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Carla & Leonel

Mêda, um Território tão Bonito quanto Remoto

Por entre colinas douradas de cereais que alternam com o verde das vinhas do Douro, encontramos um concelho remoto nos limites da Beira e do Douro.

Mêda é uma cidade portuguesa sede de um município que pertencente ao distrito da Guarda, “Onde o Douro Encontra a Serra”.

Trata-se de um território rico em castelos e ruínas, casas brasonadas, pelourinhos, fragas, fontes com história, vinhas, olivais e amendoais.

A Natureza em estado puro confere-lhe uma áurea de magnificência que encantou gerações de povos. Por estas paragens, entre montes de granito e vegetação espontânea, resplandecem três magníficos castelos, o de Ranhados, o de Longroiva e o de Marialva, testemunhos incontornáveis da importância histórica destas terras nas guerras e batalhas da Idade Média, assim como as suas belas igrejas como a de São Tiago e São Pedro em Marialva, Santa Maria em Longroiva, São Bento na Mêda e São Martinho em Ranhados.

O seu valioso património não se reduz apenas a pelourinhos ou fortificações castrenses, a herança cultural das hospitaleiras gentes do concelho, engloba as seculares artes de trabalhar o vime, a lã, o linho, o barro ou o metal. Ofícios e saberes intemporais a que se juntam as receitas de milhos, cavacas de tijela, farta brutos, papas doces e filhós de joelho da sua deliciosa doçaria regional.

 

Para Ver na Cidade da Mêda

Câmara Municipal

A Câmara está localizada num lindíssimo edifício barroco do século XVIII.

 

Castelo da Mêda

Proveniente de um castro pré-histórico, o castelo está situado no alto de um monte granítico que domina a cidade.

 

Fonte do Largo da Igreja

Paredes meias com a Igreja Matriz, encontra-se delimitada por cunhais em pilastras, rematada por um frontão triangular e por pináculos.

 

Igreja Matriz

Também conhecida como Igreja de São bento, trata-se de um templo românico do século XVI, remodelado no século XVIII.

 

Pelourinho

Pensa-se que o Pelourinho seja do século XI, remontando ao tempo do início da população, erguendo-se na atual Torre do Relógio.

 

Torre do Relógio

Esta torre insere-se na categoria de Torre de Vigia, sendo oriunda do século XIX.

 

Para Ver na Aldeia Histórica de Marialva

Marialva foi erguida numa zona montanhosa e granítica de topografia algo difícil e irregular, rodeada de outeiros que descem até à margem esquerda da ribeira de Marialva.

A aldeia dista 7 Km da sede do concelho da Mêda e é constituída por três núcleos distintos: a cidadela ou Vila no interior do castelo, agora despovoada, o Arrabalde, que prolonga a vila para além da zona amuralhada, e a Devesa, situada a sul da cidadela, que se estende pela planície até à ribeira de Marialva, assentando sobre a antiga cidade romana.

A sua economia baseia-se principalmente na atividade agrícola, tendo como principais produtos a batata, os cereais, o vinho e o azeite.

Marialva foi em tempos povoada pelos Aravos, povo lusitano, posteriormente foi conquistada pelos romanos, aos quais se seguiram os árabes, até à vitória final de D. Fernando Magno, em 1063.

Em 1179 recebeu a carta de foral de D. Afonso Henriques. No ano de 1200 o castelo foi mandado reconstruir e restaurar por D. Sancho I tendo sido posteriormente ampliado por ordem do rei D. Dinis.

As ruas da aldeia conduzem à cidadela que está cercada pelas muralhas. No interior das mesmas, destacam-se a Praça, o Pelourinho, o edifício da antiga Casa da Câmara, o tribunal e cadeia do séc. XVII. Mais à frente situa-se a torre de menagem, a Igreja de Santiago e a Capela do Senhor dos Passos.

 

Castelo de Marialva

A história do Castelo de Marialva parece remontar ao séc. XI, altura em que o local foi conquistado por D. Fernando, O Magno, na Conquista das Beiras.
Posteriormente, foi reconstruído por D. Sancho I, acabando por sofrer novos assaltos muçulmanas e, novamente, por D. Dinis em 1295.
É reconhecida a sua posição geoestratégica no contexto da reconquista cristã e, posteriormente, na consolidação da autonomia nacional face a Castela.

 

As Portas de Entrada

Existem várias Portas de acesso à muralha como, a Porta do Anjo da Guarda em arco quebrado encimada por abóbada de berço quebrado, a Porta do Monte ou Porta da Forca em arco quebrado pelo interior e arco-pleno pelo exterior, encimada por abóbada de berço quebrado, e a Porta de Santa Maria em arco-pleno encimada por abóbada de berço.

 

As Torres

A Torre do Relógio apresenta três pavimentos, abrindo-se duas portas e uma janela no segundo. É coroada com ameias em forma de pentágono. A Torre dos Namorados ou Torre da Relação é o local onde existe um poço-cisterna com formato circular.

A Torre de Menagem domina toda a estrutura defensiva e a povoação. Apresenta planta em formato trapezoidal, coroada por ameias, era o local onde antigamente se acolhiam os visitantes ilustres e servia de local de vigia, remontando ao século XIII.

 

A Cisterna

A Cisterna construída em tijolo forrado de argamassa, remonta ao século XVI e encontra-se atualmente em ruínas.

 

Antiga Casa da Câmara, Tribunal e Cadeia

Estes edifícios, possivelmente remontam ao século XVII e terão funcionado como escola nos séculos XIX e XX. Apresenta planta retangular irregular e dois pavimentos, com dois compartimentos interiores cada. Na fachada principal surge o corpo da sineta e uma escada de acesso ao segundo piso. Possui ainda um escudo com as Armas de Portugal.

 

Pelourinho

O Pelourinho, provavelmente, do século XVI com características manuelinas, ergue-se num plano ligeiramente inclinado e está assente em quatro degraus de forma octogonal. A coluna é de fuste liso e rematada por um capitel em forma de pirâmide invertida, também de secção octogonal. O conjunto é coroado com outra pirâmide octogonal com uma esfera esguia no topo e que é separada da pirâmide inferior por uma pequena coluna central fina e apoios de ferro.

 

Igreja da Misericórdia ou Igreja do Senhor dos Passos

Monumento do século XVII em estilo maneirista de inspiração clássica apresenta um púlpito no seu exterior. Tem planta retangular simples e um portal de linhas retas na fachada principal, rematado por um frontão em que se insere um nicho com abóbada de concha e volutas laterais. No interior encontra-se um retábulo em talha dourada e policromada que deverá ter sido introduzido no século XVIII.

 

Igreja de Santiago 

Esta igreja foi edificada em 1585 e apresenta características manuelinas e barrocas. É constituída por uma nave retangular única de cobertura em abóbada de berço, uma capela-mor totalmente revestida a talha sem pintura e sacristia anexada. A fachada principal é composta por um portal em arco pleno com remate de linhas entrelaçadas e com moldura em conjunto de duas arquivoltas que se prolongam para as laterais da entrada em dois colunelos.

 

Capela Nossa Senhora de Lourdes

Situada fora das muralhas, trata-se de um templo que antigamente era de São João Batista, edificado no século XVII. Por detrás encontram-se vestígios de sepulturas antropomóficas.

Para além deste, existem outros pontos de interesse fora das muralhas como, a Igreja de São Pedro datada do século XVI, a Capela de Santa Bárbara, a Casa do Leão, a Casa das Freiras, o Solar dos Marqueses de Marialva, e a Fonte de Mergulho.

 

Para Ver em Longroiva

Castelo de Longroiva

O que resta do castelo, está classificado como Monumento Nacional, os trabalhos de conservação permitiram que ainda subsistam partes das muralhas e a Torre de Menagem que terá sido uma das primeiras a ser edificada em Portugal.

 

Balneário Termal Romano

Estas termas são conhecidas desde o tempo pré-histórico, no entanto, foram os romanos quem as impulsionou após a criação do balneário.

 

Fonte da Concelha

Denominada de Fonte Romana pela população, não deixa de ser do século XVI, de arquitetura manuelina, com uma estrutura em boa cantaria.

 

Igreja Matriz

Datada do século XVI, de estilo românico, a Igreja de Santa Maria possui um interior no qual se destaca o teto da capela-mor em caixotões e retábulo em talha dourada.

 

Pelourinho

No topo do fuste o remate é composto por bloco prismático alto onde se adossa um grande escudo régio coroado, como coroa aberta, terminando em bico.

 

Para Ver na Aldeia de Ranhados

Castelo de Ranhados

O castelo situa-se a 838 metros de altitude onde, dizem, terá existido um castro proto-histórico posteriormente romanizado.

 

Igreja Matriz de São Martinho

Construída no século XIV de origem românica, foi reestruturada no século XVI. O interior é constituído por três naves com púlpito renascentista adossado à nave central.

 

Pelourinho

Pelourinho manuelino, do tipo de tabuleiro, é constituído por uma base circular com três degraus, um fuste em forma de feixe com quatro vergas retilíneas e um capitel com quatro carrancas.

 

Para Comer

 Pé de Cabra

Denominado de Mercearia Moderna, o Pé de Cabra, é um espaço singular, repleto de lembranças de outros tempos que nos rementem para as casas das nossas avós.

O local é de pequenas dimensões, mas inclui uma pequena mercearia com venda de produtos locais e produtos a granel. A vista é para a lindíssima Aldeia Histórica de Marialva.

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Restaurante Longroiva Hotel Rural & Termal Spa

O restaurante do hotel é também uma boa opção para quem procura pratos mais requintados e cozinha mediterrânea.

O menu é requintado, as refeições são muito saborosas. Escolhemos um aveludado de ervilha, risotto de frango e espargos, Brás de alho francês, e bolonhesa. Para sobremesa, tentação de chocolate e pudim Abade de Priscos. Juntámos água e terminamos com café. No final, pagámos 52€ para três pessoas.

 

Para Ficar

Quinta do Nobre

É na zona mais baixa de Marialva que se localiza a Quinta do Nobre, um espaço que apela ao sentimento de “estar em pleno”. É um Alojamento Rural repleto de charme e personalidade, que oferece espaços interiores e exteriores para uma experiência verdadeiramente tranquila.

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Sobre

Olá, somos a Carla, o Leonel, a Sofia, a Francisca, e adorámos partir à descoberta do mundo juntos!

Aqui, partilhámos os vários destinos que já visitamos, os hotéis onde ficamos hospedados e os restaurantes que experimentámos. Queremos inspirar quem nos visita, a viajar e a experimentar, pois consideramos que a vida é uma soma de experiências e uma constante procura. Nesta procura, buscamos locais, espaços, gastronomia, cultura, pessoas e, acima de tudo, a felicidade que é poder conhecer, valorizar e preservar o mundo maravilhoso que temos.

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