Quando chegámos a Porte Maillot, a questão que nos ocorreu foi, por onde começar… O melhor é ter, ou então comprar, um mapa da cidade para se ter a noção da localização, bem como dos locais pretendidos. Também considerámos que o melhor a fazer para se conseguir visitar o máximo de sítios possível, é adquirir um bilhete para um autocarro turístico. Há várias possibilidades de percurso, a saber:
O L’Open Tour Bus é o único com várias rotas: são quatro itinerários que se comunicam e podem ser combinados à vontade durante a validade do passe de 1, 2 e 3 dias consecutivos. Pode-se subir e descer durante o percurso as vezes que entender neste autocarro de dois andares sem capota. As quatro rotas da excursão são interconectadas, portanto, pode-se facilmente trocar entre elas. O ingresso é válido para todas as rotas. A linha verde repete a linha básica dos outros autocarros, e é complementada pelas linhas amarela (que vai até Montemartre), a azul (passa por fora do Marais e vai até Bercy) e a laranja (que faz Quartier Latin, Sorbonne, Luxembourg e Montparnasse). Os preços do passe são: 32€ para 1 dia, 36€ para 2 dias e 40€ para 3 dias.
Itinerários L’Open Tour Bus:
Itinerário 1 – Paris Grand Tour
Duração – 2h30m
abril a outubro – 10h às 18h
novembro a março – 10h às 16h
Paragens – Auber, Opera, Palais Royal, Museu do Louvre, Pont Neuf, Notre Dame, Saint-Michel, Museu de Orsay, Concorde, Champs-Elysees – Clemenceau, Boetie – Champs Elisees, George V, Charles de Gaulle Etoile, Trocadero, Torre Eiffel, Invalides, Concorde Royal, Madeleine.
Itinerário 2 – Montparnasse – St. Germain
Duração – 1h
abril a outubro – 10h às 18h30m
novembro a março – 10h às 16h30m
Paragens – Petit-Pont, Luxembourg, Observatoire, Denfert-Rochereau, Raspail, Montparnasse, Invalides, Rue du Bac, St. Germain des Pres, Latin Quarter, Notre Dame.
Itinerário 3 – Montmartre – Grands Boulevard Tours
Duração – 1h
abril a outubro – 10h às 18h
novembro a março – 10h às 17h
Paragens – Auber, Trinite, Blanche, Montmartre,-Anvers, Gare du Nord, Gare de L’Est, Republique, Bonne Nouvelle, Grands Boulevards, Italiens, Capucines-Scribe, Madeleine.
Itinerário 4 – Bastille – Bercy Tour
Duração – 1h
abril a outubro – 9h30m às 18h
novembro a março – 10h às 17h
Paragens – Notre Dame, Petit-Pont, Maubert-Mutualite, Ile St. Louis, Bastille Opera, Gare de Lyon, Gare de Austerlitz, Bibliothèque Nationale de France, Parc de Bercy, Bastille, Place des Vosges, Hotel de Ville.

Somos de opinião que se deve investir num passeio no rio Sena. A vista é fantástica, os monumentos sucedem-se todo o tempo e não se fica parado no trânsito. A experiência é muito agradável.


Uma outra sugestão de passeio pelo rio Sena é o Batobus, que nada mais é que um hop-on/ hop-off fluvial. O passe de 1 dia custa 16€ e o de 2 dias, consecutivos, 19€.
Um combinado Open Tour + Batobus de 2 dias consecutivos custa 41€ para adultos e 20€ para crianças, contempla 4 percursos de autocarro + 8 escalas de barco repartidas por todo Paris e pode subir e descer do autocarro como do barco sem limite.
Nós escolhemos o Big Bus, o que tem o percurso maior e começámos pela paragem situada no Arco do Triunfo, por ser o local mais perto do local de desembarque do autocarro vindo do aeroporto, Porte Maillot, percurso que fizemos a pé por ser relativamente perto.
O Arco do Triunfo é um monumento construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, o qual ordenou a sua construção em 1806, tendo sido concebido por Jean Chalgrin. Inaugurado em 1836, detém gravados os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Na base, situa-se o túmulo do soldado desconhecido (1920). O Arco situa-se na praça Charles de Gaulle, no encontro das avenidas Charles de Gaulle e Champs-Elysée. Nas extremidades das avenidas encontra-se a praça da Concordia e na outra La Defense. Pode-se visitar o Arco do Triunfo todos os dias das 10h às 22h. Fecha nos dias 1 de janeiro, 1 de maio, 14 de julho (manhã), 11 de novembro (manhã) e 25 de dezembro – tarifa 9€.

Segue-se Le Petit Palais, que é um edifício histórico e museu das belas artes situado na avenida Winston Churchill, zona dos Champs Elysées. O edifício foi construído pelo arquiteto Charles Girault para a Exposição Universal de 1900, fazendo parte de um conjunto monumental com o Grand Palais e a Ponte Alexandre III. Ambos são visita obrigatória e se não tiver tempo para entrar, pelo menos não deixe de dar um vista de olhos por fora do palácio, o belo jardim e os imensos vitrais já valem a pena, além disso, não pesa no orçamento, pois a entrada é gratuita de terça a domingo das 10h às 18h. Se tiver tempo, poderá visitar mais de 1300 obras de arte, cujo forte é o século XVIII e XIX (Cezanne, Corot, Gauguin, …). Há também exposições temporárias, mas estas são pagas (o ingresso custa cerca de 10€). Se passar por lá perto da hora do almoço, pode aproveitar para comer no café. O ambiente é muito agradável e, ao contrário de outros museus, o restaurante não é muito caro.


Continuando, depara-se com a praça do Trocadéro, que é passagem obrigatória em Paris. É desta praça que se tem a mais bela vista da Torre Eiffel e onde estão concentrados, à direita da praça, cafés, restaurantes e casas de chá muito turísticas. No entanto, o Trocadéro é mais que uma praça ou um dos melhores miradouros para apreciar a Torre Eiffel. Nesta zona podemos ver o impressionante Palais de Chaillot e algumas memórias da Primeira Guerra Mundial, que foi construído em 1937 para a Exposição Internacional de Paris. A sua estrutura circular alberga três museus e um teatro. No lado direito está o Museu do Homem e da Marinha e, do outro lado, está o Teatro Nacinal de Chaillot. Nas paredes dos edifícios estão algumas frases escritas em dourado do poeta e filósofo Paul Valéry. Em frente há uma estátua em bronze de Apolo e, em redor do palácio, pode-se observar várias estátuas douradas, todas de figuras femininas, com a Torre Eiffel como pano de fundo.






O Louvre é gerido pelo estado francês através da Réunion des Musées Nationaux. É o museu mais visitado do mundo e está dividido nos seguintes departamentos:
- Antiguidade Oriental
- Egito
- Gregos, Etruscos e Romanos
- Arte do Islã
- Esculturas
- Objetos de Arte
- Pintura
- Artes Gráficas
Possui três alas e, quando se está dentro da pirâmide, vêem-se 3 entradas e 3 escadas rolantes que dão acesso às 3 alas do museu: Denon, Sully e Richelieu.
O ingresso custa cerca de 15€, no entanto, é gratuito todos os primeiros domingos de cada mês e todas as sextas-feiras (das 18h às 22h) de 21 de outubro a 31 de março, que coincide com a época baixa.
Se quiser economizar na parte cultural, é importante saber que quase todos os museus de Paris têm um dia gratuito ou exposições gratuitas. É necessário ter em atenção também que nem todos os museus fecham à segunda, alguns (como o Louvre) fecham à terça; e mais, nenhum museu funciona nos dias 1 de janeiro, 1 de maio ou 25 de dezembro. Também existe um passe de museu que permite visitar vários museus de uma só vez com um preço mais em conta.
Daqui segue-se pela Pont Neuf, que é a mais antiga das pontes que cruzam o rio Sena. O seu nome “Novo” permaneceu, e foi dado para distinguir-se das antigas pontes medievais, erguidas com casas em ambos os lados. A ponte, situada junto ao ponto mais ocidental da Ile de la Cité – a ilha situada no meio do rio Sena, é composta por duas partes distintas: uma com cinco arcos até atingir a Île de la Cité, outra com sete arcos que levam à margem direita. Se fizer um passeio pela Île de la Cité ou um cruzeiro no Sena, passará por essa ponte. Durante muitos anos essa foi considerada a ponte mais importante de Paris. O seu projeto foi iniciado em 1577 (durante o reino de Henrique III), mas foi inaugurada somente em 1607 (sob o reinado de Henrique IV).
Na Île de la Cité, rodeada pelas águas do rio Sena, na praça Parvis, está localizada a Catedral de Notre Dame, que é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. A sua construção iniciou-se no ano de 1163 e é dedicada a Maria, mãe de Jesus Cristo (daí o nome Notre Dame – Nossa Senhora). A catedral surge intimamente ligada à ideia de gótico no seu esplendor. A arquitetura gótica substituiu as paredes grossas das igrejas românicas por colunas altas e arcos capazes de sustentar o peso dos telhados. Como consequência, os edificios góticos ganharam um aspeto mais leve e, as janelas, mais amplas e altas, foram decoradas com belos vitrais coloridos que filtravam a luz natural e, com isso, criavam um “clima” de misticismo no seu interior.

