Itália é um país como poucos. As suas paisagens, ora verdes, ora douradas, e até multicoloridas, as cidades cheias de história, a cultura vibrante e a gastronomia inigualável fazem deste destino um dos mais cobiçados no mundo.
Das ruas românticas de Veneza às colinas da Toscana, passando pelas ruínas de Roma e pelas praias ensolaradas da Costa Amalfitana, uma viagem à Itália permite apurar e aprofundar os sentidos.
A história da Itália remonta a milhares de anos, sendo o berço de civilizações antigas e impérios poderosos. As ruínas de Roma, como o famoso Coliseu e o Fórum Romano, ainda aqui se encontram como testemunho.
O país é também conhecido como um dos grandes centros de arte e cultura. O Renascimento, um dos períodos artísticos mais importantes da história, teve seu auge no país, com artistas como Leonardo da Vinci ou Michelangelo.
A cozinha italiana é uma celebração aos sabores simples e autênticos, notória pela diversidade e pelo uso de ingredientes frescos e de alta qualidade. Cada região do país contribui com especialidades únicas, refletindo a sua história e tradições locais. No Norte, pratos como risotos e polentas são comuns, enquanto o Sul é famoso pelas massas e molhos à base de tomate, azeite e ervas. Ingredientes como manjericão, queijo parmesão, azeite de oliva, tomates frescos e massas artesanais são indispensáveis, criando sabores que primam pela frescura e harmonia. Mais do que refeições, os pratos italianos, da pizza napolitana à lasanha e ao tiramisu, são experiências que revelam uma profunda paixão pela boa comida e pelo convívio ao redor da mesa.
Milão
Conhecida como a “Capital da Moda”, por aqui, desfilam as maiores e mais conceituadas marcas internacionais. É uma cidade que conjuga tradição com modernidade de forma única e pode ser visitada em pouco tempo, pois as suas principais atrações estão localizadas muito próximo umas das outras.
Os principais pontos de interesse são a Piazza Del Duomo, a praça mais movimentada da cidade onde tudo acontece. Nela, estão localizados o Monumento Equestre Vittorio Emanuele II, a Galeria Vittorio Emanuelle, a grandiosa Catedral de Milão, o Museo del Novecento no Palazzo dell’Arengario com uma coleção de arte moderna italiana do século XX, e o Palazzo Reale, do séc. XVIII, outrora residência real, atualmente, é um centro cultural com exposições temporárias de arte, para além dos diversos bares, restaurantes, cafés e lojas.
Também o Teatro alla Scalla, considerado o maior teatro de música lírica do mundo, a Igreja Santa Maria Della Grazie e o Castello Sforzesco com os seus diversos museus, merecem uma visita.
Para além destes, vale ainda a pena considerar o Parque Sempione, o Arco da Paz, o Bairro de Brera – Pinacoteca de Brera e os Canais Navigli.
Dolomitas
As Dolomita são uma cadeia montanhosa dos Alpes orientais no norte da Itália. O ponto mais alto das Dolomitas é a Marmolada, com 3343 m de altitude. Outros picos importantes são o Piz de Léch, Monte Schiara, Monte Civetta e o Monte Antelao.
O “Dolomitas” provém do famoso mineralogista francês Déodat Gratet de Dolomieu, que foi o primeiro a descrever a rocha dolomita, um tipo de rocha carbonatada responsável pelas formas características e pela cor destas montanhas, que anteriormente ao século XIX eram conhecidas como “Montanhas Pálidas”.
Numa panóplia de lugares a visitar, começa-se pelos lagos. Nomes como Lago di Carezza, Lago di Missurina, Lago di Landro, Lago di Dobbiaco, Lago di Braies ou Lago di Sorapis devem figurar em qualquer roteiro.
Depois, há os vilarejos devidamente encaixados nas montanhas. Canazei, Corvara in Badia, Ortisei e Cortina d´Ampezzo são os que obrigam a uma paragem com alguma demora.
As estradas panorâmicas são um dos pontos alto das Dolomitas. Sella Pass e a Gardena Pass são as mais imponentes e panorâmicas estradas, obrigando claro está, a paragens vezes sem conta, a paisagem assim o dita.
Também os cumes montanhosos como, Sassolungo, Seceda, Cinque Torri e Tre Cime di Lavaredo são experiências a não perder.
Para terminar o roteiro pelas Dolomitas é imperativo passar por Vale di Funes para conhecer a aldeia de Santa Magdalena e a sua pequena Igreja de S. Giovanni, bem como Alpe di Siusi, considerado o maior prado alpino da Europa.
Veneza
Veneza é constituída por 117 pequenas ilhas separadas por canais e ligadas por 434 pontes, uma cidade única, marcada por diferentes estilos arquitetónicos, não existe outra igual no mundo.
A única praça ou Piazza de Veneza é a Praça São Marco, as outras pequenas praças são chamadas Campo. Está dividida em duas partes pelo Grande Canal, e cada uma dessas partes está dividida em três bairros, num total de seis bairros principais: Cannaregio, San Marco, Castello, Santa Croce, San Polo e Dorsoduro.
Deambular pelos canais e ruas apertadas é o melhor que se pode fazer. A isto, há a juntar a Praça de San Marco, a Basílica de San Marco, o Palácio Ducal, a Ponte Rialto e a Livraria Acqua Alta
O passeio de gôndola, dizem, é daquelas experiências a não perder em Veneza, bem como uma breve passagem pelas ilhas de Murano e Burano.
Cinque Terre
De Norte para Sul temos: Monterosso-Vernazza-Corniglia-Manarola-Riomaggiore. Estas cinco aldeias juntamente com Porto Venere e as ilhas de Palmaria, Tino e Tinerro foram declaradas em 1997 Património da Humanidade pela UNESCO.
Monterosso Al Mare é a maior e mais povoada de todas as terras, vila de pescadores e local de limoeiros. As praias de Monterosso são as mais extensas, por estarem localizadas no centro da baía. Aqui começa um trilho pela montanha em direção até Vernazza, passando por alguns vinhedos típicos da região.
Vernazza é a segunda terra e talvez a mais interessante de todas as cinco terras. É onde se produz o vinho Vernaccia, típico da região. Possui um pequeno porto, ideal para barcos de pescadores e outras embarcações de pequeno porte.
Corniglia é a menor de todas as vilas e é a única que não está diretamente localizada junto ao mar. Manarola é a mais antiga de todas as terras, famosa pelo seu vinho “Sciacchetrà”, muito apreciado e reconhecido localmente. Possui algumas construções religiosas interessantes, entre elas a igreja de San Lorenzo, de 1338, o patrono de Manarola.
Riomaggiore é a mais oriental de todas as Cinque Terre e está conectada com Manarola pela Via dell’amore. Possui uma interessante arquitetura religiosa e militar, entre eles, a igreja de San Giovanni Battista, de 1340 e a igreja de San’t Antonio do século XIII.
Florença
Todos os adjetivos são poucos para caracterizar uma das cidades mais bonitas da Europa. Apelidada como “a Cidade da Arte”, Firenze, como é chamada pelos italianos, é uma pequena metrópole cultural que oferece aos visitantes os melhores museus e galerias de arte, numa verdadeira cidade museu.
Florença é uma das poucas cidades do mundo cujo centro histórico no seu todo está na lista do Património Mundial da UNESCO. A razão deve-se ao facto de incluir centenas de alguns dos maiores tesouros artísticos e arquitetónicos do mundo. Devemos sempre lembrar que Florença é o Berço do Renascimento e, por si só, transporta o visitante para um mundo de arte e estética como nenhum outro.
Posto isto, escusado será dizer que há muito para ver. Locais como a Santa Maria Novella, Galeria Uffizi, o Complexo Monumental do Palácio Pitti e Jardim de Bóboli, a Galeria da Academia, a Praça San Giovanni onde se encontra a Basílica Santa Maria del Fiore, o Duomo, a Via de Calzaioli, o Palácio Vecchio, a Praça da Signora, o Palácio Vecchio, a Basílica de San Lorenzo, a Basílica de Santa Croce e a Praça Michelangelo, são os lugares obrigatórios numa visita a Florença.
Toscana
San Gimignano é uma vila medieval que permaneceu quase intacta desde o fim do século XIV até à atualidade. As 14 torres medievais que se conservam até hoje (das 58 que foram construídas pelas famílias mais influentes da época) são a imagem de marca de San Gimignano. Visitar o Duomo, a Collegiata, o Palazzo Comunale e a Torre Grossa torna-se obrigatório.
Volterra é uma vila cercada por muros com ruas que parecem recriações históricas da época medieval. De origem etrusca, a maior parte de seus edifícios são datados entre o século XII e XIII. As principais atrações são o Museu Etrusco Guarnacci, a Catedral de Santa Maria Assunta, o Palazzo dei Priori, além do Teatro Romano do século I A.C e cisternas romanas, que ficam no bonito parque Enrico Fiumi.
O cenário do Vicolo Mazzoni, o beco medieval mais antigo do mundo, foi utilizado para as brincadeiras dos Volturi, uma família nobre de vampiros. Hoje o lugar é conhecido como “o beco dos vampiros”.
Monteriggioni surge com os seus muros ainda bem preservados, em plena região de Chianti, no alto de uma colina. Foi construída no início do século XIII e transformou-se num posto militar com o objetivo de defender as fronteiras do norte de Siena contra as invasões florentinas.
Siena, reza a lenda foi fundada pelos filhos de Reno e durante os meses de julho e agosto recebe o tradicional Pálio de Siena, a corrida de cavalos mais antiga do mundo.
As suas construções de estilo gótico marcam o cenário, que por sinal, se encontra muito bem preservado. Na Piazza del Campo, Património Mundial da UNESCO, estão as principais atrações de Siena. A própria praça, que é inclinada, é onde acontece o grande Pálio de Siena, constitui também um ponto de encontro na cidade. Nesta praça, estão localizadas a Fonte Gaia, uma fonte ornamentada com esculturas, o Palazzo Comunale, construído no século XIII, o Museu Cívico e a Torre del Mangia, uma torre medieval construída a partir de 1338.
Na Piazza del Duomo, localiza-se o Duomo de Siena que começou a ser construído em meados do século XII, um símbolo da arquitetura gótica italiana, e o Batistério.
Castellina in Chianti preserva ainda a forma quadrilateral da antiga fortificação medieval. Passear pela Via Ferruccio, que é a rua principal, explorar o túnel subterrâneo, chamado Via della Volte, que está repleto de uma variedade de pequenas lojas artísticas e gastronómicas, visitar a fortificação principal, chamada Rocca, e sua enorme torre do século XIV, e a Igreja de San Salvatore, são os pontos de destaque.
Colle Val D´Elsa surgiu no século X e foi no final do século XII que se começou a desenvolver. A sua história é caracterizada por episódios frequentes de violência. Um dos mais famosos deles foi a batalha de 1269, entre os guelfos e gibelinos, que teve importantes repercussões no equilíbrio político na Toscana.
Montalcino constitui uma passagem obrigatória no roteiro dos apaixonados por vinho.
Os pontos de interesse são La Rocca, uma fortaleza de defesa do século XIV que circunda a cidade, a Catedral do Santissimo Salvatore, o Duomo de Montalcino, a Igreja da Madonna del Socorsso, uma igreja com diferentes estilos, construída na época medieval, e ampliada durante o Renascimento, decorada com altares barrocos e completada com fachada de estilo neoclássico. Também a Piazza del Poppolo e Palazzo dei Priori, centros políticos da cidade merecem uma paragem.
Montepulciano é uma cidade pequena, que respira Idade Média. Pelas ruas encontram-se uma série de sumptuosos e elegantes palácios, igrejas e edifícios renascentistas. As mesmas ruas levam até a Piazza Grande, local onde decorreram parte das filmagens da saga Twilight. Aqui destaca-se o Duomo, dedicado a Santa Maria Assunta, construída entre 1592 e 1630, o Poço Medieval, e o Palazzo dei Capitano del Popolo.
Dentro das muralhas pode-se visitar a Igreja Sant’Agnese com o seu imponente portal gótico, a Porta de Gracciano, restaurada em 1500, e a Coluna de Marzocco, feita de mármore.
Roma
Roma, conhecida como a “Cidade Eterna”, é uma das cidades mais antigas e culturalmente ricas do mundo. Fundada, segundo a lenda, em 753 aC por Rômulo e Remo, Roma foi o coração do poderoso Império Romano e palco de eventos históricos que moldaram a civilização ocidental. A cidade é um verdadeiro museu a céu aberto, repleto de monumentos icónicos como o Coliseu, o Panteão e o Fórum Romano, que narram séculos de história, arquitetura e arte. Além de seu património histórico, Roma também abriga o Vaticano, centro espiritual da Igreja Católica, onde fica a Basílica de São Pedro e a Capela Sistina, com os afrescos de Michelangelo. Uma cidade mistura tradição e modernidade, oferecendo uma gastronomia marcante, praças vibrantes e uma vida cultural intensa que atrai visitantes.
Por ser considerada uma cidade museu a céu aberto, muitos são os pontos de interesse e de paragem obrigatória. Na lista que se segue, deixam-se os principais:
- Arco de Constantino
- Mercado de Traiano
- Porta Maior
- Praça de Campidoglio e Museu Capitoloni
- Teatro Marcellus
- Circo Massimo
- Trastevere
- Igreja de São Pedro in Montorio
- Praça de São Pedro e Vaticano
- Basílica de São Pedro
- Ponte Umberto I
- Basílica Santa Maria Magiore
- Praça de Montecitorio
- Praça da Repubblica
- Praça Colonna e Coluna de Marco Aurélio
- Museus do Vaticano e Capela Sistina
- Praça de Popolo
- Villa Borghese e Galeria Borghese
- Via Condotti ou Via Delle Carroze
- Praça de Espanha
- Praça Della Trinitá
- Praça Berberini 11
- Igreja de São Carlino Alle Quattro Fontane
- Fontana Dell´Acqua Felice
- Fontana de Trevi
- Basílica Santa Maria degli Anglei e dei Martiri
- Panteão
- Praça Navona
- Campo de Fiori
- Coliseu de Roma
- Monte Palatino
- Praça Venezia
- Boca da Verdade
- Castelo Sant’Angeló
