alto de um 22.º andar e fazer refeições no restaurante Moon.
O dia já ia longo, atravessámos de novo o rio Amstel de ferry, uma travessia gratuita e rápida, de cerca de 5 minutos, até à Central Station.
Chegados à Central Station, fomos beber um saboroso chocolate quente e comer um muffin no Starbucks para aquecermos a alma e entreter um pouco o estômago.
Dia 4
Manhã
Reservámos o quarto e último dia para conhecer um pouco da ruralidade holandesa e visitar alguns dos famosos moinhos de vento que existem um pouco por todo o país, mas que em Zaanse Schans são particularmente bonitos, bem como a própria aldeia, que está localizada a cerca de 22 km de Amesterdão.
Partimos da Central Station no autocarro n.º 391 da Plataforma C. A viagem durou cerca de 45 minutos e custou 10€, ida e volta. Também se pode ir de comboio, mas o autocarro é bastante cómodo, pois a paragem de Zaanse Schans está mesmo à entrada da localidade. Zaanse Schans é uma aldeia lindíssima, uma povoação dos séculos XVII e XVIII, que parece saída de um conto tradicional, com moinhos, alguns dos quais, ainda mantêm o seu trabalho atualmente.
Ao entrarmos nesta aldeia, do lado direito, encontra-se um museu que conta a história da localidade, da Holanda industrial e de um pintor famoso que morou em Zaandam: Claude Monet.
Continuámos a caminhar e a paisagem com a qual nos deparámos é simplesmente fantástica. Que visão maravilhosa, os moinhos, o rio, as casinhas, as pessoas…
O Rio Zaan atravessa a aldeia, de um lado as casinhas e os inconfundíveis e belos moinhos de madeira, alguns com mais de 300 anos, são 11 no total, estando 6 abertos para o público e, do outro lado, um aglomerado de casas ribeirinhas de madeira, com os seus ancoradouros e jardins privados.
As casas de madeira da aldeia são muito bonitas, algumas estão habitadas, outras servem de fábrica de queijos, construção de tamancos, cafés e, outras de venda de recordações e iguarias dos Países Baixos. Alguns espaços são pagos, outros são gratuitos.
Depois de percorrermos os vários caminhos deste museu a céu aberto, regressámos a Amesterdão junto à hora de almoço.
Tarde
O nosso almoço foi simples e rápido pois ainda queríamos percorrer algumas ruas e rever outras, o último passeio pela cidade, para nos despedirmos de uma cidade tão bonita.
Por volta das 16h deixámos, já com saudades Amesterdão, e dirigimo-nos para o aeroporto, utilizando novamente o comboio. O voo de regresso a Portugal foi na TAP, um voo tranquilo.
Para trás ficou uma cidade encantadora, com uma energia muito positiva!