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Carla & Leonel

Castro Verde – Tradição e Hospitalidade no Alentejo

É no seio das extensas planícies do Baixo Alentejo que se localiza uma vila muito agradável de seu nome Castro Verde.

É comum ouvir dizer que o nome de Castro Verde se deve ao facto de que esta vila terá sido edificada em cima de um castro lusitano, numa zona verdejante, a que os romanos chamaram de Castrum Veteris.

Castro Verde está localizado no km 640 da Estrada Nacional, a mais extensa estrada de Portugal, que liga o Norte ao Sul, desde Chaves até Faro.

A região está inserida na Reserva da Biosfera da UNESCO, local onde vivem inúmeras espécies de animais, parte das quais ameaçadas na Europa. Entre as aves que utilizam a estepe cerealífera para alimentação, nidificação e abrigos destacam-se abetardas, sisões, grous, águias-caçadeiras, águias imperiais, peneireiros-das-torres e cortiçóis-de-barriga-preta.

Castro Verde localiza-se no seio da imensidão da planície, designada de “Campo Branco”. Aqui, existem diversos campos de trigo, aveia e cevada, produzidos em sequeiro nos solos pobres, bem como extensas pastagens para ovelhas e vacas.

Os montados de azinheiras, de sobreiros, olivais, vinha, e matos de estevas, completam o lindíssimo cenário alentejano.

 

Para Ver na Vila de Castro Verde

 Rotunda das Ovelhas

Conhecida como “Monumento ao Ambiente Rural”, faz referência às atividades económicas tradicionais da região, como a pastorícia e a agricultura.

 

Praça do Município

Nesta praça encontra-se a Câmara Municipal de Castro Verde, um edifício projetado em 1890, inauguração em 1913. 

À frente dos Paços do Concelho encontra-se um monumento que se designa de Padrão (também chamado ora “Pelourinho”, ora “Obelisco”), criado com o intuito de homenagear a Batalha de Ourique.

 

Igreja de Nossa Senhora dos Remédios

Também conhecida por Igreja das Chagas do Salvador, foi construída por volta de 1620.

O exterior é predominantemente branco, de construção simples. O interior possui paredes forradas a azulejos azuis e brancos e um conjunto de quadros pintados a óleo que ilustram os vários episódios da Batalha de Ourique.

 

Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição

Classificada como imóvel de interesse público, esta Igreja Matriz, do século XVIII, possui uma só nave, revestida de azulejos setecentistas policromados e cenas da Batalha de Ourique ocorrida, segundo consta, na região no século XII.

Dentro da Igreja existe ainda o Tesouro da Basílica Real, que possui um núcleo museológico de arte sacra. 

Na parte posterior da Basílica encontra-se um dos miradouros mais bonitos de Castro Verde de onde se pode observar as belas planícies douradas do Alentejo.

 

Museu da Lucerna

Museu inaugurado em 2004, para exibir uma interessante coleção de lucernas romanas (lanternas com combustível e pavio), a maior coleção do mundo de lucernas encontradas num mesmo local, cerca de 20.000 exemplares na localidade de Santa Bárbara dos Padrões.

No espaço é explicada ainda a produção e utilização da lucerna e disponibilizada informação sobre o local onde estes objetos foram encontrados.

 

Casa da Dona Maria

Trata-se de uma casa senhorial, do início do século XX, de construção, no mínimo peculiar. O edifício tem uma torre e um conjunto de elementos decorativos em betão e encontra-se forrado a azulejos.

 

Para Ver no Concelho de Castro Verde

 Reserva da Biosfera da UNESCO

A região de Castro Verde é profundamente rural. A pura comunhão do homem com a natureza, através de práticas ancestrais, determinou a classificação: Reserva da Biosfera da UNESCO.

Práticas centenárias de uma agricultura extensiva respeitam o habitat de, entre outras, aves como a abetarda, o sisão e o peneireiro das torres.

Uma extensa planície repleta de sedutores montes e deliciosos pequenos aglomerados populacionais.

 

Entradas

Para além da belíssima localidade em si, o Museu da Ruralidade assume um importante papel na salvaguarda do património imaterial do Campo Branco e, em particular, na criação de um espaço de diálogo entre o património material e imaterial, salvaguardando o estudo da especificidade cultural e social desta região.

Este espaço divide-se em três áreas expositivas: a zona de exposições temporárias onde estão patentes algumas alfaias agrícolas e objetos representativos da ruralidade campaniça; a zona de exposições semi-permanentes onde se poderá visitar uma oficina do ferreiro, o espólio do último abegão de Castro Verde e algumas miniaturas de alfaias agrícolas e uma área particularmente vocacionada à oralidade (Núcleo da Oralidade).

 

Centro de Educação Ambiental do Vale Gonçalinho

Este espaço situa-se na Herdade do Vale Gonçalinho no coração da planície, a cerca de 7km de Castro Verde.

A Herdade foi adquirida em 1995, tendo-se iniciado as obras de recuperação do edifício em 1998. A inauguração do CEAVG decorreu em maio de 2000, tendo sido já alvo de um melhoramento adicional em 2006.

O CEAVG é um edifício autossustentável, que funciona, essencialmente, com recurso à microprodução de energias renováveis (solar e eólica) e ainda com tratamento de efluentes através de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais por Plantas (ETARP) e compostagem de resíduos.

O Centro de Educação Ambiental para além de oferecer o apoio logístico aos vários projetos da LPN no Baixo Alentejo, recebe ainda anualmente centenas de visitantes, interessados essencialmente na avifauna estepária de Castro Verde.

Além dos turistas recebe também visitas escolares, ações de voluntariado e participantes em diversas atividades promovidas pela LPN ou por outras instituições que solicitem a sua colaboração.

 

Ermida de São Pedro das Cabeças

Devido à sua beleza e grandiosidade da paisagem que se observa do miradouro natural, às lendas que nos transportam à independência de Portugal e à magnanimidade da encosta do Cerro, este é um ponto de vista obrigatório.

No decurso da visita, deve-se descer o Cerro a pé e caminhar ao longo do rio de Cobres, um caminho considerado “Chão Sagrado”.

A ermida, guardiã da planície, vigia os, outrora chamados, Campos de Ourique. Branca e simples, situa-se perto do monte dos Geraldos, no alto do Cerro de São Pedro das Cabeças.

 

Castelo Velho de Cobres / Montel

Povoado fortificado (de tipo castro fluvial) correspondente a um núcleo de habitat fortificado de grande extensão na margem esquerda da Ribeira de Cobres. Apresenta impressionantes vestígios de estruturas defensivas, entre as quais avultam, dois fossos cortados na rocha.

Para além disso, são visíveis duas ordens de muralhas, torreões salientes e uma grande torre maciça que defende a entrada do recinto, junto da acrópole. Foi ocupado na I e II Idade do Ferro e romanizado em período muito precoce.

Foram recolhidos à superfície diversos fragmentos de cerâmica estampilhada, com palmetos e círculos raiados e um elemento de Thymiaterion de bronze, representando um caprídeo.

 

Para Comer

Em Castro Verde, a gastronomia faz-se de variados pratos tradicionais, como as açordas, as migas, sobretudo, de espargos, e as sopas de pão.

Um dos destaques vai para o porco alentejano e seus derivados, o ensopado de borrego, a cabeça de borrego assada, e o gaspacho.

O concelho de Castro Verde também é rico na confeção de queijos frescos ou secos de ovelha e cabra, assim como requeijões. Na doçaria, destacam-se as Línguas da Sogra, Folhados de Gila, Queijadas de Requeijão, Popias, Encharcada, Sericaia, e Morgado.

 

O Celeiro

O Celeiro é um espaço familiar localizado no seio da imensa planície alentejana, na localidade de Entradas a cerca de 10km de Castro Verde.

Um lugar de encontro e de convívio, no qual a gastronomia do Alentejo está presente em toda a carta, num convite pelos sabores tradicionais locais.

O espaço está instalado numa casa, mesmo junto à Estrada Nacional. Tudo começa na própria entrada, com uma agradável esplanada com vista para os campos dourados. Lá dentro, a sala de refeições completa O Celeiro. As cores quentes misturam-se com a atmosfera quente do Alentejo para proporcionar uma experiência rica em sensações.

O espaço é simples, mas acolhedor. O serviço é eficiente e rápido.

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Para Ficar

Monte da Apariça

Deixamos o asfalto entre Castro Verde e Mértola, para seguir as placas que nos indicaram o caminho até ao Monte da Apariça. Sabíamos de antemão que a longa estrada de terra batida nos levaria para um lugar especial.

Ao fundo, entre animais e searas douradas, surgiu uma herdade onde os aromas se misturam e nos dão conta de que estamos num ambiente muito tranquilo. À nossa espera, a simpática Alexandra, rapidamente nos encaminhou para a nossa Villa.

O Monte da Apariça é residência permanente de Alexandra e Jorge, bem como dos respetivos filhos, Mariana e Francisco. É nesta propriedade familiar que, para além do Turismo em Espaço Rural, se dedicam à exploração agropecuária.

O dia estava quente. A Villa T1 que nos acolheu estava fresca e cuidadosamente preparada. Existem mais duas Villas, uma T0 e uma T2, cada qual com o seu alpendre, no qual existe uma zona de refeições e lounge, e os cavalos como vizinhos.

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Olá, somos a Carla, o Leonel, a Sofia, a Francisca, e adorámos partir à descoberta do mundo juntos!

Aqui, partilhámos os vários destinos que já visitamos, os hotéis onde ficamos hospedados e os restaurantes que experimentámos. Queremos inspirar quem nos visita, a viajar e a experimentar, pois consideramos que a vida é uma soma de experiências e uma constante procura. Nesta procura, buscamos locais, espaços, gastronomia, cultura, pessoas e, acima de tudo, a felicidade que é poder conhecer, valorizar e preservar o mundo maravilhoso que temos.

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