Carla & Leonel

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Quinta da Regaleira – Sintra

 

#Continuando à procura de locais místicos no seio de uma luxuriante vegetação, estivemos na fantástica Quinta da Regaleira em Sintra, situada na encosta da serra e a pouca distância do centro da vila, estando classificado como Imóvel de Interesse Público desde 2002.

O Palácio da Regaleira é o edifício da Quinta da Regaleira. Também é designado Palácio do Monteiro dos Milhões, denominação associada à alcunha do seu primeiro proprietário foi António Augusto que foi distinguido pelo rei Dom Carlos I em 16 de agosto de 1904 como barão de Almeida.

 

António Augusto, pelo traço do arquitecto italiano Luigi Manini, dá à quinta de 4 hectares, o palácio, rodeado de magníficos jardins, lagos, grutas e construções enigmáticas, lugares estes que ocultam significados alquímicos, como os evocados pela Maçonaria, Templários e Rosa-cruz em comunhão com a  arquitetura românica, gótica, renascentista e manuelina.

A Quinta beneficia do micro-clima da serra de Sintra, que muito contribui para os luxuriantes jardins e os nevoeiros constantes, que adensam a sua aura de mistério.

A documentação histórica relativa à Quinta da Regaleira é escassa para os tempos anteriores à sua compra por Carvalho Monteiro. Sabe-se que, em 1697, José Leite era o proprietário de uma vasta propriedade nos arredores da vila de Sintra, que hoje integra a Quinta.

Francisco Albertino Guimarães de Castro comprou a propriedade (conhecida como Quinta da Torre ou do Castro em 1715), em hasta pública, e canalizou a água da serra a fim de alimentar uma fonte aí existente.

Em 1830, na posse de Manuel Bernardo, a Quinta toma a atual designação. Em 1840, a Quinta da Regaleira é adquirida pela filha de uma negociante do Porto, de apelido Allen, que mais tarde foi agraciada com o título de 1.ª Baronesa da regaleira ou a mais conhecida baronesa de Almeida. Data deste período a construção de uma casa de campo que é visível em algumas representações iconográficas de finais do século XIX.

A história da Regaleira atual começa em 1892, ano em que a propriedade foi adquirida pelo Dr. António Augusto de Carvalho Monteiro por 25 contos de réis ou 25.000$00. A maior parte da construção atual da quinta teve início em 1904 e terminou em 1910, ainda durante o período da monarquia, actualmente pertence à Câmara Municipal de Sintra.

          

Carvalho Monteiro tinha o desejo de construir um espaço grandioso, em que vivesse rodeado de todos os símbolos que espelhassem os seus interesses e ideologias.

O bosque, que ocupa a maior parte da Quinta, não está disposto ao acaso. Começa mais ordenado e cuidado na parte mais baixa da quinta, mas vai ficando mais selvagem em direcção ao topo. Este disposição reflecte a crença no primitivismo de Carvalho Monteiro.

O Patamar dos Deuses é composto por 9 estátuas dos deuses greco-romanos. A mitologia clássica foi uma das inspirações de Carvalho Monteiro para os jardins da Regaleira.

O Poço Iniciático é uma galeria subterrânea com uma escadaria em espiral, sustentada por colunas esculpidas, por onde se desce até ao fundo do poço. A escadaria é constituída por nove patamares separados por lanços de 15 degraus cada um, invocando referências à Divina Comédia de Dante e que podem representar os 9 círculos do inferno, do paraíso, ou do purgatório. No fundo do poço está embutida em mármore, uma rosa dos ventos (estrela de oito pontas: 4 maiores ou cardeais, 4 menores ou colaterais) sobre uma cruz templária, que é o emblema heráldico de Carvalho Monteiro e, simultaneamente, indicativo da Ordem Rosa-cruz.

          

O poço diz-se iniciático porque se acredita que era usado em rituais de iniciação à maçonaria e a explicação do simbolismo dos mesmos nove patamares diz-se que poderá ser encontrada na obra Conceito Rosacruz do Cosmos.

A simbologia do local está relacionada com a crença que a terra é o útero materno de onde provém a vida, mas também a sepultura para onde voltará. Muitos ritos de iniciação aludem a aspectos do nascimento e morte ligados à terra, ou renascimento. A existência de 23 nichos localizados por debaixo dos degraus do poço iniciático representava um dos muitos mistérios da referida construção.

          

O poço está ligado por várias galerias ou túneis a outros pontos da quinta, a Entrada dos Guardiães, o Lago da Cascata e o Poço Imperfeito. Estes túneis estão cobertos com pedra importada da orla marítima da região de Peniche, pedra que dá a sugestão de um mundo submerso.

A Capela da Santíssima Trindade, com a sua magnífica fachada que aposta no revivalismo gótico e manuelino, apresenta Santa Teresa d’Ávila e Santo António. No meio, a encimar a entrada está representado o Mistério da Anunciação – o anjo Gabriel desce à terra para dizer a Maria que ela vai ter um filho do Senhor – e Deus Pai entronizado.

No interior, no altar-mor vê-se Jesus depois de ressuscitar a coroar Maria. Do lado direito Santa Teresa e Santo António repetem-se, desta vez em painéis de mosaico. Do lado oposto um vitral com a representação do milagre de Nossa Senhora da Nazaré a D. Fuas Roupinho. No chão estão representados a Esfera Armilar ou Globo Celeste e a Cruz da Ordem de Cristo, rodeados de pentagramas (estrelas de cinco pontas).

          

A Torre da Regaleira foi construída para dar a quem a sobe a ilusão de se encontrar no eixo do mundo.

O edifício principal da quinta, o palácio, é marcado pela presença de uma torre octogonal. Toda a exuberante decoração esteve a cargo do escultor José da Fonseca.

          

O acesso à Quinta da Regaleira pode efetuar-se em várias modalidades de visita (ver condições de acesso). Este incluí a fruição dos jardins e dos vários núcleos museológicos que estiverem disponíveis, bem como a participação nas atividades lúdicas e culturais gratuitas que decorram nesse dia:

Na Modalidade Visita Livre, com a ajuda de um plano-guia, poderá descobrir os vários recantos nos seus mágicos jardins, os seus misteriosos percursos subterrâneos ou os vários edifícios e ambientes de exuberante arquitetura e enigmático simbolismo como o palácio, capela, torres e poços ou as demais dependências acessíveis a visita.

 

Criança até aos 5 anos  —  Gratuito
Jovem dos 6 aos 17 anos  —  4 €
Adulto dos 18 aos 64 anos  —  6 €
Sénior dos 65 aos 79 anos  —  4 €
Sénior a partir dos 80 anos  —  Gratuito
Deficiente acompanhado por 1 elemento (obrigatório)  —  Gratuito
Família – Até 2 gerações diretas com máximo de 6 participantes  —  18 €


Na Modalidade Visita Guiada para uma informação mais contextualizada, através de Reservas, pelo telefone 219 106 650, para informação sobre a disponibilidade de horários e idiomas.


Guia – Titulares de Carteira Profissional —  Gratuito
Professor – Titulares de comprovativo de profissão  —  4 €
Imprensa – Titulares de Carteira Profissional em funções —  Gratuito
Munícipe – Apenas aos domingos  —  Gratuito

Para grupos com mais de 6 elementos é obrigatória a utilização de rádio-guias (ver regulamento).

 

Outros Descontos:
Desconto 20% – Titulares do Lisboa Card Adultos
Desconto 20% – Titulares de Cartão Jovem com 18 anos ou mais

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Sobre

Olá, somos a Carla, o Leonel, a Sofia, a Francisca, e adorámos partir à descoberta do mundo juntos!

Aqui, partilhámos os vários destinos que já visitamos, os hotéis onde ficamos hospedados e os restaurantes que experimentámos. Queremos inspirar quem nos visita, a viajar e a experimentar, pois consideramos que a vida é uma soma de experiências e uma constante procura. Nesta procura, buscamos locais, espaços, gastronomia, cultura, pessoas e, acima de tudo, a felicidade que é poder conhecer, valorizar e preservar o mundo maravilhoso que temos.

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