#Continuandoàprocura dos monumentos de referência da História de um país, o Panteão Nacional, situado na zona histórica de Santa Clara em Lisboa, acolhe os túmulos dos grandes vultos da História portuguesa e está classificado como Monumento Nacional.
O Panteão Nacional-Igreja de Santa Engrácia, exemplar único do barroco em Portugal, está localizado em frente ao Tejo, sobranceiro à zona histórica da cidade, do qual se pode desfrutar de uma perspetiva única e fantástica da cidade e do rio.
O monumento foi fundado na 2.ª metade do século XVI e reconstruído em finais de Seiscentos pelo arquiteto João Antunes. Quatrocentos anos de construção valeram o adágio popular “Obras de Santa Engrácia” ao monumento que é hoje Panteão Nacional.
Possui uma cúpula moderna e uma nave majestosa, decorada com mármores coloridos, característica da arquitetura barroca portuguesa.
O Panteão Nacional tem como missão homenagear promover e divulgar a Vida e Obra das personalidades nele presentes.
Na sua proximidade realiza-se semanalmente, às 3as feiras e Sábados, a tradicional Feira da Ladra.
Para Ver
Nave Central
Possui proporções pouco habituais, desenho inovador e originais paredes onduladas. Trata-se de um edifício com planta em cruz grega, ou seja, definindo uma cruz de quatro braços iguais, com alçados curvos marcados nos ângulos por torreões.
No seu interior ergue-se a majestosa cúpula a 80 m de altura. É aqui que se encontram os cenotáfios de Nuno Álvares Pereira, Infante D. Henrique, Pedro Álvares Cabral, Afonso de Albuquerque, Vasco da Gama e Luís de Camões.
Salas Tumulares
As três salas tumulares localizam-se nos ângulos do edifício ao nível do piso térreo e acolhem os Presidentes da República Manuel de Arriaga, Teófilo Braga, Sidónio Pais e Óscar Carmona, os escritores Almeida Garrett, Aquilino Ribeiro, Guerra Junqueiro, João de Deus e Sophia de Mello Breyner Andresen, a artista Amália Rodrigues, o futebolista Eusébio da Silva Ferreira e o Marechal Humberto Delgado.
Coro-Alto
Espaço organizado em anfiteatro reservado à entoação de cânticos religiosos, permite dar uma perspetiva da nave central e das suas semicúpulas bem como do magnífico órgão histórico do século XVIII que ocupa o altar-mor da Igreja.
Centro de Interpretação
Este espaço integra peças de ourivesaria utilizadas na celebração da missa inaugural do Panteão Nacional e um conjunto único de maquetas e modelos em gesso da campanha de conclusão das “Obras de Santa Engrácia”, exibe ainda um filme que documenta a história longa e aventurosa do monumento, proporcionando uma melhor compreensão das suas diferentes fases de construção e do seu percurso singular.
Salas de Exposição
Antigos espaços reservados que constituem hoje um conjunto de salas expositivas, apenas visitáveis quando acolhem exposições temporárias.
Terraço
O terraço, a 40 m de altura, constitui um miradouro único na cidade, permitindo usufruir de uma vista privilegiada de Lisboa.
Serviço Educativo
O Serviço Educativo do Panteão Nacional recebe e acompanha os mais diversos públicos na sua descoberta de um monumento mediante marcação prévia. Com uma oferta dirigida ao público sénior, assegura igualmente o acompanhamento pedagógico a escolas, instituições de ensino e apoio à infância, através do desenvolvimento de visitas guiadas e temáticas desde o ensino pré-escolar ao universitário.
Personagens Sepultadas
Luís de Camões (1524/1525? -1580)
Considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e mesmo dos maiores da Humanidade, Luís Vaz de Camões celebrizou-se na literatura pela sua obra épica, Os Lusíadas, publicada pela primeira vez em 1572.
Pedro Álvares Cabral (1467/1468-1520/1526)
Navegador português, capitão-mor da armada que, em 1500, partiu para a Índia, numa viagem atribulada, acabando por aportar em terras chamadas de Vera Cruz. O Brasil era, assim, oficialmente descoberto a 22 de abril de 1500.
Infante D. Henrique (1394-1460)
Quinto filho do rei D. João I e de D. Filipa de Lencastre, cuja descendência direta Camões apelidou de “Ínclita Geração”, nasceu no Porto a 4 de fevereiro de 1394. Teve um papel determinante nos Descobrimentos Portugueses.
Vasco da Gama (1460/1469?-1524)
Grande navegador português da época dos Descobrimentos, comandou a armada que haveria de alcançar a cobiçada Índia por mar (1497-1498), abrindo aos portugueses uma das suas épocas mais prósperas e um domínio marítimo sem precedentes.
Afonso de Albuquerque (1453(?)-1515)
Marinheiro, soldado, estadista, administrador e diplomata, de origem fidalga, foi o 2.º governador da Índia Portuguesa (1508-1515) cujas ações políticas e militares foram determinantes para o estabelecimento do império português no Índico.
D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431)
De origem nobre, D. Nuno Álvares Pereira enquanto comandante militar teve um papel fundamental na crise de 1383-1385, onde Portugal lutou pela sua independência face a Castela.
Manuel de Arriaga (1840-1917)
Manuel José de Arriaga Brum da Silveira e Peyrelongue foi o primeiro Presidente da República Portuguesa, constitucionalmente eleito, quando contava já 71 anos de idade.
Teófilo Braga (1843-1924)
Joaquim Teófilo Fernandes Braga, nascido na cidade de Ponta Delgada na ilha açoriana de S. Miguel, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, tendo-se distinguido como político, escritor e ensaísta.
Sidónio Pais (1872-1918)
Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais nasceu em Caminha no primeiro dia de maio de 1872. Foi como militar e político que se destacou. Após a implantação da República, exerceu funções de deputado, Ministro do Fomento, da Guerra, das Finanças, dos Negócios Estrangeiros, de embaixador de Portugal em Berlim, assumindo a Presidência da República após o golpe de estado de 1917.
Óscar Carmona (1869-1951)
António Óscar de Fragoso Carmona, descendente de militares, nascido em Lisboa, formou-se no Colégio Militar e na Escola do Exército. Nomeado por Decreto na sequência da renúncia de Bernardino Machado, assumiu as funções de Presidente da República a 16 de novembro de 1926, vindo a ser o décimo-primeiro Presidente da República Portuguesa e, a partir de 1933, o primeiro do Estado Novo.
Almeida Garrett (1799-1854)
João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, nascido no Porto, educado na Ilha Terceira e depois em Coimbra, onde se matriculou no curso de Direito, destacou-se na sociedade portuguesa como escritor e político.
Aquilino Ribeiro (1885-1963)
Escritor, natural de Sernancelhe, estudou em Lamego antes de entrar no Seminário de Beja. Depressa abandonou o meio religioso, fixando-se em Lisboa. Destacou-se como romancista na primeira metade do século XX, alcançando grande êxito junto do público e da crítica.
Guerra Junqueiro (1850-1923)
Nascido em Freixo de Espada-à-Cinta, Abílio Manuel de Guerra Junqueiro, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Depois de ter passado pelo Seminário, escolheu seguir uma carreira literária, distinguindo-se como poeta e escritor.
João de Deus (1830-1896)
João de Deus de Nogueira Ramos, nascido em São Bartolomeu de Messines no Algarve, ingressou no Seminário de Coimbra, mas a falta de vocação eclesiástica levou-o a cursar Direito. Sem gosto particular pela advocacia tornar-se-ia, por vocação, um ilustre poeta lírico.
Amália Rodrigues (1920-1999)
Amália da Piedade Rebordão Rodrigues, nascida na freguesia da Pena, em Lisboa, distinguiu-se como fadista e atriz.
Humberto Delgado (1906-1965)
Humberto da Silva Delgado, distinto militar e político, natural de Torres Novas, concluiu os cursos de Artilharia (1925), de Piloto-Aviador (1928) e de Estado-Maior (1936). Depois de ter apoiado, durante largos anos, as posições oficiais do Estado Novo, o seu percurso político ficaria marcado pela candidatura à Presidência da República nas eleições presidenciais de 1958.
Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)
Sophia de Mello Breyner Andresen, um dos maiores poetas do século XX português, nasceu no Porto a 6 de novembro de 1919. As raízes dinamarquesas remontam ao seu bisavô paterno, que se fixou no Porto. Foi na Quinta do Campo Alegre, atual Jardim Botânico do Porto, e na praia da Granja que viveu a sua infância e juventude e onde terá recebido influências decisivas para a sua obra.
Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014)
Eusébio da Silva Ferreira foi considerado um dos melhores jogadores de futebol do século XX, o seu extraordinário desempenho, velocidade, técnica e remate fortíssimo tornaram-no conhecido como o Pantera Negra.
Horários
- outubro a março
Das 10h às 17h (última entrada às 16h40) - abril a setembro
Das 10h às 18h (última entrada às 17h40)
Encerrado: Segundas-feiras, 1 de janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de maio, 13 de junho e 24 e 25 de dezembro
Preços
Bilhete normal: 4,00 €
Isenções
Todos os domingos, até às 14h, para residentes no território nacional.
Todos os elementos de grupos superiores a 12 pessoas pagam bilhete.
Crianças e jovens até aos 12 anos inclusivé*.
Visitantes em situação de desemprego residentes na União Europeia*.
Visitantes com mobilidade reduzida (60% de incapacidade comprovada documentalmente) e 1 acompanhante.
Membros do ICOM, ICOMOS e APOM.
Investigadores, conservadores/restauradores, profissionais de museologia e/ou património em exercício de funções*.
Associações culturais (Exclusivamente grupos de amigos de museus, monumentos, palácios, castelos e sítios arqueológicos)*.
Voluntários em exercício na Direção-Geral do Património Cultural e 1 acompanhante*.
Jornadas Europeias do Património (Domingo).
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios – 18 de abril (Exclusivamente para os Monumentos sob tutela da DGPC).
Dia Internacional dos Museus – 18 de maio (Exclusivamente para os museus e palácios sob a tutela da DGPC).
Noite dos Museus e 5.ªs à Noite (No acesso às atividades organizadas no âmbito do respetivo programa organizado pela DGPC).
Profissionais de atividade turística mediante apresentação de comprovativo de registo no RNAAT.
Jornalistas em exercício de funções* mediante comunicação prévia.
Funcionários da DGPC* e 3 acompanhantes.
Professores e alunos de qualquer grau de ensino, incluindo Universidades Sénior ou de 3ª Idade, quando comprovadamente em visita de estudo e mediante marcação prévia confirmada pela Direção do SD*.
Grupos credenciados de Instituições Portuguesas de Solidariedade Social ou de Áreas de Ação Social de Autarquias ou outras Instituições de Interesse Público mediante autorização prévia da Direção da DGPC.
* Mediante comprovação documental.
Descontos
Visitantes com idade igual ou superior a 65 anos* – 50%.
Cartão de estudante não enquadrado em visita de estudo – 50%.
Cartão Jovem – 50%.
Bilhete Família (a partir de 4 elementos com ascendência direta de 1.º grau ou equiparado) – 50%.
Protocolos com entidades terceiras – 20%.
Aquisições superiores a 250 bilhetes por tipologia e com antecipação mínima de 48h – 7,5%.
Aquisições superiores a 500 bilhetes por tipologia e com antecipação mínima de 48h – 10%.
Aquisições superiores a 1000 bilhetes por tipologia e com antecipação mínima de 48h – 15%.
* Mediante comprovação documental.
Visitas privadas (mediante marcação prévia)
Agravamento de 100% sobre o preço do bilhete individual, por cada hora.
A estes custos acresce o pagamento das horas extraordinárias dos funcionários.
Visitas guiadas
Estas visitas, dirigem-se às diferentes faixas etárias tendo como destinatário o público em geral. Realizam-se, mediante marcação prévia, de terça a domingo durante o horário de funcionamento do monumento.
Visitas temáticas com atividades (mediante marcação prévia)
Realizam-se diversas visitas temáticas com atividades para o público escolar do ensino pré-escolar, 1º e 2º ciclo do ensino básico.
Estas visitas são da responsabilidade do serviço educativo do Panteão Nacional.
Para mais informações aceda à área do serviço educativo.
As marcações de visitas, poderão ser efetuadas em dias úteis, durante o horário de funcionamento do monumento através dos seguintes contactos:
Telef. 218 854 820
Email: geral@panteao.dgpc.pt
Mais Informações
Campo de Santa Clara
Lisboa
Telef. 21 885 48 20
Coordenadas GPS
38º42’53.15’’N
9º07’30.50’’W