É no sopé da Serra da Gardunha que se situa Atalaia do Campo, uma aldeia pacata que acolhe a casa Chão do Riberinho, outrora habitada pelos avós, pelos pais, e também pela proprietária que, mais tarde, decidiu dar uma nova vida às antigas paredes de granito.
Quando chegamos, sabíamos que do outro lado do portão encontraríamos uma casa especial. E assim foi, o portão abriu-se e, logo de imediato, ficamos rendidos ao exterior repleto de oliveiras.
Chão do Ribeirinho é um espaço feito de afetos, uma casa que agora é também de quem a visita. “Dos alicerces do passado, aos detalhes do presente, a pretensão é receber os visitantes da melhor forma possível, proporcionando uns dias de descanso com tranquilidade e conforto”, pode ler-se no site.
A casa possui uma decoração bastante cuidada e todas as comodidades para uma estadia muito agradável, na qual nenhum pormenor foi deixado ao acaso. É constituída por três suites e um quarto duplo. A suite Oliveira, no primeiro piso, inclui um pequeno terraço e vista para a piscina. A suite cerejeira, também no primeiro piso, é ampla e acolhedora. A suite Alecrim encontra-se localizada no rés-do-chão e conta uma zona de lazer para crianças com jogos e brinquedos. Situado no primeiro andar, o quarto Alfazema oferece vista para a piscina e é servido por uma casa de banho que se encontra no hall.
A cozinha e a sala de estar funcionam em open space. A sala de jantar encontra-se num espaço próprio, anexo à cozinha. Na sala de estar impera o conforto muito por causa da lareira que nos aqueceu nos dias frios. Estávamos no inverno e, como tal, foi por aqui que passamos a maior parte do tempo entre gargalhadas e boas conversas tendo como companhia o crepitar da lenha.
No verão, os jardins, o alpendre e a piscina convidam a passar largas horas no exterior entre banhos e comidas que poderão ser confecionadas no barbecue. Os passeios pelo campo ou na aldeia também são uma boa opção. Há sempre alguém disponível para conversar.
Estava um dia cinzento e frio. À chegada, os mimos de boas vindas não passam despercebidos. Sobre a pequena mesa da sala de estar havia uma garrafa de água, uma garrafa de vinho, uma garrafa de azeite, produção própria, doces regionais, e chocolatinhos para as mais novas.
Após despacharmos as malas, apressámo-nos a acender a lareira para acrescentar aquele toque de conforto extra à casa. Entretanto, a mesa da sala de jantar já exibia algumas iguarias que regalaram os nossos paladares. A vista desafogada sobre o campo e a sensação de tranquilidade deram um toque especial à refeição confecionada em família.
A noite foi caindo rapidamente. Escusado será dizer que num lugar assim, embalados pelos sons noturnos característicos dos ambientes rurais, se dorme muito bem.
E quando se dorme bem, acorda-se melhor. Com a claridade a transpor as cortinas, acordamos lentamente. Os outros quartos também foram acordando à medida que o cheirinho a café chegava ao primeiro andar.
Lá fora chovia com alguma intensidade. Mais um dia de serenidade nos esperava junto às brasas quentinhas da lareira. A meio da tarde fomos surpreendidos por um miminho que, deliciosamente, nos chegou à porta trazido pelas gentes da aldeia. Eram filhoses quentinhas acabadas de fazer pelas mãos de quem sabe perpetuar as tradições.
Já a tarde ia a meio quando a chuva deu tréguas. Aproveitamos para revisitar a Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha que fica uns quilómetros à frente. As mais novas ficaram em casa envoltas em leituras e estudos.
De regresso ao Chão do Ribeirinho, confecionamos mais uma refeição que nos confortou os estômagos famintos. O serão, mais uma vez, foi junto à lareira com um bom vinho a acompanhar.
A manhã já ia pela metade, quando chegou a hora de fazer malas. O momento em que começou a instalar-se aquele sentimento de tristeza por deixar um cantinho que nos aconchegou num fim-de-semana dedicado à família.
Estar cotado com 9.9 no Booking.com não é para todos. Saber receber é uma arte. Por isso recomendamos uma visita ao Chão do Ribeirinho para experienciar sensações da excelência, sensações que importam.
Informação Útil
Morada: Rua da Capela, nº 15, Fundão
Telef. 935 186 764
Preço: 175€/ Noite S. A. (8 pessoas) – março