Estivemos no Parque Arqueológico do Vale do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda. Esta visita serviu como complemento às aulas de História do 7º ano de escolaridade da “Pequena”, pois consideramos que só no contacto com a realidade é que as aprendizagens se tornam significativas, daí termos sempre a preocupação de incluirmos nos nossos roteiros, locais relacionados com os conteúdos teóricos das aulas das “Pequenas”.
O Côa, afluente do rio Douro, possui ao longo do vale um extenso e notável ciclo artístico. Milénio após milénio, as rochas de xisto foram-se transformando em painéis de arte, com milhares de gravuras feitas pelos nossos antepassados.
Remontando ao Paleolítico Superior, estes “painéis” ao ar livre e os “habitats” identificados, são testemunhos do povoamento, que trouxeram até nós 25000 anos de tempo, tendo sido no século XX que a arte do Côa surge ao ar livre, onde a claridade e as sombras a expõe e esconde numa maravilhosa sequência de revelação e ocultamento.
Os últimos 17Km do rio Côa, com centenas de gravuras do Paleolítico pertencem ao primeiro parque arqueológico português, considerado Património da Humanidade da UNESCO desde 1998.
Todo este magnífico conjunto ao ar livre, que põe de parte o velho mito da arte rupestre encerrada em cavernas, pode ser apreciado através de visitas organizadas com guias especializados (mediante reserva) e também no Museu, através de originais de arte móvel, réplicas de “painéis” e informação interativa recorrendo às mais modernas tecnologias digitais.
Existem três locais diferentes para observação das gravuras, acessíveis apenas por caminhos de terra batida: Canado do Inferno, Penascosa e Ribeira de Priscos. As visitas partem de sítios diferentes: do Museu do Côa (para a Canada do Inferno), do Centro de Recepção da aldeia de Castelo Melhor (para a Penascosa) e do Centro de Recepção da aldeia de Muxagata (para a Ribeira de Piscos).
Nós escolhemos Penascosa e gostamos imenso, pois para além das gravuras em si, também nos deslumbramos com a fantástica paisagem, pintada de várias cores, no decorrer da deslocação que fizemos para o local.
VISITAS ORIENTADAS A SÍTIOS DE ARTE RUPESTRE DO PARQUE ARQUEOLÓGICO DO VALE DO CÔA
O PAVC não pode transportar crianças com idade inferior a três anos, em conformidade com a legislação em vigor. Já a partir dos três anos, uma vez que ocupam um lugar na viatura, contam como um adulto para efeitos de lotação do mesmo.
Devido às elevadas temperaturas atingidas no Verão, recomenda-se fortemente o uso de chapéu e protetor solar, e de calçado e roupa confortável, devendo também cada visitante prevenir-se com água suficiente.
Não se realizam visitas aos sítios de arte rupestre nos seguintes dias: Segundas-feiras; 1 de janeiro; domingo de Páscoa; 1 de maio; Natal.
Horário de Funcionamento do Museu do Côa e de Marcação de Visitas aos Sítios de Arte Rupestre (segunda-feira a domingo):
outubro a fevereiro: 9h – 17h30
– Marcação de visitas: 9h – 17h30
março a maio: 9h30 – 18h
– Marcação de visitas: 9h30-12h/13h30-18h
junho a setembro: 9h30 – 19h
– Marcação de visitas: 9h30-12h/14h-18h
Dias de encerramento do Parque e Museu do Côa:
1 de janeiro; 1 de maio; Natal
Contactos e Marcações
As visitas ao território não estão abrangidas pela gratuitidade de entrada aos domingos e feriados, pelo que todas as visitas são cobradas, de marcação prévia e obrigatoriamente guiadas.
A marcação de visitas e de atividades depende da disponibilidade logística.
Telef: +351 279 768 260
e-mail: visitas@arte-coa.pt
PREÇÁRIO
Museu e núcleos de arte rupestre do Parque Arqueológico do Vale do Côa
Núcleos de Arte Rupestre – Preço unitário
Visita a um Núcleo de Arte Rupestre* – €15
Visita a um Núcleo de Arte Rupestre – crianças entre os 5 e os 12 anos – €5
Visita Noturna (mínimo de 4 pessoas, ou €80) – €20
Visita Noturna – crianças entre os 5 e os 12 anos – €10**
Visita Pedestre (mínimo de 10 pessoas, ou €100) – €10
Visita Todo-Terreno a um Núcleo em viatura dos participantes + Museu – €12
Visita Especial (grupos organizados que pretendem outras atividades e/ou modalidades de visita) – Caso a caso
Visita integrada com Faia Brava – Em estudo
*Custos mínimos associados à saída dos veículos: 40€ para qualquer dos 3 núcleos, exceto visitas em contexto escolar.
**Este desconto só é aplicável após cumpridos os custos mínimos para a realização da visita.
Museu do Côa – Geral
Visita ao Museu do Côa – €6
Visita ao Museu do Côa crianças 5 – 12 anos – €3
Visita ao Museu do Côa – crianças até aos 4 anos – Gratuito
Visita guiada – parceiros/protocolos – €6 (oferta da visita guiada)
Visita com acompanhamento (até um máximo de 10€ p/ grupo) – 8€
Bilhete família (1 casal e até 2 filhos – até aos 12 anos) – €15
Bilhete família (1 casal e até 2 filhos) guiada – €17
Domingos e feriados de manhã – Gratuito para residentes em Portugal
Visita integrada com Siega Verde – 6€
Suplemento de visita guiada – €2 (até ao valor máximo de €10)
Bilhete Conjunto Museu do Côa + Museu da Casa Grande – 6,50€/Normal; 4€/Sénior, Crianças, Cartão-jovem e Deficiente.
Descontos a aplicar somente a bilhete regular na visita aos Núcleos de Arte Rupestre e ao Museu do Côa – Percentagem
Cartão Jovem; Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e Universidades Sénior; Portadores de deficiência – 12€ – Gravuras ; 4€ – Museu
Visitas e ações de formação em contexto escolar – Geral
Visita a um Núcleo de Arte Rupestre – €4
Visita ao Museu do Côa – €2
Atividades Pedagógicas – Preço
Atividades Pedagógicas (Oficina de Arqueologia Experimental, Pequeno Arqueólogo, Olaria, outras);
Visitas ao Museu adaptadas à faixa etária – €2 p/ pessoa para escolas; €4 p/ pessoa para público em geral
Apresentações temáticas a grupos em contexto escolar e entidades de reconhecida função social – €1 p/ pessoa
Apresentações temáticas, para grupos até 24 pessoas – €50 p/ grupo
Apresentações temáticas, para grupos com, ou mais de, 25 participantes – €2 p/ pessoa
Outras atividades fora do Museu e dos Centros de Receção*** – Geral
Atividades Pedagógicas (Oficina de Arqueologia Experimental, Pequeno Arqueólogo, Olaria, outras) – €2,50
Apresentações temáticas do Vale do Côa, por participante – €2,50
*** Ao valor da atividade acresce as despesas de deslocação, alimentação e estadia pela tabela em vigor da função pública.
Entradas gratuitas no Museu do Côa
– Crianças até aos 4 anos;
– Membros da APOM/ICOM, ICOMOS, Associação dos Amigos dos Monumentos e dos Amigos dos Castelos (APAC), Associação dos Amigos do Parque e Museu do Côa (Acôa), Associação de Arqueólogos Portugueses (AAP) e Associação Profissional de Arqueólogos (APA);
– Investigadores, críticos de arte, jornalistas e outros profissionais com projetos diretamente relacionados com o património do Vale do Côa, no desempenho das suas funções e devidamente identificados;
– Guias intérpretes e tour leaders, em contexto de visita;
– Funcionários dos organismos fundadores; Direção Geral do Património Cultural, Turismo de Portugal, IP, Agência Portuguesa do Ambiente, Município de V. N. Foz Côa e Associação de Municípios de Vale do Côa;
– Convidados da Fundação Côa Parque;
– Familiares dos funcionários da Fundação Côa Parque (1º grau de parentesco).
Aluguer de espaços*
Auditório – 750 € por Dia; 370 € por ½ Dia
Sala Auroque – 150 € por Dia; 75 € por ½ Dia
Sala de reuniões – 150 € por Dia; 75 € por ½ Dia
Sala Temporária 1 – 400 € por Dia
Salas Temporária 2 e 3 – 400 € por Dia
Taxa de Aterragem/ Descolagem no Heliporto – 150 €
*Inclui redução de 50% nos bilhetes de acesso ao Museu dos participantes no evento e gratuitidade para a organização ao máximo de 10 bilhetes, com visita guiada. O preço a praticar para empresas e outras organizações com quem sejam estabelecidas parcerias estratégicas será analisado caso a caso para benefício mútuo.
Informação geral
Os três sítios localizam-se em pleno vale do rio Côa, acessíveis apenas por caminhos de terra batida. As visitas partem de sítios diferentes: do Museu do Côa (para a Canada do Inferno), do Centro de Recepção da aldeia de Castelo Melhor (para a Penascosa) e do Centro de Recepção da aldeia de Muxagata (para a Ribeira de Piscos).
Por razões logísticas e de conservação patrimonial, existe um limite de visitantes por dia/sítio, atendendo à especificidade de cada um. Todas as visitas são orientadas e realizadas nas viaturas todo-o-terreno do PAVC, com capacidade cada uma para 8 visitantes e um guia.
As gravuras paleolíticas mostradas ao público estão bastante desgastadas pelo tempo e esse fator, tornam-nas difíceis de ver e interpretar. Os horários das visitas são escolhidos em função da melhor luminosidade natural para a observação das gravuras, de forma a potenciar ao máximo a sua visualização. Os sítios da Canada do Inferno e da Ribeira de Piscos são visitados apenas durante a manhã, quando os painéis são iluminados pela luz solar mais ou menos rasante. Pelo contrário, os painéis da Penascosa, situados na margem direita do rio, encontram-se à sombra durante a manhã, pelo que este sítio é visitado apenas durante a tarde.
Desta forma, e tendo também em conta a duração média de cada visita, não é possível, num dia útil, visitar mais que dois sítios com gravuras.
Os graus de dificuldade dos três percursos são diferentes. A Penascosa é a visita mais fácil, com grau de dificuldade baixo, com um acesso simples e um percurso pedestre curto. A Canada do Inferno é também uma visita fácil, mas com um grau de dificuldade superior, tendo um percurso pedestre mais longo e mais exigente, com alguns desníveis. A Ribeira de Piscos é já uma visita de dificuldade média, com um longo e sinuoso percurso.
Deve-se ter em atenção que o vale do Côa é uma região muito seca e onde se atingem temperaturas extremamente elevadas, particularmente no verão, por isso recomenda-se o uso de roupa e calçado confortáveis, adequados à altura do ano e condições climatéricas, e no verão, recomenda-se fortemente o chapéu, água e protetor solar. No inverno ou com tempo chuvoso recomenda-se o uso de impermeável.
VISITA ORIENTADA AO SÍTIO DE ARTE RUPESTRE DA CANADA DO INFERNO
Local de partida: Museu do Côa, nos arredores de Vila Nova de Foz Côa. O museu fica a cerca de 3 kms do centro de Vila Nova de Foz Côa, sendo acessível por estrada devidamente sinalizada.
Horário: No Inverno as visitas iniciam-se a partir das 9h15, e no Verão a partir das 9h30, havendo diversas ao longo da manhã.
Duração da visita: 1h30 a 2h
Percurso pedestre total – cerca de 800 metros, fácil.
Informação geral
O sítio da Canada do Inferno fica na margem esquerda do Côa, em terrenos do concelho e freguesia de Vila Nova de Foz Côa. A visita inicia-se no Museu do Côa. Parte-se numa viatura todo-o-terreno, com um guia, por uma estrada alcatroada, num percurso com cerca de 7 kms, até junto das obras da abandonada barragem do Baixo Côa. A partir daqui prossegue-se mais 3 kms por caminho de terra batida, através destas mesmas obras que fazem parte da história da descoberta da arte do Côa. O percurso final a pé é de cerca de 400 metros até ao local de implantação das primeiras gravuras visitadas, por trilho estreito mas arranjado.
O sítio localiza-se na margem esquerda do troço final do rio Côa, junto a uma antiga praia fluvial, hoje coberta pela albufeira do Pocinho, que cobre também grande parte das 46 rochas gravadas que aqui são conhecidas, das quais 39 apresentam figurações paleolíticas. O percurso escolhido para visitação pública, condicionado a aspectos de acessibilidades das rochas e perceptibilidade das suas gravuras, inclui seis rochas, todas exceto uma com gravuras paleolíticas.
Este foi o primeiro núcleo identificado em finais de 1991, com a descoberta da rocha 1. Seria publicamente divulgado em Novembro de 1994. Em termos cronológicos estão aqui representadas todas as fases da arte paleolítica do Côa e períodos posteriores, exceto a Idade do Ferro.
Salienta-se a rocha 1 pelo seu simbolismo histórico, mas também pelo conjunto de representações que na sua maioria se sobrepõem. Os motivos mais perceptíveis foram feitos por picotagem, complementada com a abrasão. De notar uma figura de cavalo que apresenta duas cabeças, documentando assim a invenção da animação gráfica.
Na rocha 14, entre diversas figuras, uma belíssima cabra representada a traço filiforme múltiplo, que deu origem ao atual logótipo do Parque Arqueológico e Museu do Côa.
A tradição de gravura neste sítio continuou durante o Neolítico e só terminou na segunda metade do século XX com as gravuras picotadas pelos últimos moleiros do Côa. Entre eles, salientam-se Alcino Tomé e António Seixas, que trabalharam na Canada do Inferno nos anos 40 e 50 do século XX, e cujas gravuras se encontram maioritariamente submersas. A rocha 7, que se encontra logo subjacente à rocha 1, apresenta algumas gravuras picotadas de Época Moderna, facilmente visíveis. Aliás, o caminho feito pelos visitantes é o antigo caminho dos moleiros da Canada do Inferno, e na visita é possível observar diversos exemplos da arquitetura tradicional da região.
VISITA ORIENTADA AO SÍTIO DE ARTE RUPESTRE DA PENASCOSA
Local de partida: Centro de Recepção na aldeia de Castelo Melhor. Esta aldeia fica a 15 kms de Vila Nova de Foz Côa, acedendo-se pela EN 222, em direção a Figueira de Castelo Rodrigo.
Horário: No Inverno as visitas iniciam-se a partir das 13h00, e no Verão a partir das 13h30, havendo diversas ao longo da tarde.
Duração da visita: Cerca de 1h30
Percurso pedestre total: Cerca de 600 metros, muito fácil.
Informação geral
O sítio da Penascosa encontra-se numa grande praia fluvial na margem direita do rio Côa, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, em terrenos das freguesias de Castelo Melhor e Almendra. A visita inicia-se no Centro de Recepção de Castelo Melhor. Segue-se numa viatura todo-o-terreno, com um guia, por uma estrada de terra por entre os campos plantados com amendoeiras e oliveiras, ao longo de cerca de 6 kms.
No percurso entre a aldeia e o rio podemos ver, da margem oposta, a Quinta de Ervamoira, famosa pelos seus vinhos e pela amplidão dos seus vinhedos, e que tem um Museu de Sítio. Pouco depois chega-se a uma praia fluvial na margem direita do Côa, numa zona de vale aberto, onde o rio ainda corre no seu curso natural. Desde o estacionamento da viatura até à última rocha visitada são cerca de 300 metros a pé, por uma zona larga e plana que não oferece dificuldades, apenas sendo necessário ascender por escadaria de pedra às duas últimas rochas.
A Penascosa é um monte sobre o rio, em cuja encosta se encontram dispersas 36 rochas gravadas, 30 delas com motivos paleolíticos, sendo visitáveis cinco rochas. As rochas gravadas organizam-se em dois grandes conjuntos, um mais a norte, onde se estendem da praia até ao topo do monte, e onde se encontram maioritariamente figuras paleolíticas incisas, havendo também algumas raras figuras do Neolítico e da Idade do Ferro. O outro grupo, onde se desenrola a visita, encontra-se no sector sul, com todas as rochas junto à praia, havendo sobretudo figuras paleolíticas de animais, em picotado e abrasão, representando as várias espécies presentes na arte do Côa.
É o sítio mais visitado do Parque Arqueológico do Vale do Côa, pela facilidade de acesso e pela enorme beleza e tranquilidade do local, assim como pela imensa riqueza das suas gravuras paleolíticas, bem representativas do melhor da arte do Côa.
VISITA ORIENTADA AO SÍTIO DE ARTE RUPESTRE DA RIBEIRA DE PISCOS
Local de partida: Museu do Côa, nos arredores de Vila Nova de Foz Côa. O museu fica a cerca de 3 kms do centro de Vila Nova de Foz Côa, sendo acessível por estrada devidamente sinalizada.
Horário: No Inverno iniciam-se a partir das 10H00, e no Verão a partir das 9h30, havendo diversas visitas ao longo da manhã.
Duração da visita: Cerca de 2h30
Percurso pedestre total: Cerca de 2200 metros, de dificuldade média.
Informação geral
O sítio da Ribeira de Piscos encontra-se na embocadura desta ribeira com a margem esquerda do rio Côa, encontrando-se no concelho de Vila Nova de Foz Côa, freguesia de Muxagata. A visita inicia-se no Centro de Recepção da aldeia de Muxagata. Parte-se numa viatura todo-o-terreno, juntamente com um guia, por uma estrada de terra batida ao longo de 6 km. Estacionada a viatura, é necessário caminhar cerca de 1100 metros até à última das rochas visitadas.
Neste sítio conhecem-se 42 rochas gravadas, 27 das quais com representações paleolíticas, situadas na margem esquerda da ribeira e em torno da sua foz, junto do Côa. O percurso de visita inclui cinco rochas. Excepcionalmente pode visitar-se também a notável rocha 24.
A caminhada é compensada por alguns dos mais importantes exemplares de gravura paleolítica em todo o vale do Côa. Entre eles salientam-se os cavalos enlaçados da rocha 1 ou, na rocha 2, uma das raras figuras humanas de cronologia paleolítica conhecidas no vale, o já famoso Homem de Piscos. O percurso apresenta também enorme beleza paisagística e grande riqueza a nível da fauna e flora.
VISITA NOCTURNA AO SÍTIO DE ARTE RUPESTRE DA PENASCOSA
Local de partida: Museu do Côa, nos arredores de Vila Nova de Foz Côa. O museu fica a cerca de 3 kms do centro de Vila Nova de Foz Côa, sendo acessível por estrada devidamente sinalizada. A viagem é feita em veículo todo-o-terreno, conduzido pelo guia.
Horário: ao final do dia, apanhando a última luz solar, pelo que a hora depende da altura do ano.
Duração da visita: Cerca de 3h
As marcações têm que ser feitas previamente, através dos seguintes contatos:
Tel: +351 279 768 260
Fax: +351 279 768 270
e-mail: visitas@arte-coa.pt
Informação geral
Este percurso de visita no sítio de arte rupestre da Penascosa é muito parecido com o que se faz durante o dia, nas rochas e motivos observados. A diferença, para além do ponto de partida, é que é uma visita feita à noite, recorrendo a luzes artificiais para proporcionar uma iluminação rasante dos motivos gravados.
Esta visita noturna pretende criar as melhores condições possíveis para uma adequada fruição da beleza da arte paleolítica do Côa. Incidindo uma luz forte em posição rasante sobre as gravuras, criando efeitos de luz/sombra, conseguem-se realçar os motivos gravados, fazendo-os “emergir” da superfície da rocha. Movimentando a incidência da luz, é possível também realçar determinados motivos em relação a outros, “isolando-os” na aparente confusão criada pelas sobreposições intencionais de motivos, uma técnica de representação muito típica da arte paleolítica.
O acesso fácil e seguro para as rochas visitáveis do sítio da Penascosa, no ambiente plácido e sereno desta praia do Côa, tornam este local o sítio ideal para este tipo particular de visita. As noites de lua cheia são particularmente agradáveis, sobretudo nas noites cálidas da região do Côa, frequentes entre a Primavera e o Outono, tornando visível o rio e os montes recortados na paisagem.
O MUSEU
No Ano Internacional da Arquitetura, o Ministério da Cultura e a Ordem dos Arquitetos, promoveram a abertura de um concurso para o projeto deste edifício. O então Instituto Português de Arqueologia, com a colaboração da Ordem dos Arquitetos, lançou o Concurso Público para os trabalhos de concepção e elaboração do projeto do que se designou então “Museu de Arte e Arqueologia do Vale do Côa.” O primeiro prémio foi atribuído à equipa dos Arquitectos Pedro Tiago Pimentel e Camilo Rebelo, do Porto. O museu construído é resultado do desenvolvimento da proposta vencedora: projecto do edifício e o projecto expositivo.
O edifício é constituído por quatro pisos, cobertura/Piso 2, Piso 1, Piso 0 e Piso-1, organizados por um sistema particular de circulações verticais e horizontais
A cobertura reúne circulações pedonais de acesso ao museu e faixas destinadas a estacionamento de veículos. Incorpora ainda áreas panorâmicas. Dois elevadores e uma escada criam a ligação direta ao átrio de entrada do museu.
O Piso 0, onde se situa a exposição permanente do museu e as salas de exposições temporárias, é estruturado pela rampa/corredor que percorre todo o corpo. “No fim do primeiro tramo desta rampa forma-se um nó de ligações”: para o interior do Museu, para a área administrativa, sede do Parque e Museu do Côa, para o piso inferior, onde se localiza o restaurante/cafetaria e o auditório.
A Arte Rupestre é a mais antiga memoria gráfica da Humanidade.
A energia criativa, a sua antiguidade e a inegável qualidade artística da arte Paleolítica do Côa substancia a sua importância em termos de património e o título de maior sítio de arte Paleolítica de ar livre do mundo.
No Museu do Vale do Côa, a ausência de uma quantidade significativa de espólio corpóreo original passível de se expor dentro do edifício do museu – à excepção de algumas peças selecionadas – evidencia os próprios sítios arqueológicos como verdadeiros objetos de referência material e remete para formatos e vocabulários expositivos recentes. O Museu do Vale do Côa não se enquadra numa museologia de colecções. A colecção está no exterior: o Vale do Côa.
A solução adoptada reflete, assumidamente, a alteração de função e motivação do uso das imagens das gravuras e sítios no Vale do Côa para um ambiente criado para novos suportes e leituras.
O Parque Arqueológico e Museu do Côa dispõe de:
– Auditório
– Loja
– Biblioteca especializada em arte rupestre cacifos para recolha de volumes de pequena dimensão ponto de informação para consulta aprofundada das temáticas expostas
– Cafetaria e restaurante (http://www.restaurantecoamuseu.com/)
– Sistema de áudio-guia (ainda não disponível)
– Visitas guiadas diárias à exposição em horário pré-definido
– Desfibrilhador cardíaco
– Cadeiras de rodas
– Centros de Recepção, nas aldeias de Castelo Melhor e Muxagata, de apoio às visitas aos núcleos de arte rupestre da Penascosa e Ribeira de Piscos.
Coordenadas GPS
Museu: N 41º 04’ 47.5’’ ; W 7º 06’ 44.4’’
Centro de Recepção de Castelo Melhor: N 41º 01’ 31.7’’ ; W 7º 04’ 00.2’’
Centro de Recepção de Muxagata: N 41º 02’ 11.6’’ ; W 7º 10’ 03.4’’
Vila Nova de Foz Côa localiza-se no Norte de Portugal, perto da fronteira com Espanha. O Museu do Côa situa-se a cerca de 2,5 kms do centro da cidade. Após a chegada a Vila Nova de Foz Côa, seguir as placas com indicação “Museu”.