Foi por entre colinas e vales, ora subindo, ora descendo, que percorremos os Passadiços dos Orvalho, uma das atrações da freguesia do Orvalho, no concelho de Oleiros, distrito de Castelo Branco.
Estes passadiços estão inseridos no PR3 GeoRota do Orvalho, o qual possui 9Km de extensão, mas não ocupam a totalidade do mesmo, estão instalados apenas, em alguns dos pontos mais emblemáticos da GeoRota do Orvalho, permitindo conhecer os geomonumentos classificados pela UNESCO, como a Cascata da Fraga de Água d´Alta e o Cabeço do Mosqueiro, para além das lindíssimas paisagens da Beira Baixa.
Para fazer os Passadiços do Orvalho, os quais estão divididos por diferentes secções, poder-se-á optar pelos seguintes pontos de partida, qualquer um deles acessível de carro:
– Junto ao acesso à Cascata da Fraga de Água d’Alta
– Junto ao Miradouro do Cabeço do Mosqueiro
– Junto à Estrada Nacional 112, no sopé do Miradouro do Mosqueiro
Pontos de Interesse
Miradouro da Cabeça do Mosqueiro
Miradouro localizado numa colina com alguma elevação, um geomonumento a 660 metros de altitude, de onde se usufrui de uma arrebatadora vista panorâmicas 360° sobre a Serra do Açor, Serra da Gardunha, Serra da Lousã, Serra da Estrela e Meandros do Rio Zêzere, nos quais se destacam algumas das Aldeias do Xisto desta região.
Para além do fabuloso miradouro, o local está apetrechado com infraestruturas para a realização de piqueniques e espaços para as crianças brincarem.
Cascata Fraga de Água d’Alta
Esta belíssima e bucólica cascata conta possui um surpreendente desnível de 50 metros vencidos por uma sucessão de três véus de água, o que faz dela a cascata mais alta da Beira Baixa.
A Cascata localiza-se perto do Orvalho, na ribeira de Água d’Alta, que nasce na Serra do Muradal. Pode ser observada de perto, acessível através dos Passadiços ou a partir do miradouro situado por cima da cascata, na Cabeça Murada.
A biodiversidade desta zona é assinalável, destacando-se os vestígios de Laurissilva que cobriram o sudoeste da Europa antes das glaciações e que, atualmente, apenas persistem em raros locais, como, por exemplo, o folhado e uma das maiores populações de azereiro que ainda restam no mundo.
A cascata pula para um lago de dimensões razoáveis onde, em dias mais quentes, um mergulho sabe sempre bem.
Informação útil
Distância: 1,6Km
Duração: cerca de 2h
Tipo de percurso: linear
Dificuldade Técnica: fácil
Local de Partida/Chegada: Placa Indicativa do geomonumento Fraga de Água d’Alta/ Miradouro do Mosqueiro
Quando Ir
Todas as estações são boas para fazer os passadiços, mas na nossa opinião, o verão é a melhor altura, por causa da cascata onde se pode mergulhar, contudo, e como os passadiços estão bastante expostos, pode ser mais complicado por causa do calor. Na primavera e no outono as temperaturas são mais agradáveis. No inverno, em dias de chuva ou nevoeiro não é aconselhável, porque retira visibilidade às vistas.
O que Levar
- Mochila leve com o necessário, nomeadamente, comida e bebida.
- Calçado adequado a caminhadas em montanha.
- Roupa adequada ao tempo. É a Serra da Estrela e, por conseguinte, o tempo poderá mudar rapidamente. Portanto, convém ir prevenido, tanto para o frio, como para o calor.
- Uma máquina fotográfica ou um smartphone para registar os locais.
- Um saco para trazer o lixo que, eventualmente, se faça.