Recuando ao passado, é importante saber que, após a chegada dos povos germânicos, a cidade de Bragança, outrora designada de “Brigância”, conheceu os conflitos entre árabes e cristãos, e que foi devido a essas incursões devastadoras que a povoação teve que se deslocar para o outeiro da Benquerença, durante o reinado de D. Afonso Henriques.
Foi no século XII que o castelo foi edificado para proteger a renovada povoação, apesar de uns anos mais tarde ter sido novamente arrasada pelos exércitos muçulmanos.
O castelo foi alvo de obras de beneficiação durante o reinado de D. Fernando, tendo sido ampliado no reinado de D. João I. Contudo, o rol de destruições continuou com a invasão espanhola de 1762 e com as guerras napoleónicas, sendo que a paz chegaria apenas durante o século XX.
O Castelo, erguido na cota de 700m acima do nível do mar, tem uma planta ovalada, é constituído por uma cerca ameada com um perímetro de 660m, reforçada por 15 cubelos e ocupa um área de 3 hectares com 4 espaços delimitados, dois eixos viários, cujo principal é a antiga rua da Cidadela.
Já no interior, pode-se visitar as edificações da Domus Municipalis, que se acredita ter tido a função de cisterna, a igreja de Santa Maria e o Pelourinho Medieval.
No lado Norte da cerca exterior, junto a um dos cubelos, destaca-se a Torre da Princesa, e no setor Sul, um saliente de planta quadrangular é fechado pelo chamado Poço del´Rei, antiga cisterna.
Os espaços internos do castelo de Bragança foram reorganizados e convertidos, desde 1936, em museu militar da região.