Imaginem um lugar que conjuga arte e conhecimento! Já imaginaram? Esse lugar existe e dá pelo nome de Fundação Calouste Gulbenkian. Está localizada em Lisboa e foi criada em 1956 por testamento de Calouste Sarkis Gulbenkian, filantropo de origem Arménia que viveu na cidade entre 1942 e 1955, ano em que faleceu.
A Fundação desenvolve as suas atividades a partir da sua sede em Lisboa e das delegações em Paris e em Londres. Tem como propósito fundamental melhorar a qualidade de vida das pessoas através da arte, da beneficência, da ciência e da educação, intervindo ainda, através de apoios concedidos desde Portugal, nos PALOP e Timor-Leste bem como nos países com Comunidades Arménias.
A Fundação possui:
– Um museu, que alberga a coleção particular do Fundador e uma coleção de arte moderna e contemporânea.
– Uma orquestra e um coro.
– Uma biblioteca de arte e arquivo.
– Um instituto de investigação científica.
– Um jardim muito bonito, onde decorrem também as atividades educativas.
Em articulação com as atividades culturais, a Fundação cumpre ainda a sua missão através de programas inovadores que desenvolvem projetos piloto e apoiam, através de bolsas e subsídios, instituições e organizações sociais.
O Edifício
Inaugurado em 1969, obedeceu ao pressuposto de que o novo edifício fosse uma perpétua homenagem à memória de Calouste Gulbenkian, cujas linhas espelhassem os traços fundamentais do seu caráter: espiritualidade concentrada, força criadora e simplicidade de vida.
O conjunto arquitetónico, de estrutura simples, e as áreas sabiamente interligadas, encontra-se envolvido por um espaço verde projetado pelos arquitetos paisagistas Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto, de onde se destacam extensos relvados, lagos e ainda um anfiteatro ao ar livre.
O exterior do Museu apresenta-se como um maciço paralelepípedo retangular, onde a utilização do betão e do granito revela um equilíbrio cromático bem conseguido.
O piso inferior conta com uma Galeria de Exposições Temporárias, uma loja e uma cafetaria e a Biblioteca de Arte da Fundação Gulbenkian.
O edifício do Museu está organizado em torno de dois jardins interiores e com inúmeros vãos envidraçados para o exterior, permitindo ao visitante uma interação constante entre a Natureza e a Arte.
O edifício da Fundação Calouste Gulbenkian foi distinguido com o Prémio Valmor, em 1975, e classificado Monumento Nacional, em 2010, como um notável exemplar da Arquitetura Moderna Portuguesa da década de 1960.
A distribuição e articulação das galerias de exposição permanente estão orientadas por uma sistematização cronológica e geográfica que determinou, dentro de um percurso geral, dois circuitos independentes.
O primeiro circuito é dedicado à Arte Oriental e Clássica e evolui através das galerias da Arte Egípcia, Greco-Romana, Mesopotâmia, Oriente Islâmico, Arménia e Extremo Oriente.
O segundo percurso é dedicado à Arte Europeia, com núcleos dedicados à Arte do Livro, à Escultura, Pintura e Artes Decorativas esta última com especial destaque para a arte francesa do século XVIII e para a obra de René Lalique. Expõe-se neste circuito uma diversidade de peças representativa das variadas manifestações artísticas da Europa, desde o século XI até meados do século XX.
A iniciar este setor destaca-se um conjunto de marfins e de livros manuscritos iluminados, a que se segue uma seleção de Escultura e Pintura dos séculos XV, XVI e XVII. A arte do período do Renascimento produzida na Flandres, França e Itália encontra-se representada na sala seguinte. O século XVIII francês ocupa nas salas do Museu um lugar especial com as Artes Decorativas – destacando-se a Ourivesaria e o Mobiliário – a Pintura e a Escultura.
Seguem-se galerias onde podem observar-se um núcleo de Pintura de Francesco Guardi, Pintura inglesa dos séculos XVIII e XIX, Escultura e Pintura do século XIX francês e finalmente um importante núcleo de joias e vidros de René Lalique, em sala própria.
Valências
Museu Coleção do Fundador
O edifício que alberga a Coleção do Fundador, projeto dos arquitetos Ruy Jervis d’Athouguia, Pedro Cid e Alberto Pessoa (1969), foi construído para integrar um acervo de cerca de seis mil peças reunidas por Calouste Sarkis Gulbenkian e encontra-se na zona norte do jardim Gulbenkian. Nas galerias deste edifício estão expostas cerca de mil peças divididas pelos núcleos de Arte Egípcia, Greco-Romana, Mesopotâmia, Oriente Islâmico, Arménia, Extremo Oriente e, na arte do Ocidente, Escultura, Arte do Livro, Pintura, Artes Decorativas francesas do século XVIII e obras de René Lalique. A coleção de obras de René Lalique, que Calouste Gulbenkian adquiriu diretamente ao artista, é considerada única no mundo pela sua qualidade e quantidade.
Museu Coleção Moderna
A Coleção Moderna data da criação da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1956, e encontra-se reunida no edifício que se localiza na parte sul do jardim, projeto do arquiteto Sir Leslie Martin (1983), sendo considerada a mais completa coleção de arte moderna portuguesa.
Este acervo reúne ainda um importante núcleo de arte britânica do século XX. De Amadeo de Souza-Cardoso a Paula Rego ou Vieira da Silva, a Coleção Moderna mostra alguns dos artistas portugueses mais conceituados internacionalmente e continua a aumentar a sua coleção de obras de arte contemporânea através de doações e aquisições.
Após a inauguração deste edifício, em 1983, a Fundação começou a reunir uma Coleção Moderna no verdadeiro sentido da palavra, e é essa coleção que é aqui apresentada, ao longo dos três principais pisos do edifício. Inevitavelmente, a coleção é mais representativa na segunda metade do século XX, sobretudo após 1983. A arte portuguesa está, no entanto, representada desde o início do século XX, e é esta amplitude temporal que aqui mostramos, reforçada por alguns empréstimos de outras coleções.
A linha temporal desenvolvida no piso inferior introduz a história de Portugal ao longo do século passado, acompanhada por material documental impresso da Biblioteca de Arte, que permite mapear a cambiante cena cultural. As mostras de pintura e escultura, nos pisos superior e térreo, seguem a mesma trajetória, começando no início do século XX e trazendo-nos até à atualidade. No contexto desta nova apresentação, a seleção de obras é rotativa ao longo do tempo, refletindo diferentes aspetos da coleção, diversas leituras e novas aquisições.
Jardim
O belíssimo jardim conta com mais de 230 espécies de flora identificadas e 43 espécies de aves.
Exposições
Ao longo do ano a Fundação alberga várias exposições temporárias e algumas permanentes.
Publicações
A Fundação é responsável por uma série de publicações periódicas e pontuais, de grande interesse artístico e científico.
Música
Periodicamente a Fundação oferece espetáculos musicais únicos aos seus visitantes.
Atividades Educativas
A Fundação desenvolve inúmeras atividades educativas para escola e grupos, crianças e famílias, adultos, professores.
Horário
O Museu encontra-se aberto das 10h às 18h e encerra à terça-feira, 1 janeiro, domingo de Páscoa, 1 maio, 24 e 25 dezembro.
Bilhetes
All-inclusive: Coleções + Exposições Temporárias – 12,5€
Museu Coleção do Fundador + Coleção Moderna – 10€
Exposições Temporárias – Gratuito
Descontos
50% – Visitantes até 29 anos e a partir de 65 anos
20% – Lisboa Card, Circuitos Ciência Viva
10% – Lisbon Sightseeing, City Sightseeing
Entrada Gratuita
Domingos a partir das 14h
Menores de 12 anos
Membros do ICOM, AICA e APOM
Cartão Gulbenkian Artista na Coleção e Cartão de Imprensa
Acompanhantes de pessoas com deficiência ou mobilidade condicionada
Nota: Pode adquirir nas várias bilheteiras da Fundação Gulbenkian ou online, de forma antecipada.
Existe uma bilheteira no Museu Coleção do Fundador e outra no Museu Coleção Moderna, que funciona das 10:00 às 17:30 (última entrada no Museu).
Visitas Guiadas
O Museu Calouste Gulbenkian organiza visitas guiadas destinadas a vários tipos de públicos. É possível marcar visitas em várias línguas às coleções ou às exposições temporárias.
Morada
Museu Coleção Fundador
Av. de Berna 45A, Lisboa
Telef. 217 823 000
Museu Coleção Moderna
Rua Dr. Nicolau Bettencourt, Lisboa
Telef. 217 823 000
Loja – Coleção do Fundador
Quarta a segunda das 10h às 17h45
Encerra à terça-feira e nos seguintes dias 1 janeiro, domingo de Páscoa, 1 maio, 24 e 25 dezembro
Telef. 217 823 000
Restaurante e cafetaria – Coleção Moderna
Quarta a segunda das 10:00 às 17:45
Encerra à terça-feira e nos seguintes dias 1 janeiro, domingo de Páscoa, 1 maio, 24 e 25 dezembro
Tel. 217 822 751
Livraria Almedina – Coleção Moderna
Quarta a segunda das 10h às 18h
Encerra à terça-feira e nos seguintes dias — 1 janeiro, domingo de Páscoa, 1 maio, 24 e 25 dezembro
Telef. 217 972 441