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Carla & Leonel

Road Trip: Sul de França

A vida é feita de experiências fantásticas e locais fabulosos. Com este pensamento na mente, partimos no mês de agosto para mais uma Road Trip, desta vez pelo Sul de França, uma zona muito procurada pelos turistas no verão.

Dada a proximidade com a região, aproveitámos a oportunidade para visitar pela segunda vez a fantástica cidade de Barcelona, de onde partimos em mais uma aventura.

 

Dia 1 – Barcelona a Argelès-sur-mer

                    

         

É sempre muito bom voltar a Barcelona, há sempre imensas coisas para conhecer. Foi a nossa segunda vez na cidade e, como o tempo não era muito, decidimos visitar o Bairro Gótico, a La Rambla, o Mercado da Boqueria e a Praça da Catalunha. Não tínhamos tempo para mais, estava na hora de nos fazermos à estrada para o Sul de França.

Após passarmos a fronteira dirigimo-nos para a costa, em concreto para a estância balnear de Argelès-sur-Mer, muito próximo da cidade de Perpignan, zona que tem como pano de fundo o magnífico cenário dos Pirenéus Orientais.

A norte de Perpignan, as praias normalmente são mais largas, planas e muitas vezes propensas a vento. As praias Le Franqui e Le Barcares são populares para os surfistas e praticantes de kitesurf.

Argelès sur Mer, St Cyprien e Canet Plage, são estâncias balneares mais populares para as famílias. Na Cote Vermeille a água tende a ser mais clara.

Nós escolhemos Argelès sur Mer pela sua ampla baía com vista para os Pirenéus Orientais, uma das melhores praias da zona de Perpignan, com excelentes infraestruturas e uma grande área portuária. 

A tarde foi passada junto ao mar e na piscina do campismo, à noite passeámos pelas apinhadas ruas de gente, de comércio, bares e restaurantes.

O Camping Les Pins, um campismo de quatro estrelas fantástico, pertíssimo da praia, foi o eleito para pernoitar.

 

Dia 2 – Argelès-sur-Mer a Cap d´Agde

          

          

O dia começou cedo. Após tomarmos o pequeno-almoço, regressámos à estrada passando pelas estâncias balneares de St Cyprien, Canet Plage, Le Barcarès e Leucate. As paragens foram, essencialmente, para tirar algumas fotografias onde nos foi possível.

As Praias St Cyprien, nomeadamente, as seções Norte e Sul da praia são as melhores, pois tendem a ser mais silenciosas e a areia estende-se por largos quilómetros. A praia arenosa do Norte é a maior das três e a parte central da praia é o coração comercial de St Cyprien Plage com muitas lojas e restaurantes. Como toda a zona de Perpignan, estas praias, são bastante ventosas.

A praia de Canet em si não é particularmente interessante, mas a areia é boa e a praia é grande o suficientemente, no entanto, muito movimentada no verão.

A praia de Torreilles é uma praia com as dunas de alguma dimensão e vista para os Pirenéus.

Le Baracarès tem uma praia muito larga, com muitos bares, restaurantes e lojas nas proximidades, bem como atrações para as crianças.

Leucate Plage é uma praia grande, rodeada de casas e árvores.  Possui uma área de nudismo situada em direção ao quebra-mar rochoso e à praia principal, e uma outra muito popular para os surfistas.

Por alguns quilómetros, deixámos o mar e prosseguimos viagem passando por Narbona, que possui preciosidades de séculos passados, como a impressionante Cadetral de Saint Just e a Merchans Bridge, uma antiga travessia de comerciantes. Seguiu-se Béziers e depois Cap d´Agde, localidade conhecida pelo turismo naturista e prática de nudismo, o qual se pode fazer em todo o bairro residencial oriental. Esta localidade é também conhecida como a “capital” mundial do sexo, uma vez que é permitido sexo em público na comunidade naturista.

Em Cap d´Age ficámos no Camping Yelloh Village Mer et Soleil, um campismo de quatro estrelas muito bom, a cerca de 3km da praia.

O resto do dia foi passado na piscina do campismo e à noite jantámos na praia, e ainda fomos conhecer a marina de Cap d´Agde, local de grande animação com imensas lojas, bares e restaurantes.

 

Dia 3 – Cap d´Agde a La Ciotat

          

          

Mais uma vez o dia começou cedo. De volta à estrada, passámos pelo fabuloso Étang de Thau, um lago gigantesco, seguiu-se Sète, sempre junto à linha da costa, e outras praias que estavam no percurso. Seguimos por Montpellier, até à estância balnear de Palavas-les-Flots. 

Não tivemos oportunidade de conhecer, mas ouvimos dizer que Arles é uma cidade muito bonita como, o centro histórico (praça central, fonte de água, Igreja), e o Coliseu.

Continuámos por Martigues, passámos nos arredores de Marselha e terminámos o dia perto de La Ciotat, bem junto ao mar.

Nesta localidade tivemos alguma dificuldade em encontrar parque de campismo vago. Ficámos no Santa Gusta, um campismo de duas estrelas modesto, mas com uma vista soberba para o Mediterrâneo.

O que restou do dia, foi passado na praia de Sophie na localidade de Saint-Cyr-sur-Mer, uma localidade muito charmosa. A “Pequena” adorou só pelo nome, todavia, é uma praia acessível, com excelentes infraestruturas, vista soberbas, água fantástica e envolvência muito agradável.

Pela escassez de tempo também não conhecemos Marselha, uma das maiores cidades francesas, no qual o destaque vai para o Vieux Port de Marseille, o Palais du Pharo e a Catedral de la Major. Há ainda atrações históricas como o Forte Saint Jean, a Basílica Notre Dame de La Garde e as ruas charmosas do bairro mais antigo da cidade.

Uma sugestão, para quem tiver tempo, é uma visita ao Arquipélago Frioul. Situado a apenas 4 km de Marselha, o arquipélago é um conjunto de quatro belas ilhas rodeadas por águas cristalinas e famosas pelos seus calanques . Vale a pena apanhar um barco e fazer um passeio para explorar a Ilha Ratonneau e a Ilha de If, onde fica o famoso castelo do filme O Conde de Monte Cristo.

 

Dia 4 – La Ciotat até Saint Tropez

          

          

          

          

Chegou o tão aguardado dia de conhecer os Calanques de Cassis e Marselha, num passeio fabuloso a bordo de um barco com vista submarina, a partir de La Ciotat.

Os Calanques são acidentes geográficos encontrados no mar Mediterrâneo, em forma de baía ou enseada, envoltos em altas escarpas de calcário, uma espécies de fiordes, penhascos ou grandes cânions que se abrem para trechos de mar cristalino de cor azulada. São impressionantes.

Os Calanques de Marselha e Cassis podem ser exploradas por terra ou pelo mar, e que garantem pontos de vista diferentes. Os acessos podem ser feitos por Marselha ou por Cassis, e caso se opte por mar também poderá fazê-lo a partir de La Ciotat, tal como nós fizemos.

Para quem escolher visitar por terra a partir de Cassis, deverá dirigir-se para o estacionamento Presqu’île, que fica perto do início do trilho e estacionar aí o carro. Ter em atenção que as entradas no parque no verão, só são permitidas até às 11h e para uma vista deslumbrante dos Calanques, aconselhámos fazê-lo de manhã, altura em que o sol incide os seus raios com maior formosura na água conferindo-lhe um azul turquesa impressionante.

Por mar, existem 4 opções de passeios de barco a partir de Cassis:

– 3 Calanques (45mn): Port de Cassis; Port-Miou; Port Pin; En Vau.
– 5 Calanques (65mn) Port de Cassis; Port-Miou; Port Pin; En Vau; L’Oule; Devenson.
– 8 Calanques (1h30) Port de Cassis; Port-Miou; Port Pin; En Vau; L’Oule; Devenson; L’Oeil de Verre; Sugiton; Morgiou.
– 9 Calanques (1h50) Port de Cassis; Port-Miou; Port Pin; En Vau; L’Oule; Devenson; L’Oeil de Verre; Sugiton; Morgiou; Sormiou.

Para mais informações e preços, consultar: Les Calanques em Bateau

Depois de sairmos do porto de La Ciotat, o primeiro Calanque que conhecemos foi o de Figuerrolles. Seguiu-se uma magnífica visão da baía de Cassis, depois o Calanque de Port-Miou, este calanque não tem praia e o acesso é apenas para barcos. De seguida, o Calanque Port Pin que possui uma praia fabulosa de areia e pedras com um mar azul estonteante. Em pouco tempo, avistámos Calanque d’En Vau, um daqueles locais que nos deixam sem palavras, uma praia encaixada numa falésia enorme e banhada por um mar azul deslumbrante. Seguiram-se ainda os Calanques de Sugiton, Morgiou e Sormiou.

Quem quiser ter mais liberdade, é possível alugar um pequeno barco a motor. O serviço da empresa J.C.F Boat Services, é uma boa escolha.

No final do passeio, voltámos à estrada e seguimos viagem por Toulon e Hyéres. Deixámos também como sugestão, uma visita a Porquerolles (ilha Hyéres), uma ilha fantástica com somente 200 habitantes e 7km de comprimento. Para lá chegar é necessário apanhar um barco em Toulon.

A partir de Le Levandou a estrada faz-se, como gostámos, junto ao mar. Passámos em locais lindíssimos como Saint-Clair em Le-Lavandou, uma das praias mais bonitas da região com uma faixa de areia extensa, água calminha e azul turquesa, alguns restaurantes na areia e estacionamento fácil. Também a praia de L´Estagnol é uma praia a considerar, uma vez que se encontra bem preservada e escondida.

Até que, no seio de uma luxuriante vegetação, chegámos a Saint Tropez, conhecida estância balnear, famosa pelo glamour e por ser frequentada pelo jet set internacional, desde jogadores de futebol, atores, modelos, passando pelos políticos, etc.

Aqui escolhemos o Camping Yellhoh Village Les Tournels, um campismo de cinco estrelas maravilhoso, ou não estivéssemos em Saint Tropez. Com infraestruturas de excelência onde nada falta, desde piscinas com escorregas, spa, área infantil, bares, restaurante, padaria, cinema ao ar livre, anfiteatro ao ar livre, animação constante e mais muito mais. Já para não falar da zona onde o parque está situado, envolto em vinhas fabulosas e matas extraordinárias de pinheiros mansos.

O resto do dia, como não podia deixar de ser, foi passado a usufruir das magníficas instalações do parque.

À noite fomos conhecer a movida de Saint Tropez. Ficámos boquiabertos com tanto luxo, glamour e requinte que se respira em todas as ruas mas, principalmente, na zona mais velha da cidade, junto à marina onde estão atracados os sumptuosos iates. Um mundo à parte, para nós comuns mortais!

Aproveitámos para percorrer algumas das fantásticas ruas da cidade, apreciámos a grande agitação das mesmas, observámos as lojas das marcas mais caras do mundo e maravilhámo-nos com praticamente tudo. Provamos ainda a famosa Tarte Tropézienne, muito boa, levezinha e perfeita para o verão.

Gostámos tanto de Saint Tropez, que em vez de uma noite, como inicialmente tínhamos pensado, resolvemos ficar outra. Assim, e como o nosso objetivo era chegar ao Mónaco, decidimos que no dia seguinte iriamos direto para o Mónaco e daí fazer em sentido contrário até Saint Tropez, para desfrutarmos de mais uma estadia.

 

Dia 5 – Mónaco a Nice (regresso a Saint Tropez)

          

          

          

Mais uma vez o dia começou cedo, um pouco por causa das enormes filas de trânsito, então é necessário sair cedo. Para chegarmos o mais rápido possível ao Mónaco optámos pela auto estrada.

Já no Mónaco, que fica incrivelmente situado numa montanha vertiginosa junto ao mar, fizemos o trajeto da Fórmula 1 pela cidade, passámos pelo famoso Casino de Monte Carlo e percorremos algumas ruas mais icónicas.

Daqui, seguimos para Èze, um vilarejo medieval com menos de 3 mil habitantes, com ruelas inundadas por galerias de arte, lojinhas e cafés, que rodeiam as ruínas do castelo e da igreja.

No cimo da colina fica o Jardin Exotique d’Èze (Jardim Exótico de Èze). A entrada custa 6€, a vista é absolutamente maravilhosa. O jardim tem pequenas cascatas de água, uma gruta, muitas plantas, diversas esculturas e áreas temáticas.

De volta à estrada, recomendámos a que segue junto ao mar, a  M6098 (Route du Bord de Mer), pelas suas vistas memoráveis, a Moyenne Corniche, considerada uma das estradas mais lindas do mundo, com vistas indescritíveis sobre a Costa Mediterrânea. Até Nice, são cerca de 21km arrebatadores passando por Éze-sur- Mer, Saint Jean Cap Ferrat e Villefranche-sur-Mer.

A península de Cap Ferrat é o local de algumas das mais luxuosas residências da Côte d’Azur e uma das mais exclusivas. Pinheiros imponentes e muros altíssimos guardam as famosas villas. No entanto, há uma que se pode e se deve visitar, a riquíssima Villa Ephrussi de Rothschild, um dos lugares mais bonitos de Cap Ferrat.

Com os seus 9 jardins temáticos, este belo palácio em estilo veneziano foi construído durante a Belle Époque. No final de tarde, o cenário ganha uma beleza ainda maior, quando a mansão fica iluminada e as fontes musicais do Jardin à la Française bailam com as quatro estações de Vivaldi.

A Villa está aberta 365 dias do ano. De julho e agosto, das 10h às 19h, de novembro a janeiro, de segunda à sexta das 14h às 18h, fins de semana e feriados das 10h às 18h. No resto do ano, das 10h às 18h.

O bilhete Geral custa 14€, dos 7 aos 17 anos custa 11€, menores de 7 anos de idade, a entrada é gratuita.

Mais Informações >

 

Em Cap Ferrat  há ainda para conhecer a praia Paloma, que recebeu o nome de Paloma Picasso, pois era neste pequeno e escondido paraíso que o pintor Picasso costumava passar férias.  Cap Ferrat foi um dos sítios que mais gostámos na Côte d´Azur.

Seguimos viagem por Villefranche-sur-Mer, uma pequena vila de pescadores com muitos encantos, para além da sua praia com águas cristalinas e dos navios de cruzeiros que se avistam na bonita baía. Há a Chapelle Saint-Pierre pintada pelo Jean Cocteau, a Fortaleza Citadelle Saint-Elme e a Marinha da cidade, para visitar.

As duas praias públicas da cidade são a Plage des Marinières e a Plage de la Darse. A Praia de Mariniere está dentro da cidade e é de areia fina e branca.

Continuando a viagem, chegámos a Nice. A cidade conta com o belo e extenso calçadão, o conhecido Promenade des Anglais. O clima ensolarado todo o ano, as praias de águas cristalinas, os belíssimos prédios coloridos no estilo Art Nouveau são alguns pontos de destaque na cidade.

É obrigatório tirar uma foto com o Hotel Negresco ao fundo, o hotel é um ícone na cidade, e foi construído em 1912.

O centro antigo é chamado de Vieux Nice, local ideal para fazer compras e comer uma salada niçoise. Esta salada com origem na ciadade é composta por alface, ovos, atum, azeitonas e outros.

A Place Messena é uma das mais originais do país, com piso quadriculado e esculturas do artista catalão Jaume Plensa posicionadas sobre pedestais altíssimos. A praça é o ponto de partida para explorar o centro e caminhar pelo parque que cobre o leito do rio Paillon, passando pelo grande Teatro Nacional e pelo Museu de História Natural.

Há algumas opções de museus, como o de Matisse no bairro Cimiez. Na envolvência da Catedral da Notre Dame de Nice, há diversos restaurantes e lojas interessantes.

No final do dia regressámos a Saint Tropez para desfrutar um pouco mais daquela que foi a nossa zona preferida na Côte d´Azur.

 

Dia 6 – Saint Tropez, Cannes até Castellane (Gorges du Verdon)

          

          

          

          

          

Saímos de Saint Tropez cedo em direção a Cannes, passando por Grimaud, Sait Maxime, localidade que também apreciamos bastante, seguindo-se Fréjus, Saint Rafael, entre outras.

Cannes é uma cidade muito semelhante a Nice. Grande agitação de pessoas, boas praias, lojas caras, iates e o mítico Festival de Cinema de Cannes.

Em Cannes, passeamos pela famosa avenida Promenade de la Croisette, junto à marina e pela rua das compras, a Rue d’Antibes. No calçadão Boulevard de la Croix, estão os incríveis hotéis, casinos, lojas de alta-costura e os beach clubs.

Caminhamos sobre o tapete vermelho do Palais des Festival set de Congrès, onde anualmente decorre o festival, pois fica estendido durante todo o ano. Local muito concorrido para a fotografia da praxe.

Para quem procura uma vista panorâmica, o Le Suquet, um antigo bairro da cidade que compreende a Torre do Relógio e a Église Notre-Dame d’Espérance, é a escolha acertada. Do pátio da igreja é possível admirar todo o litoral e a cidade. 

Tinha chegado o momento de deixar a Côte d´Azur e rumar em direção ao interior de França, em concreto para o Parque Natural Gorges du Verdon.

Pelo caminho passámos por Grasse, cidade capital mundial da perfumaria, responsável por 50% do fabrico de perfumes na França. Uma curiosidade: O perfume Chanel n° 5 foi criado aqui a partir da essência de uma rosa que só existe nesta região.

As principais atrações da cidade são as visitas às usinas e museus das casas de perfume: Parfumerie Fragonard, Parfumerie Galimard e Parfumerie Molinard, onde é possível entender um pouco mais sobre a história e evolução dos perfumes, conhecer os laboratórios onde são fabricados e até mesmo criar a própria fragrância.

Por entre montanhas e vales lindíssimos chegamos a Castellane, um vilarejo encantador que serve de base para explorar a região du Verdon.

Castellane é uma cidade histórica encantadora localizada entre montanhas muito próxima das Gargantas du Verdon, com ruelas cheias de lojas, restaurantes e gelatarias.

Aqui, escolhemos o Camping Sandaya Domaine du Verdon, um campismo de quatro estrelas encaixado no sopé da montanha, tranquilo e muito agradável.

À noite, passeámos pelas ruas da bucólica localidade, espreitamos as lojinhas e jantámos num dos muitos restaurantes.

 

Dia 7 – Castellane (Gorges du Verdon) até Andorra

          

          

          

          

          

          

          

          

Tinha chegado o dia que tanto ansiávamos. Queríamos muito explorar aquele que é conhecido como um dos mais profundos desfiladeiros da Europa, o Gorge du Verdon.

Os desfiladeiros du Verdon, ou “Gorge du Verdon” foram escavados ao logo de 21km pelo rio Verdon. Em certos pontos o desfiladeiro chega a ter mais de 800m de profundidade. É por isso muitas vezes apelidado de “Grand Canyon” Europeu.

A ação da água do rio Verdon, durante mais de 25 milhões de anos, sobre as rochas de calcário daquela região originou grutas, túneis e o desfiladeiro que termina no lago artificial de Sainte-Croix.

As gargantas ficam entre Aix-en-Provence e Nice, e as povoações base para uma partir à descoberta são, para além, de Castellene, Moustiers-Sainte-Marie, Trigance ou Palud-sur-Verdon.

Saímos de Castellane pela Route D952, e escolhemos a margem direita do rio Verdon. Também é possível fazê-lo pela margem esquerda, a partir de Auguines/ Trigance

Ao longo do trajeto fomos parando nos principais pontos de interesse, nomeadamente, os miradouros. O miradouro do “Point Sublime”, é um dos mais belos locais do desfiladeiro, mas há mais, muito mais, principalmente no decorrer da Route de Crêtes, a D23, uma estrada circular sinuosa que oferece belíssimas vistas panorâmicas únicas.

De volta à D952, passámos por La Palud-sur-Verdon e daqui seguimos para o lago Saint Croix, um lago artificial muito azul, e quando dizemos muito azul é mesmo assim.

Quando chegamos ao lago, fizemos um passeio num barco a pedais pelo lago e pelo rio. Pelo meio, desfrutamos ainda de uns belos mergulhos na água clara e quente do Verdon. Existem várias empresas de aluguer de barcos no local, e no geral os preços são os mesmos nas diferentes empresas, escolhemos em função de disponibilidade e pagámos 40€ por um período de 2h.

Depois de umas horas de pura diversão, fomos conhecer Moustiers-Sainte-Marie, outro vilarejo impressionante, localizado a cerca de 10km do lago. Um local histórico de paragem obrigatória para conhecer as pitorescas ruas, onde se encontram as lojas de produtos feitos à base de lavanda, as igrejas, os restaurantes e as gelatarias.

A viagem à região da Provence não fica completa, sem antes provar as especialidades da cozinha provençal, como a torrada de tapioca, o molho aioli acompanhado por ratatouille, acompanhados de uma taça de vinho Côte de Provence, de preferência rosé.

Após termos deixado o Gorges du Verdon e o lago nas nossas memórias, partimos em direção a outras paisagens. Em breve iríamos conhecer os famosos campos de lavanda da Provence.

O planalto de Valensole ofusca qualquer um pela variedade de cores que apresenta ao longo das estações. As montanhas nevadas dos Alpes dão lugar aos muitos tons de malva do mês de julho. Com mais de 800km² dedicados ao cultivo de lavanda e cereais, estas incríveis paisagens tornaram Valensole famoso. Ao longo do percurso fomos parando em vários campos para apreciar a beleza dos mesmos. Aqui fechamos os olhos e deixamo-nos transportar por cheiros únicos.

De seguida passámos por Aix-en-Provenceprincipal cidade da região da Provence, cidade medieval, com muitas ruas charmosas, lojas, restaurantes, igrejas e praças.

Tinha chegado a hora de deixar a Provence nos nossos corações e partir em direção a Andorra. Pelo meio, fizemos uma paragem curta em Carcassonne para conhecer um pouco de uma cidade que parece ter saído dos livros de contos de fadas. Dizem que a cidade serviu de inspiração para a construção do castelo da Bela Adormecida. São 52 torres e mais de 3Km de muralha dupla que impressiona qualquer um. O belíssimo vilarejo teve a sua origem como aldeia celta, tendo-se transformado numa linda cidade medieval, hoje declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO.

No verão acontecem torneios de cavaleiros entre as suas belas muralhas, uma atração imperdível que leva os visitantes a mergulharem numa autêntica experiência medieval. À noite, a iluminação cénica deixa a parte fortificada da cidade ainda mais deslumbrante.

Chegámos a Andorra já muito tarde. Escolhemos um simpático hotel para pernoitar. Fizemos uma refeição leve e fomos descansar.

 

Dia 8 – Andorra

      

          

O último dia foi dedicado a conhecer uma região que há muito queríamos descobrir. Pois para além de ficar nas fabulosas montanhas dos Pirenéus, também é bastante conhecida, pelos preços simpáticos que pratica, o que não corresponde de todo à verdade. Bem, os preços são um pouco mais baixos do que os que se praticam em Portugal, no entanto, a diferença é irrelevante. 

Começamos o dia em Pas de la Casa, famosa e conhecida estância de Sky, seguiram-se os vilarejos de montanha e por fim Andorra-a-Velha, uma cidade grande, perfeitamente encaixada num profundo vale dos Pirenéus.

Passeámos pelas movimentadas ruas da cidade e, como não podia deixar de ser, também fizemos algumas compras.

Até que chegou a hora de regressar a “casa”, espaço físico onde temos os nossos pertences, pois cada vez mais sentimos que a nossa “casa” é o Mundo!!!

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Sobre

Olá, somos a Carla, o Leonel, a Sofia, a Francisca, e adorámos partir à descoberta do mundo juntos!

Aqui, partilhámos os vários destinos que já visitamos, os hotéis onde ficamos hospedados e os restaurantes que experimentámos. Queremos inspirar quem nos visita, a viajar e a experimentar, pois consideramos que a vida é uma soma de experiências e uma constante procura. Nesta procura, buscamos locais, espaços, gastronomia, cultura, pessoas e, acima de tudo, a felicidade que é poder conhecer, valorizar e preservar o mundo maravilhoso que temos.

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