Países Baixos é um país relativamente pequeno, mas com muitos pontos de interesse para descobrir.
Conhecido pelo imenso verde, moinhos ancestrais e canais sem fim, oferece diversos locais imperdíveis, alguns deles Património Mundial da UNESCO.
Desde a sua vibrante capital Amesterdão à modernista Roterdão, passando por lugares como Gouda, Kinderdijk ou Zaanse Schans, há todo um país repleto de maravilhas paisagísticas, culturais e gastronómicas.
Roterdão
A cidade possui uma atmosfera vibrante, cosmopolita e arquitetura moderna. Para onde quer que se olhe, lá estão os projetos ousados de estilo futurista como a Kubuswoningen, as Casas Cubo, um conjunto de casas projetadas por Piet Blom em 1980, o Markthal, uma conjugação de mercado público com apartamentos de luxo, ou a Erasmusbrug, a Ponte Erasmus.
Em Roterdão não existe exatamente um “centro histórico” bem definido, nos moldes tradicionais da maior parte das cidades europeias, portanto, torna-se necessário fazer deslocações para conhecer as atrações, as quais estão espalhadas um pouco por toda a cidade.
Um dos pontos de interesse é o SS Rotterdam, um navio transatlântico dos anos 50, que fez a sua última viagem no ano 2000 e, atualmente, está ancorado na cidade. Hoje, o navio transformou-se em um complexo de lazer, que inclui um hotel, restaurantes e bares.
Um dos ícones de Roterdão é a torre de observação Euromast, a estrutura mais alta do país, com 185 metros de altura, que proporciona uma vista panorâmica da cidade e do rio Nieuwe Maas.
O Jardim Histórico Schoonoord é um lugar verdadeiramente intocado. A sua história começa no início do século XVIII, o seu projeto atual data do ano de 1860. O espaço serviu como jardim particular de famílias abastadas holandesas durante muitos anos e em 1973 que abriu, pela primeira vez, as suas portas ao público. Atualmente, está classificado como monumento nacional.
O porto de Delfshaven é mais um dos atrativos da cidade. Trata-se de um braço calmo de rio onde descansam embarcações antigas. À volta, as alçadas são estreitas e feitas com pedras. As casinhas com janelas que dão pra rua, o moinho no horizonte e a igreja, os restaurantes aconchegantes, museus locais e até mesmo uma cervejaria, completam o cenário.
Historicamente falando, a Lijnbaan foi a primeira rua comercial exclusiva para pedestres de toda a Europa. Foi inaugurada no ano de 1953, quando Roterdão ainda passava por um amplo projeto de reconstrução pós-guerra. A Lijnbaan e a sua envolvente formam uma região viva e cheia de movimento, onde se pode fazer boas compras, fazer refeições ou, simplesmente, caminhar
A cidade também oferece boas e variadas opções de museus. Há espaços dedicados à arte, história mundial, história local, natureza e muitos outros temas. Nesta panóplia, destacam-se dois: o Museum Boijmans Van Beuningen e o Maritiem Museum.
No primeiro, a arte é protagonista. Trata-se do museu de arte mais importante da cidade, fundado em 1849. Ele debruça-se sobre as artes plásticas do país e da Europa, desenvolvidas entre a Idade Média e a atualidade.
O segundo parece ser uma boa opção para famílias que viajam com crianças. O espaço está recheado de experiências interativas.
A Rotterdam Centraal Station é um ícone arquitetónico, um dos mais bonitos e importantes da cidade. O edifício de desenho moderno foi inaugurado em 2014, mas a estação já existia naquele mesmo local desde 1957. Saudando a história do lugar, alguns elementos da estação original foram preservados no novo projeto, como é o caso do relógio e do grande letreiro que adornam sua fachada.
Para terminar, a gótica Grote of Sint-Laurenskerk carrega um enorme peso histórico, que tendo sido construída entre os séculos XV e XVI, é a única estrutura remanescente do período medieval de Roterdão e uma das poucas construções que sobreviveram aos ataques durante a Segunda Guerra Mundial.
Kinderdijk
Bonito vilarejo onde se localizam os moinhos mais antigos dos Países Baixos (século XVIII). Declarados Património da Humanidade, são 19 os moinhos que compõem o belíssimo conjunto situado junto a um dos riachos da região, e que noutros tempos serviram para drenar água dos canais próximos e, assim, evitar a inundação das plantações e das casas dos agricultores a cada subida do nível do rio Lek.
Atualmente, os moinhos ainda funcionam, mas só para deleite dos visitantes. A drenagem continua a ser necessária, mas é feita com o auxílio de máquinas modernas.
No local existe um Museu dos Moinhos instalado num moinho onde se é recebido por um moleiro. O ingresso inclui também a visualização de um filme sobre Kinderdijk na outra margem do canal.
Entre maio e setembro estão disponíveis passeios de barco. No Canal Cruiser o passeio tem uma duração de 25 minutos e é contínuo. O Canal Hoopper permite paragens ao longo do passeio, sair do barco e apanhar o próximo.
Informação Útil
Parque Kinderdijk: Entrada gratuita
Aluguer de bicicletas: Cafetaria junto à estrada
Museu dos moinhos: 7,50€
Passeio combinado de barco: 12,50€
Gouda
A cidade do famoso queijo. Produzido nos arredores de Gouda, o queijo de formato cilíndrico é o principal responsável por tornar a cidade conhecida mundialmente.
O melhor dia para conhecer Gouda é à quinta-feira, entre os meses de abril a setembro, precisamente, porque é quando acontece pela manhã o tradicional Mercado de Queijos de Gouda. Um evento que conta com séculos de história e que ainda hoje mantém a tradição de reunir produtores artesanais dos arredores de Gouda não apenas de queijo, mas de diversas outras especialidades locais.
Para além do queijo, existe outra especialidade dos Países Baixos que teve origem na cidade. Trata-se da “Stroopwafel”, uma iguaria cuja receita original foi criada em Gouda pela Kamphuisen.
Saindo da esfera gastronómica, uma visita a Gouda incluir também as várias igrejas históricas, os edifícios centenários, como a Câmara do século XV, as praças, museus e até os canais. Gouda, de certa forma, assemelha-se um pouco com Amesterdão, pelos canais e pela arquitetura.
Amesterdão
São mais de 800 anos de história que fazem de Amsterdão uma cidade com construções exuberantes muito próprias e canais que serpenteiam por entre os edifícios. No passado os 165 canais de Amsterdão foram criados para estimular o comércio, o transporte e a expansão territorial da cidade, hoje eles dão uma identidade muito própria à cidade, fazendo parte do Património Mundial da UNESCO.
Uma visita à capital pode começar na praça dos museus, a Museumplein. É aqui que se encontra, o Rijksmuseum, o Van Gogh e o Stedelijk.
A história do povo judeu marca, sem dúvida, a cidade. Visitar a Casa da Anne Frank onde esta viveu e se escondeu com a sua família durante um período tão difícil da História é algo que não se pode perder. Próximo da casa, localiza-se a Igreja Westerkerk que também merece uma visita.
O bloomarket, o mercado das flores, é um mercado flutuante com variadas espécies de flores, um local onde as tulipas são as rainhas.
O passeio pode prosseguir pela Praça DAM, pelo Bairro Pijp ou pelo Bairro Jordan. Cada qual com a sua atmosfera própria.
Na Gassan Diamonds, pode-se conhecer o processo de lapidação dos diamantes e as características que fazem destes minerais preciosidades únicas no mundo.
A Heineken Experience constitui outra das sugestões em Amesterdão. A experiência demora cerca de 2 horas. Começa-se por conhecer um pouco da história da marca, vê-se todo o processo de fabricação da cerveja e no fim há degustação de algumas cervejas no bar onde termina a experiência.
A´DAM Lookout, é um rooftop localizado junto ao rio Amstel, o local ideal para assistir ao por do sol e para observar a grandiosa cidade de Amesterdão, pois oferece uma vista 360º deslumbrante. Neste local é também possível usufruir de uma experiência muito interessante que é baloiçar no alto do 22.º andar.
Amesterdão pede sempre um passeio de bicicleta. O VondelPark, um parque verde muito agradável para atividades ao ar livre, é o espaço ideal para um passeio de bicicleta
A Red Light District, famosa área da cidade onde a prostituição não só é permitida como exposta em vitrines, é a sugestão para terminar um dia em Amesterdão.
Zaanse Schans
Situada a apenas 22km de Amsterdão, na cidade de Zaandam, Zaanse Schans, a famosa vila dos moinhos, reproduz, com construções originais, as vilas holandesas dos séculos XVIII e XIX, formando uma espécie de museu a céu aberto.O rio Zaan atravessa a aldeia. As margens estão repletas de casinhas ribeirinhas de madeira coloridas, com os seus ancoradouros e jardins privados, e dos inconfundíveis moinhos, alguns com mais de 300 anos.
Na entrada, encontra-se o Zaans Museum, um museu que conta a história de Zaanse Schans, da Holanda industrial e, até mesmo, de um famoso pintor que morou em Zaandam: Claude Monet. Também no local, há um café e uma lojinha de souvenir.
As casinhas verdes ao longo da vila abrigam pequenos museus temáticos, alguns pagos, e lojinhas. Algumas casas chamam mais a atenção, como a Fábrica de Queijos Catharina Hoeve, a lojinha de tamancos de madeira, onde há demonstração do fabrico dos tamancos, e o Museu Albert Heijn, a maior rede de supermercados da Holanda, que teve a sua primeira mercearia em Zaanse Schans.
Além da belíssima paisagem, o que mais atrai os turistas a Zaanse Schans são os moinhos, alguns dos quais visitáveis. No total, são 11 moinhos, estando 6 abertos ao público.
Outra forma de desfrutar da vila dos moinhos é fazendo um passeio de barco pelo rio Zaan. Os passeios duram cerca de 45 minutos e acontecem de abril a setembro.
Informação Útil
Museus: Os preços e horários variam (é necessário pedir informações no local)
Horário: A maior parte das atrações de Zaanse Schans funcionam das 9h às 17h
Zaans Museum: 14,50€
Vila Zaanse Schans: Entrada gratuita
