Viajar para cenários encantados, daqueles que parecem ter saído dos contos de fadas, com princesas e castelos à mistura, também preenchem o imaginário de qualquer viajante.
Foi com esta ideia em mente que, numa sexta-feira, já ao anoitecer, chegamos a um dos países sobre o qual tínhamos ouvido histórias de encantar, um dos países mais pequenos do mundo. Pequeno em tamanho, mas grande em beleza, civismo e acolhimento.
Considerado um Grão-Ducado, o Luxemburgo, por ser um país pequeno, torna fácil explorar as suas principais atrações. Quase todas localizam-se na capital, que tem o mesmo nome do país, a Cidade do Luxemburgo. Contudo, não ficámos por aqui e fomos à descoberta do país. Como é bom sentir os cheiros e os sons de um país novo!
Dia 1 – Cidade do Luxemburgo
Com os raios de sol a penetrarem o nosso quarto de hotel, levantámo-nos, entusiasmados, para conhecer a cidade do Luxemburgo.
Apanhámos o tram e fomos em direção ao centro histórico, que figura na lista Patrimónios da Unesco. A primeira impressão que tivemos foi de agrado, pela limpeza, organização e civismos dos luxemburgueses, ao que se acrescenta a gratuidade dos transportes públicos e os preços acessíveis. Numa panóplia de lugares a descobrir, enumeramos alguns a não perder:
Corniche
A região conhecida como Corniche, na verdade, chama-se Chenin de la Corniche e é considerada a “varanda” da cidade, pela vista maravilhosa que oferece, nomeadamente, para a baixa, junto ao rio.
Palácio Ducal
Trata-se da residência oficial da família real, construída entre 1572 e 1574, sede oficial do estado. A sua arquitetura é de estilo hispano-mauresco.
No final do dia é possível assistir ao render da guarda e, no verão, é possível fazer uma visita guiada com duração de 45 minutos. Para se conseguir um lugar no grupo de 40 visitantes, é preciso ir até o Escritório de Turismo e reservar com alguma antecedência.
Morada: 17 Rue du Marché-aux-Herbes
Catedral de Notre Dame
A catedral foi construída entre 1613 e 1621 com o objetivo de ser uma igreja para o colégio jesuíta. A sua arquitetura é uma mistura de estilo barroco com renascentista com alguns elementos góticos.
Cinquenta anos após o início da construção, a Igreja recebeu o título de Sagrado de Notre Dame. Em 1879, o Papa Pio IX eleva-a a Catedral.
Notre Dame foi esculpida de maneira exuberante. Possui colunas decoradas com arabescos, lindíssimos vitrais dos séculos XIX e XX, e um confessionário neogótico.
A Catedral abriga, ainda, a cripta onde repousa o Rei da Boêmia e o Conde do Luxemburgo, Jean l’Aveugle.
Morada: Rue Notre Dame
Horário: Diariamente, das 10h às 12h e das 14h às 17h30
Ingresso: Gratuito
Casamatas de Bock e Pétrusse
Consideradas Património Mundial da Unesco, as Casamatas são antigos túneis esculpidos na rocha com o objetivo de servir de fortificação para a cidade. Trata-se de uma fortificação subterrânea que remonta ao ano de 1644 e que, durante a Segunda Guerra Mundial, chegou a servir de abrigo para a população.
A visita ao local inclui labirínticas galerias subterrâneas esculpidas nas rochas, únicas no mundo, que podem chegar aos 23 km e 40 metros de profundidade. Contudo, não nos foi possível visitar porque na data da nossa viagem (março de 2022) estavam encerradas para restauro.
Morada: Place de la Constitution
Horário: Diariamente. De abril a setembro, das 10h às 20h30. Outubro a março, das 10h às 17h
Ingresso: 6 € para adultos
Museu Natural de História Natural do Luxemburgo
Este museu é constituído por oito secções científicas diferentes: botânica, geologia, paleontologia, entre outros. O espaço está muito bem organizado e é muito atrativo, quer pelo acervo exposto, quer pela riqueza do mesmo. O museu também disponibiliza alguns programas educativos.
Morada: Rua Munster, Grund
Horário: Diariamente, das 10h às 18h
Ingresso: 5€
Ponte Adolfo
A Ponte Adolfo foi construída em 1903 e simboliza a independência de Luxemburgo.
Localizada sobre o Vale da Pétrusse, liga a cidade alta à região da estação ferroviária. A ponte foi feita em pedra talhada, com dois arcos gémeos, servindo inicialmente como linha ferroviária. Atualmente, a ponte serve ciclistas e pedestres e proporciona uma vista deslumbrante sobre o Vale da Pétrusse.
Vale da Pétrusse
O Vale da Pétrusse está localizado por baixo da Ponte Adolfo. Trata-se de uma bonita zona ajardinada que oferece agradáveis caminhadas, local ideal, também, para piqueniques.
O acesso ao Vale é feito através de uma grande escadaria, ou pelo elevador du Saint Espirit, que fica próximo à Cité de Justice, localizada no Plateau du Saint Espirit.
Igreja de Saint Michel
É a mais antiga igreja da cidade, construída em 987, inicialmente como uma capela. Após algumas reformas e reconstruções, a igreja assume um estilo barroco e gótico.
Morada: Rue Sigefroi
Horário: Diariamente, das 9h às 17h
Le Grund
Conhecido pela vida noturna e bons restaurantes, Le Grund é um bairro muito pitoresco e ao mesmo tempo boémio.
Fica localizado na parte baixa da cidade, funciona como uma espécie de fuga urbana, onde artistas, moradores e visitantes procuram sossego. Contudo, à noite, enche-se de ritmo e desassossego, com muitos bares, música ao vivo e gente por todo o lado.
Praça das Armas
É uma praça repleta de restaurantes, cafés, esplanadas e pessoas. É aqui que se situam o Palácio Municipal e o monumento Dicks-Lentz, que homenageia os dois poetas responsáveis pela criação do hino nacional.
A Praça foi concluída em 1671, e as tropas francesas de Luís XIV plantaram uma tília, pavimentaram o espaço usaram o espaço como local de armas.
Dia 2 – Cidade do Luxemburgo / Viagem de Comboio de Luxemburgo a Wasserbillig
No segundo dia, mais uma vez, levantámo-nos cedo e em menos de nada, já caminhávamos em direção aos locais que sabíamos querer conhecer:
Museu de Arte Moderna Grão-Duque Jean (Mudam)
Projetado pelo arquiteto Ieoh Ming-Pei, que criou a famosa pirâmide de vidro do Museu do Louvre, em Paris, o Mudam de Luxemburgo é o único museu de arte contemporânea do país, cuja particularidade é a liberdade que os artistas têm para criar as suas obras para as exposições. No local existem amostras com 700 obras de artistas do Luxemburgo e de todo o mundo, nomeadamente, de Daniel Buren, Andy Warhol, Julian Schnabel e muitos outros
O museu foi inaugurado em 2006 por de Grand-Duc Jean e disponibiliza, ainda, diversas atividades, tanto para os mais novos, como para os adultos e, até, para famílias. As Mais Pequenas experimentaram um atelier de construções em papel.
Morada: 3, Park Dräi Eechelen
Horário: quinta a domingo, das 10h às 18h. Quartas, das 10h às 23h.
Ingresso: 7 € para adultos
Viagem de Comboio desde a capital até Wasserbillig
O dia estava um pouco chuvoso, aproveitando a gratuitidade dos transportes, decidimos fazer uma pequena viagem de comboio desde a capital até Wasserbillig, A cidade fica localizada a cerca de 30 km a nordeste da cidade do Luxemburg. A zona é conhecida pelos trilhos florestais, pelas ciclovias e pelas barcaças e navios de cruzeiro que permitem admirar o vale a partir do rio.
Outros pontos de interesse são o Aquário de Wasserbillig, o centro de interpretação do vinho Moselle e as zonas Natura 2000, o centro de desportos aquáticos junto ao porto fluvial de Mertert e o esplêndido altar do século XVII na igreja barroca.
Museu Nacional de História e Arte
Este museu abriga exibições temporárias e fixas. O seu acervo conta artefactos de arqueologia, pinturas, esculturas, fotografias de vários períodos da Europa, espalhados ao longo de sete pisos, dos quais alguns subterrâneos.
Morada: Marché-aux-Poissons
Horário: De sexta a quarta, das 10h às 18h. Quinta, das 10h às 20h. Fechado à segunda.
Ingresso: 7 € para adultos para as exposições temporárias (as exposições permanentes são gratuitas)
Dia 3 – Luxemburgo / Rota do Vale dos Sete Castelos/ La Rochete/ Vianden
Rodeado pela Alemanha, França e Bélgica, o pequeno Luxemburgo, situado no coração da Europa, possui antigos e majestosos castelos medievais, vales que produzem excelentes vinhos, bosques encantadores e vilarejos deslumbrantes.
Foi com a expectativa elevada que encaramos o nosso último dia no Luxemburgo. Bem cedo, entramos no carro que alugámos e fizemo-nos à estrada. Como adoramos percorrer um país de carro, parando aqui e ali!
O Luxemburgo é um autêntico destino de conto de fadas, pois possui mais de 50 castelos, fortificações e aldeias pitorescas. Nós iniciámos a viagem percorrendo a Rota do Vale dos Sete Castelos, a qual inclui 7 castelos, na seguinte ordem: Castelo Koerich, Castelo Septfontaines, Castelo Ansembourg, Novo, Castelo Ansenbourg Antigo, Castelo Hollenfels, Castelo Schoenfels e Castelo de Mersch.
Convém, ainda, referir que nem todos os castelos podem ser visitados, alguns requerem marcação prévia e outros permitem, apenas, uma visita aos jardins. Seja como for, a viagem é compensadora, nem que seja, apenas, para contemplar a beleza exterior das construções, bem como a envolvente paisagística.
Castelo de Koerich
Em estilo românico, este castelo encontra-se em ruínas. A sua construção começou no final do século XII e início do século XIII, e após a segunda metade do século XVIII, quando o castelo já não era habitado, a falta de manutenção conduziu à sua degradação.
Ingresso: Propriedade do Estado, com entrada gratuita
Castelo de Septfontaines
O Castelo de Septfontaines remonta ao século XII, no entanto, um incêndio em 1779 causou a sua destruição.
Ingresso: Propriedade privada, sem entrada para o castelo
Castelo Velho de Ansembourg
O Castelo Velho, que remonta ao século XI, é uma propriedade privada, residência atual do Conde de Ansembourg. O castelo, apenas, é visitável para quem se hospedar no Boutique Hotel do Castelo Novo de Ansembourg, que se localiza nas proximidades.
Castelo Novo de Ansembourg
Thomas Bidart começou a construção deste castelo em 1639, o qual tem vindo, gradualmente, a ser ampliado pelos seus descendentes. Os lindíssimos jardins barrocos foram construídos entre 1730 e 1750. Atualmente, os 3,5 hectares de jardins estão a ser restaurados de acordo com os planos elaborados por um historiador do Grão-Ducado.
Ingresso: Propriedade privada, sem entrada para o castelo. É possível visitar os jardins
Castelo de Hollenfels
Este castelo ergue-se, majestosamente, acima do rio Eisch. Remonta ao século XI e, atualmente, serve de instalações educativas para jovens, conhecidas como Centro de Juventude Ecológica, no qual se lecionam cursos sobre ecologia para grupos e aulas em parceria com o albergue que existe junto ao castelo.
Ingresso: Para reservar uma visita guiada, ligar para +352 30 70 37 ou enviar um email
Castelo de Schoenfels
Este castelo tem uma história que remonta ao século XII. Acredita-se que foi construído em 1292 por Friedrich de Schonevels, posteriormente pertenceu às famílias de Ansembourg e de Sanem, por casamento.
Em 1683, as defesas do castelo foram destruídas pelos franceses, e depois de uma disputa entre Theodor von Neunheuser e o Lorde de Brandenbourg, em 1690, o castelo e a aldeia foram incendiados. Mais tarde, em 1813, o castelo foi vendido a Jean-Baptiste Thorn-Suttor, governador da província de Luxemburgo durante o período belga (1831-1839). Depois de ser vendido ao senador belga Jacques Engler em 1840, foi comprado por Camille Weiss em 1948 e, por último, vendido ao Estado de Luxemburgo em 1971.
Ingresso: Propriedade do Estado, sem entrada para o castelo até que as obras de restauração estejam concluídas
Castelo de Mersch
Construído no século XIII por Theodoric, um cavaleiro a serviço da Condessa Ermesinde de Luxemburgo, o castelo foi, posteriormente, incendiado pelos Burgúndios. Em 1574, foi transformado num castelo em estilo renascentista por Paul von der Veltz, mas foi novamente destruído em 1603 pelos holandeses.
Foi mais uma vez restaurado em 1700 depois de ter ficado num estado lastimável em 1635 durante a Guerra dos Trinta Anos. Esta restauração foi feita por Johann-Friedrich von Elter, que reconstruiu o portão e a capela. Em 1898 e 1930 foi vendido e restaurado, e a partir de 1957 o município de Mersch adquiriu o edifício, mas vendeu-o ao Estado de Luxemburgo em 1960. O município voltou a recuperá-lo em 1988 para instalar alguns dos seus serviços administrativos.
Ingresso: Propriedade do Município, com entrada gratuita, apenas para visitar o exterior
La Rochette e o seu Castelo
A localidade conhecida como “a aldeia mais portuguesa do Luxemburgo”. Por aqui vivem mais portugueses do que luxemburgueses, é uma pitoresca cidade situada num vale rochoso estreito e cercada por bosques.
Larochette é dominada por dois antigos castelos do século XII, parcialmente reconstruídos. As primeiras construções no local datam do século XI e estão situadas num promontório de arenito luxemburguês e dominam o vale do Ernz Blanche, um afluente do Sûre, por cerca de 50 metros. Um incêndio em 1565 reduziu todos os edifícios do local a ruínas. A casa em Créhange foi a única restaurada de forma mais consistente durante os anos 80.
O edifício principal é cercado por um muro parcialmente destruído. Uma vala profunda divide o castelo em duas partes. No extremo do promontório, os restos de várias casas senhoriais atestam a alta qualidade da arquitetura e o seu estilo bastante pomposo.
O espaço recebe, ainda, exposições temporárias de arte e concertos ocasionais. Para além da vista fantástica que proporciona, trata-se de um local muito interessante, do ponto de vista histórico e arquitetónico.
Ingresso: 16€ (dois adultos e duas crianças)
A Pequena Suíça do Luxemburgo
Conhecida como a “Pequena Suíça do Luxemburgo”, nós não o consideramos, trata-se de uma região que fica a leste de Mullerthal e deve o seu nome à paisagem montanhosa que lembra muito a Suíça. Próxima da fronteira com a Alemanha, a capital de Mullerthal é Echternach, a cidade mais antiga do país, que ganhou fama e reputação internacional, em 2010, quando a sua tradicional Procissão foi declarada Património Imaterial da UNESCO.
Todos os anos, na terça-feira de Pentecostes a Procissão Lechternacher Sprangprëssioun ocorre no centro da cidade medieval de Echternach. Documentada desde o ano 1100, foi criada em honra a São Willibrord, um monge e fundador da Abadia de Echternach, reverenciado pelas suas atividades missionárias, pela sua bondade e pelo dom de curar certas doenças.
O Festival de Música Echternach é outro dos grandes destaques da cidade. Acontece todos os meses de maio e junho e apresenta espetáculos de música medieval, jazz e música clássica. Outros pontos de interesse são a Villa Romana, a Abadia Beneditina de Saint Willibrord e o Centro Cultural de Trifolion. Para quem gosta de caminhadas na Natureza, o Caminho de Mullerthal, são 112 km de trilhos através de vales, florestas e campos, num cenário natural deslumbrante e uma paisagem rochosa sem igual.
Vianden e o seu Castelo
A encantadora cidade de Vianden está localizada na fronteira do Luxemburgo com a Alemanha, a cerca de 50Km da capital.
A principal atração de Vianden é o Castelo com o mesmo nome, no entanto, a cidade também merece uma visita. É muito tranquila e possui influência alemã, com ruas estreitas, janelas com floreiras, lojinhas, hotéis e restaurantes com sobrenomes de origem germânica. Outras atrações da cidade são o teleférico que leva os visitantes até o topo da montanha e o museu do escritor Victor Hugo.
O Castelo de Vianden é Património Mundial da Unesco. Foi construído sobre as fundações de uma fortaleza romana, e é considerado uma das maiores e mais majestosas mansões feudais datadas dos períodos românico e gótico na Europa.
Construído, portanto, no topo de uma fortificação romana por volta do século XI, foi, por muito tempo, a residência da família do grão-ducal, antes de passar a propriedade do Estado em 1977.
Hoje, o Castelo Vianden possui um centro de visitantes moderno e interativo e é uma das atrações mais visitadas de Luxemburgo. Tanto o exterior como o interior estão, magnificamente, preservados e inclui muitas das peças originais da mansão.
Ingresso: 27,50€ (dois adultos e duas crianças)
Para Ficar
Novotel Luxembourg Kirchberg
O hotel que dá importância a cada momento, fica localizado no bairro de Kirchberg, um bairro moderno, próximo da paragem do tram, portanto, com uma excelente localização.
O espaço de 4 estrelas, concebido, idealmente, para reuniões de negócios e visitas de lazer ao centro da cidade, disponibiliza quartos modernos e amplos, ideais para trabalhar ou relaxa. Estão equipados com casa de banho privativa, minibar, mesa de trabalho, sofá, AC e WIFI gratuito. Nós ficámos num quarto superior com duas camas.
O hotel é dimensões consideráveis e inclui salas para reuniões, espaços para convívio, espaço para os mais novos, bar e restaurante.
A nossa estadia, que custou 100€/ noite, não incluiu pequeno-almoço. Este foi pago à parte, pelo valor de 18€/adulto, as crianças não pagaram. O pequeno almoço, servido no restaurante, funciona em regime buffet e é muito completo.
Para jantar, também, optámos pelo restaurante do hotel, uma vez que os preços são razoáveis e o menu divinal.
Morada: 6 rue Fort Niedergrünewald, Quartier Européen Nord, Plateau de Kirchberg
A Não Perder
Chocolataria House
Situada em frente ao Palácio Ducal, é um lugar de sonho para os amantes do chocolate. O cardápio é irresistível e as guloseimas altamente criativas. A famosa colher de chocolate imersa no leite quente é uma verdadeira tentação. Depois, há toda uma panóplia de coisas doces, cuja dificuldade incide, precisamente, no que escolher. Por outro lado, o espaço interior, bem como a esplanada são muito atrativos e acolhedores. Um local que merece uma visita para recarregar energias e satisfazer o paladar.
Morada: 20 Rue du Marché-aux-Herbes