Guimarães localiza-se na região Norte do país, concretamente no distrito de Braga. Como já referimos, a cidade teve um papel muito importante na formação de Portugal, contando já com mais de um milénio desde a sua formação. O seu centro histórico é considerado Património Cultural da Humanidade pela UNESCO desde 2012, pelos monumentos e ruas que respiram História.
Guimarães orgulha-se também da sua gastronomia, que inclui a lampreia, o bacalhau, os rojões, a cabidela, o caldo verde, as sardinhas, entre outros. Na doçaria, o destaque vai para a torta de Guimarães e o Toucinho do Céu.
O dia, embora frio, esteve propício para longos passeios. Começamos a nossa visita pelo Paço dos Duques, deixando o centro histórico para a hora do almoço, por causa da proximidade aos restaurantes, e a subida à Penha para o fim do dia, com o intuito de observar o pôr do sol do alto do monte.
Para Ver
Paço dos Duques
O Paço dos Duques foi mandado construir por D. Afonso, primeiro duque de Bragança, no século XV, como presente para a sua amada. Possui estilo borgonhês, devido ao gosto adquirido nas suas viagens pela Europa, foi convertido em quartel no século XIX e reabilitado no século XX para funcionar como museu albergando um grande espólio dos séculos XVII e XVIII.
Atualmente o segundo andar serve também de residência oficial do Presidente da República Portuguesa aquando das deslocações ao Norte do país.
Ingressos: 5 €
Horário: Todos os dias das 9.30 h às 18 h. Encerra a 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1º de maio e 25 de dezembro.
Estátua de D. Afonso Henriques
Localizada junto ao Paço dos Duques, é o local ideal para uma fotografia em Guimarães.
Castelo de Guimarães
Em meados do século X a Condessa Mumadona Dias mandou construir um mosteiro. Com os constantes ataques por parte dos mouros, decidiu construir uma fortaleza para proteger os monges e a comunidade cristã que viviam em seu redor. Surge assim o primitivo Castelo de Guimarães.
No século XII, o Conde D. Henrique e Dona Teresa foram viver para o Castelo de Guimarães e provavelmente aí terá nascido D. Afonso Henriques. Perdida a sua função defensiva, o castelo entrou num processo de abandono e degradação progressiva até ao século XX, altura em que foi declarado Monumento Nacional e foram efetuadas obras de restauro.
Ingressos: Gratuito (1,5 € para aceder à Torre de Menagem)
Horário: Todos os dias das 9.30 h às 18 h. Encerra a 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1º de maio e 25 de dezembro.
Capela de São Miguel do Castelo
Reza a lenda que foi nesta capela batizado D. Afonso Henriques, local onde ainda se guarda a pretensa pia baptismal utilizada na cerimónia. Foi classificada como Monumento Nacional em 1910.
Ingressos: Gratuito
Horário: Todos os dias das 9.30 h às 18 h. Encerra a 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1º de maio e 25 de dezembro.
Rua de Santa Maria
Datada do século XII, esta foi uma das primeiras ruas abertas em Guimarães servindo de elo de ligação entre o Convento de Santa Clara (atual Câmara Municipal) e o castelo.
Ao longo do percurso é possível observar vários testemunhos arquitetónicos do passado: a Casa do Arco (nº28), a Casa dos Peixoto (nº39), a Casa Gótica dos Valadares de Carvalho (nº9), a Casa dos Carneiro que hoje alberga a Biblioteca Municipal Raul Brandão (nº58), e outros característicos desta cidade.
Praça de Santiago
Nesta praça estava situada uma pequena capela do século XVII dedicada a Santiago que foi demolida em finais do século XIX. Atualmente, é um local simpático e muito agradável para passear e desfrutar das várias esplanadas. De noite é muito movimentada devido à diversão proporcionada pelos estabelecimentos, sendo um dos principais locais de encontro e convívio entre os habitantes e visitantes.
Largo da Oliveira
Neste belíssimo largo está edificada a igreja de Nossa Senhora da Oliveira de 1387, e o Padrão do Salado, monumento histórico e único no país pela sua forma e pela sua arquitetura. Segundo a tradição, relembra a vitória de Dom Afonso IV sobre os mouros, em 1340, na batalha do Salado.
Destaca-se também a Domus Municipalis, um imponente monumento que foi paço do Concelho nos finais do século XIV, com o seu alpendre sustentado em cinco arcos góticos, as cinco janelas de sacada e uma estátua na fachada do edifício que representa Guimarães.
Largo do Toural
Este largo é ladeado pelas fachadas pombalinas e nele destaca-se a torre da antiga muralha, sendo considerado “a sala de visitas” da cidade.
Capela de São Francisco
Datada do século XV, no exterior são visíveis traços góticos e românicos. No interior destaca-se a talha dourada, a azulejaria tradicional e alguns frescos e pinturas.
Museu Alberto Sampaio
Este museu alberga importantes coleções de arte sacra, azulejaria, prataria e esculturas do período medieval e renascentista até ao século XVIII.
Igreja Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos
Antigamente era uma pequena ermida dedicada à Nossa Senhora da Consolação, mandada construir em 1576, e concluída em 1785, um exemplar da arte barroca de Guimarães. Mais tarde, foi construída a Capela do Senhor dos Passos, anexa à igreja e a Casa do Despacho. Em 1993, foi declarada imóvel de interesse público.
Monte da Penha
O Monte da Penha é o ponto mais elevado de Guimarães, local que oferece uma vista magnífica sobre a cidade e arredores. No topo, está localizada uma estátua do Papa Pio IX.
O Monte da Penha possui parque de campismo, um campo de mini-golfe, um mini-trem turístico, um centro equestre, áreas de passeio, piquenique, monumentos, grutas e miradouros.
Para aceder ao Monte da Penha, pode-se ir de carro, que fica a 6 km do centro histórico, ou de teleférico. Recomendamos este último, por ser diferente e pela paisagem que se vislumbra.
Ingressos: 4,40 € (ida e volta)
Horários: Todos os dias das 10 h às 17h 30 (novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março), das 10 h às 18h 30 (abril, maio e outubro), das 10 h às 19 h (junho, julho e setembro) e das 10 h às 20 h (agosto).
Citânia de Briteiros
A cerca de 15Km de Guimarães, na freguesia de Salvador de Briteiros, a Citânia de Briteiros, é um conjunto de impressionantes ruínas de um povoado habitado na Proto-história, há mais de 2000 anos, numa época conhecida pelos arqueólogos como Idade do Ferro. É um dos mais expressivos povoados proto-históricos da Península Ibérica, quer pela dimensão, quer pela monumentalidade das suas muralhas, urbanismo e arquitetura.
Ingressos: 3 €
Horário: Todos os dias das 9 h às 18 h (verão) e das 9 h às 17 (inverno)
Para Ficar
Hotel Toural
Um espaço 4 estrelas muito agradável, localizado por detrás do Largo do Toural. Com quartos muito acolhedores, um pequeno almoço excepcional servido na hora e na mesa, e com uma localização excelente, é um espaço ideal para famílias.
Para Comer
Restaurante “Café Oriental”
Com uma boa relação preço qualidade, encontra-se localizado no Largo do Toural.