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Carla & Leonel

Suíça e França – Roteiro de 6 dias pelos Alpes

Há já algum tempo que queríamos viajar pelos Alpes. Sempre fomos fascinados por cenários de montanha e neve, portanto, há muito que a Suíça preenchia o nosso imaginário. As casinhas de madeira, os lagos, o verde dos vales a contrastar com o branco dos cumes das montanhas, as vaquinhas a pastar no manto verde, as cascatas…
 
 

As expectativas eram altas, esperávamos encontrar tudo isto. E encontrámos, os Alpes são isto mesmo, a cada passo que dávamos vimos e sentimos o que desde sempre habitou o nosso pensamento.

 

Dia 1 – Suíça (Genebra – Zermatt)

O dia começou cedo e com alguma chuva. Voámos de Lisboa para Genebra na Easyjet, uma companhia low-cost com voos regulares para esta cidade.

Ao chegarmos a Genebra depressa nos dirigimos para a estação de comboio, que fica mesmo em frente ao terminal, para nos deslocarmos para Zermatt, o primeiro local que escolhemos para o início de mais uma aventura. Sim, porque as viagens são sempre uma aventura e uma descoberta maravilhosa, quer do mundo, quer de nós próprios.

A temperatura estava muito agradável e o sol começava a espreitar por entre as nuvens. Ao sair de Genebra, a linha de comboio acompanha o lago Léman, um dos maiores da Europa, e passa por paisagens simplesmente impressionantes, como a região de Lavaux, com as suas lindíssimas vinhas património da UNESCO, Lausanne, Montreux, entre outras.

Primeiro sentimento: a Suíça é linda! O verde, o lago, as montanhas, a neve, são particularidades que fazem deste país, um país com paisagens únicas.

Deixámos o lago para trás e seguimos até Visp, localidade onde trocámos de comboio que nos levou montanha acima até Zermatt, última paragem. Quando digo montanha acima, quero dizer isso mesmo, pois a partir de Visp a linha irrompe por entre curvas acidentadas montanha acima, numa subida simplesmente encantadora.     

A cerca de 230 Km e 4 horas de viagem, chegámos a Zermatt, uma cidade muito bonita localizada no coração dos Alpes Suíços, cercada por gigantescas montanhas e aos pés da uma das montanhas mais famosas da Suíça, o majestoso Matterhorn.

A cidade possui uma grande variedade de hotéis, lojas, restaurantes, bares e cafés, e é bastante procurada pelos turistas o ano inteiro. Atividades não faltam seja qual for a época do ano. No inverno destacam-se os desportos de inverno, as caminhadas na neve e as vistas magníficas do vilarejo coberto de neve, no verão as caminhadas, os trilhos e escaladas, ganham relevância. É possível encontrar neve no alto das montanhas durante todo o ano.         

O tráfego para automóveis é proibido em Zermatt, o transporte de pessoas e das mercadorias é realizado em pequenos veículos eléctricos, pelo que a única forma de aqui chegar é de comboio, partindo de Visp. Para quem viaja de carro, tem de deixá-lo na povoação anterior a Zermatt, também partindo de Visp.

Ao chegarmos a este encantador cenário e, apesar do ar gelado que inundava as nossas caras, apreciámos a paisagem coberta de neve e o frenesim dos imensos turistas que percorriam as ruas do vilarejo.

Naquele momento estávamos um pouco indecisos em relação a qual das montanhas subíamos. De uma coisa tínhamos a certeza, só podíamos subir a uma, não havia tempo para mais, com muita pena nossa. Assim, subiríamos ao Glaciar Matterhorn Paradise ou ao Gornergrat?

Após alguns minutos de conversa, decidimos subir ao Gornergrat embarcando numa viagem no comboio de cremalheira no meio de muita neve e muito frio.

O comboio parte de uma estação que fica mesmo em frente à estação de Zermatt. Se viajar com bagagem é possível deixá-la no loocker que fica na cave da estação pelo preço de 8 CHF.

A viagem até ao Gornergrat é fantástica. Após deixarmos Zermatt, a linha de comboio inclina-se acentuadamente para subir montanha acima. À medida que subíamos, as árvores da floresta davam lugar a um cenário branco como não há igual.

Naquele momento éramos nós, o comboio, muita neve e os imensos esquiadores que deslizavam pelas enormes pistas de sky. Aqui e ali algumas estações para deixar os turistas para usufruírem da vista, dos restaurantes ou até mesmo dos hotéis de montanha.

A linha do comboio de cremalheira termina no Gornergrat a 3089 metros de altitude. Neste dia, e em concreto na montanha, o céu estava bastante encoberto e por isso não conseguimos ver o Matterhorn, e tão pouco foi possível usufruir do local, uma vez que os 15º negativos, a neve e o forte vento que se faziam sentir não o permitiram. Até mesmo tirar fotografias foi uma tarefa quase impossível, pelo que regressámos a Zermatt imediatamente no mesmo comboio.

Quando chegámos à cidade ainda tivemos tempo de passear pelas pitorescas ruas e admirar o movimento das pessoas e claro, entrar numa chocolataria e experimentar alguns dos deliciosos chocolates suiços.

Com o avançar da noite regressámos à estação para seguir em direção a Interlaken, uma pequena cidade localizada na zona central da Suíça, a cerca de 54km a sudeste de Berna e 130km a sudoeste de Zurique, sendo conhecida como a capital do turismo da Região de Oberland.

O nome Interlaken nasceu da sua localização entre os lagos Thun e o Brienz, ligados por um canal que corre junto ao centro. A região é famosa há mais de três séculos, tendo sido primeiro um resort de verão que se viria a tornar apetecível durante todo o ano.

Interlaken está situada a 568m de altitude e liga-se aos vilarejos ali próximos e a outros lugares muito conhecidos, como é o caso de Jungfrau, através de teleféricos e pequenos comboios. Por isso, é fácil encontrar o que fazer em Interlaken ou nos arredores, já que há muitas viagens e excursões que partem da cidade.

Quando aqui chegámos já era noite. Saímos da estação e fomos em direção ao Interlaken Youth Hostel, que fica mesmo ao lado da estação, um hostel muito bonito com umas instalações magníficas a um preço bastante convidativo, 153€ por um quarto quádruplo com casa de banho partilhada e pequeno-almoço.

 

Dia 2 – Suíça (Interlaken – Grindelwald – Lauterbrunnen – Berna – Zurique – Landquart – St. Moritz)

O dia começou cedo, o sol ainda não dava o ar da sua graça, mas a vista que tínhamos da janela do nosso quarto era fabulosa. Estávamos ansiosos por começar a explorar a região.

Depois de um pequeno-almoço bastante agradável fomos apanhar o comboio em direção a Grindelwald, uma charmosa vila alpina localizada na região de Jungfrau, a cerca de 30Km de Interlaken, praticamente aos pés da montanha Eiger. Para lá chegar existem comboios regulares que saem de Interlaken Ost de hora em hora, num trajeto maravilhoso de 34 minutos.

É de Grindelwald que parte o comboio que acede ao Jungfrau, outro ponto bastante atrativo na Suíça, Património Mundial da UNESCO, mas ao qual não tivemos oportunidade de ir.

Com a impressionante montanha do Eiger como pano de fundo, Grindelwald foi uma deliciosa descoberta, pois tanto a paisagem durante o percurso como a própria localidade são impressionantes.

Percorremos as pitorescas ruas, fizemos algumas compras e decidimos subir de teleférico a Grindelwald First, apesar de só termos ido até Bort, por causa do mau tempo que se fazia sentir.

Em Bort aproveitámos para brincar um pouco na neve, as “Pequenas” estavam eufóricas com o manto branco, foi tempo de se libertarem um pouco.

De volta à vila e, após percorrermos mais algumas, apanhámos novamente o comboio, desta vez em direção a Luterbrunnen, outro vilarejo que também ansiávamos conhecer.

Luterbrunnen é um daqueles sítios cujos adjetivos são insuficientes para o descrever. Localizado a cerca de 15 Km de Interlaken, num percurso de 20 minutos de comboio, é um pequeno vilarejo situado num vale encantado entre gigantes escarpas, cumes montanhosos e 72 estrondosas cascatas, uma das maiores áreas de conservação da Natureza da Suíça.

“Lauter Brunnen” significa “grandes fontes”, um símbolo emblemático é a cascata Staubbach que desce por uma das faces proeminentes de quase 300 m, sendo uma das cascatas mais altas da Europa. Johann Wolfgang von Goethe, que visitou o vale em 1779, deixou-se inspirar pelas estrondosas massas de água para o seu famoso poema “Gesang der Geister über den Wassern” (Canção dos espíritos sobre as águas).

Outro fenómeno naturalmente espantoso são as cascatas Trümmelbach no interior da montanha “Schwarzer Mönch” (Monge negro) escondidas pelas poderosas faces da montanha. Por segundo, caem 20 000 litros de água nas dez cascatas do glaciar com uma altura total de cerca de 200 metros. O fenómeno pode ser visto apenas no verão e através de um teleférico em forma de túnel.

Lauterbrunnen, que se situa a 795 m de altitude é também o ponto de partida para a região de Jungfrau.

De regresso a Interlaken, apanhámos o comboio em direção a St. Moritz numa longa viagem de quase 6h, passando por Berna, Zurique, Landquart, entre muitos outros locais, cada um com as suas especificidades, todos eles dotados de grande beleza. A Suíça é isto mesmo, paisagens arrebatadoras.

Chegámos a St. Moritz já de noite, por isso dirigimo-nos apressadamente para o St. Moritz Youth Hostel, um hostel fabuloso no qual encontrámos imensos funcionários portugueses e onde pernoitámos confortavelmente.

St. Moritz, para além de ser ponto de chegada ou partida do famoso Glacier Express, é também uma conhecida estância de luxo de neve, muito popular entre ricos e famosos, um dos destinos turísticos mais caros do mundo.

 

Dia 3 – Suíça ( St. Moritz – Zermatt: Glacier Express)

Mais uma vez o dia começou cedo e com um sol maravilhoso, num dia de céu limpo o que foi fantástico, uma vez que este foi um dos dias mais aguardados desta viagem, foi dia de cumprir um desejo da nossa longa lista, foi o dia do tão aguardado passeio no Glacier Express desde St. Moritz até Zermatt, um passeio fabuloso de 8h num comboio panorâmico, o mais lento do mundo, numa das linhas mais impressionantes que já vimos, num trajeto verdadeiramente avassalador de cerca de 290 km, passando por 91 tunéis e mais de 290 pontes.

Após o maravilhoso pequeno-almoço, despedimo-nos dos simpáticos portugueses e fomos em direção à estação. Pelo meio ainda houve tempo para contemplar a cidade e o fantástico lago gelado que a acompanha.

Não é à toa que St. Moritz sempre foi conhecido como um destino de neve e excelência procurado por inúmeras pessoas, quer das artes, da política, do desporto e até mesmo da realeza. De facto, desde os hotéis até às diversas infraestruturas turísticas, bem como toda a envolvência são fantásticas.

O relógio marcava 9h 15 quando o Glacier Express partiu da estação, deixando para trás uma cidade muito bonita, um cenário de neve encantador.

O comboio é praticamente todo envidraçado para permitir aos viajantes usufruir de excelentes vistas, os bancos estão dispostos quatro a quatro com uma mesa desdobrável ao centro.

Para quem não possui o Swiss Travel Pass a viagem tem um custo de 270 CHF em primeira classe e 136 CHF em segunda classe por adulto, as crianças dos 6 aos 16 anos têm desconto de 50%. Para os portadores do Pass, como no nosso caso, a viagem foi gratuita, apenas houve necessidade de reservar o assento, que tem um custo de 33 CHF por pessoa (incluindo crianças) e quando se quer almoçar a bordo do comboio, fazer a reserva da refeição que tem um custo de 30 CHF por pessoa, e que apenas inclui o prato principal. As reservas e os bilhetes podem ser comprados diretamente no site do Glacier Express.

Nós fizemos o trajeto St. Moritz – Zermatt, no entanto, também é possível fazer o sentido inverso, é uma questão de gosto. O trajeto de Zermatt a St. Moritz foi feito pela primeira vez no verão de 1930 e o primeiro comboio panorâmico foi inaugurado em 1993. Esta rota também pode ser feita em comboios regionais, no entanto, eles não oferecem as janelas panorâmicas nem tão pouco o conforto do Glacier Express. Além do mais, não é possível fazer a viagem de Zermatt a St. Moritz direto, é necessário trocar de comboio várias vezes para completar a rota.

Ao entrar no comboio recebemos um livreto explicativo sobre o trajeto e também auscultadores áudio guia. No percurso de Zermatt a St. Moritz existem 35 importantes pontos de interesse e, pouco antes de chegar a cada um deles, um sinal sonoro é emitido e um número aparece no painel do comboio para ouvir as informações importantes sobre os locais por onde passamos.

Durante o trajeto o comboio vai parando rapidamente em pouquíssimas estações, sendo a mais longa, 20 minutos, em Disentis mais ou menos a meio do percurso.

De um modo geral esta é a Rota: Zermatt – St. Niklaus – Brig – Fiesch – Andermatt – Disentis – Chur –Thusis –Tiefencastel –Filisur – Bergün – Samedan – Celerina – St. Moritz, passando por por três cantões da Suíça – Valais, Uri e Graubünden onde há trechos classificados pela UNESCO como Património Mundial.

Este percurso passa por vários vilarejos charmosos, encravados aos pés dos Alpes suíços e paisagens encantadoras com lagos, rios, montanhas e muita neve.

Os pontos marcantes são: Zermatt, Visp, Brig, Andermatt, Oberalppass, Disentis, Rhine Gorge, Reichenau, Chur, Landwasser Viaduct, Davos, Filisur, Albula Line, St. Moritz.

 

St. Moritz

Com o seu charme cosmopolita, St. Moritz é um dos destinos de férias mais populares do mundo, originalmente famoso pelas nascentes minerais conhecidas há mais de 3000 anos, sendo também o berço do Turismo Alpino de Inverno desde 1884. O símbolo de St. Moritz é uma torre inclinada de 333 metros de altura, a primeira referência registada da mesma remonta a 1139. Uma cidade verdadeiramente encantadora num cenário que conjuga um belíssimo lago com majestosas montanhas.

 

Albula Line

O trajeto mais espectacular do Glacier Express localiza-se entre Preda e Bergun. Seis imponentes viadutos, três túneis em espiral e dois túneis helicoidais tornam possível ultrapassar uma diferença de 400 metros de altitude num curto espaço. Trata-se portanto da uma obra de arte da engenharia de linhas de comboio, a linha entre St. Moritz e Thussis, classificada como Património Mundial da UNESCO, a “Linha Rética de Albula/ Bernina Express”. Um trajeto verdadeiramente impressionante que nos transporta para uma montanha russa incrível, passando por viaduto espetacular à saída de um túnel.

 

Davos

Experimente o espírito dinâmico de Davos, o resort mais alto da Europa e desfrute de paz e solidão no intocado mundo montanhoso à sua porta. Davos é muito diversificado: férias, desporto, congressos, saúde, cultura, tudo acontece aqui.

 

Landwasser Viaduct

Com 65 metros de altura e 142 metros de comprimento, Landwasser Viaduct tornou-se o emblema do Glacier Express. Esta impressionante construção com cinco pilares de pedra num caminho curvo com um raio de 100 metros entra direto no Landwasser Tunnel.

 

Chur

Chur é a mais antiga cidade da Suíça, com uma história aproximada de cerca de 5000 anos. É também a principal cidade do cantão de Graubunden. Atualmente Chur é uma cidade moderna, movimentada e com uma riqueza arquitectura histórica. Com ruelas sinuosas e praças escondidas, o centro histórico é um ponto de partida ideal para passear.

 

Rhine Gorge

Depois da última Idade do Gelo houve enormes deslizamentos de terras. Este evento deu origem às paisagens de George tal como são atualmente, as quais são conhecidas como o “Swiss Grand Canyon”. Este trajeto de rio esteve inacessível até à construção da linha Chur – llanz aberta em 1903.

O Desfiladeiro do Reno é uma aventura no “Grand Canyon” da Suíça, entre Ilanz e Reichenau,  que poderá ser realizada a pé, de bicicleta ou num barco de rafting.

 

Disentis

Disentis é a maior comunidade Romanche da Suíça. Esta vila é dominada por um mosteiro. Tanto o mosteiro como a igreja com as suas torres duplas datam de 1683 – 1695, fazendo dele o mais antigo mosteiro Beneditino da Suíça.

 

Oberalpass

Quando se viaja ao longo de Oberalpass, a linha de comboio já está a 2033 metros com a ajuda da cremalheira que o puxa a tão elevada altitude, fazendo deste local o ponto alto deste passeio. Aqui, o comboio pára cerca de 10 minutos para que as pessoas possam desfrutar das vistas e da neve, que neste sítio atinge uma altura gigantesca, uma paisagem de um branco sem igual.

Corvatsch é a estação de cume mais alta da região leste dos Alpes, com 3303 metros de altitude, um paraíso para esquiadores e fãs de trilhos.

 

Andermatt

Andermatt foi fundada pelos Walsers no século XVII. As vistas aqui vão para as igrejas de St. Peter e St. Paul. Atualmente está em construção o Andermatt Swiss Alps Resort que estará concluído este ano e terá seis hotéis quatro e cinco estrelas, 490 apartamentos de férias, 25 chalés exclusivos, centro de conferências piscina exterior e campo de golf. Depois de Oberalpass é interessante ver a linha de comboio a descer montanha abaixo, passando por um longo túnel, até Andermatt.

 

Brig

A História de Valais é também a história de Brig, zona dominada pela língua alemã. Fundada em 1250, esta cidade cresceu até ao estatuto de metrópole do comércio.

Brig é o ponto de partida para fantásticas caminhadas na maravilhosa paisagem do fantástico Aletsch glaciar, declarado Património da Unesco desde 2001.

 

Zermatt

O último trajeto deste passeio é feito entre montanhas selvagens, protegido por estruturas contra as avalanches e túneis. Em dias de sol, logo à saída da estação, o majestoso Matterhorn ergue-se diante dos nossos olhos. Este troço de linha entre Visp – Zermatt foi aberto em 1891 após dois trabalhosos anos de construção.

A previsão dos engenheiros ferroviários da época foi incrível: eles perceberam que as comunidades do vale que viveram da terra durante séculos teriam que procurar no turismo uma forma para os sustentar a longo prazo, trazendo desta forma prosperidade para a população de Zermatt, um vilarejo belíssimo localizado entre gigantes montanhas, no qual não são permitidos veículos.

A refeição a bordo é servida pelas 12h 30m, mais ou menos a meio do percurso, em Dissentis. Foi a primeira vez que fizemos um almoço num comboio e para as “Pequenas” foi uma experiência sem igual.

A refeição tem de ser reservada com antecedência, todos pagam incluindo as crianças e existem as seguintes opções: apenas o prato do dia por 30 CHF, menu de 3 pratos (entrada, prato principal e sobremesa) por 43 CHF, ou então serviço à la carte. Se preferir, é possível pedir sanduíches, tábua de queijo, etc., não sendo necessário reserva, ou então fazer refeição ou beber algo no vagão bar.

No final da refeição é servido um pequeno miminho aos passageiros, uma bolacha, e quase no final do trajeto passa um carrinho com lembranças para quem quiser comprar.

Os funcionários são muito prestáveis e simpáticos, o comboio é muito confortável, e tem excelentes instalações sanitárias.

Um passeio sem igual que recomendámos vivamente, uma experiência de encher a alma.

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No fim do passeio e com o aproximar também do fim do dia, fomos em direção a Annecy na França. Os dois próximos dias foram passados em terras francesas.

 

Dia 4 – França ( Chamonix – Mont Blanc)

No quarto dia escolhemos o impressionante Mont Blanc e a movimentada cidade de Chamonix para continuar a nossa aventura nos Alpes.

À semelhança dos dias anteriores, levantámo-nos cedo e fomos em direção a Chamonix a cerca de 80 Km de Annecy.

Por entre vales e montanhas chegámos à cidade que fica encaixada num vale profundo aos pés e entre o grandioso Mont Blanc, localizado a 4158 metros de altitude, e o Brévent a 2550 metros de altitude.

Para chegar o mais próximo possível do Mont Blanc a única forma é subir num enorme teleférico a um local chamado Aiguille du Midi a 3842 metros de altitude, pelo preço de 61,50€ por adulto e 52,30€ por criança dos 5 aos 14 anos. O pacote Família fica por 190,70€ para quatro pessoas.

A subida de Chamonix ao Aiguille do Midi é realizada em duas etapas e o percurso completo (se for direto) demora cerca de 15 a 20 minutos.

A primeira paragem fica a 2310 metros no Plan de l´Aiguille com umas vistas impressionantes de onde se pode avistar o paredão de escarpas rochosas e o vale de Chamonix.

Nesta etapa intermédia do percurso, de onde já se pode ter uma visão deslumbrante do maciço do Mont-Blanc, existe um restaurante, o Refuge du Plan de l’Aiguille e um terraço.

Subindo mais um pouco atinge-se a arrojada estrutura do Aiguille du Midi com uma série de atrações, pelo que são necessárias pelo menos três horas para explorar o local. Uma estrutura montada no topo, a 3842 m, descomunal e que surpreende pela quantidade de pontos de observação, terraços, elevadores e escadarias de ferro.

As atrações são, um tubo de ferro suspenso a milhares de metros acima da geleira que permite a passagem por dentro do cume do Aiguille du Midi, um elevador que corta o cume da montanha e conduz ao ponto de observação mais alto, cujo terraço circunda um imenso transmissor de TV. Existe ainda o Espaço Mont Blanc e o Espaço História, e para fazer refeições, há o Le Vertical Café & Shop, Summit 382 Café e o Le 3842 Restaurant, que serve especialidades da cozinha savoyarde, típicas da região de Auvergne-Rhône-Alpes.

Uma das mais impressionantes atrações é “Le Pas dans le Vide”, uma cabine de vidro que é um dos grandes destaques do Aiguille du Midi, permitindo aos visitantes a possibilidade de darem um passo para o precipício, um vazio a quase 4 mil metros de altitude. Para entrar na estrutura, é necessário usar pantufas para não arranhar o piso transparente. O cubo de vidro projeta-se para fora do terraço, oferecendo vistas inesquecíveis para as montanhas e para a cidade de Chamonix.

Para usufruir de uma excelente vista para o Mont Blanc, mas do outro lado do vale de Chamonix existe também a possibilidade de subir, em duas etapas, até ao Brévent. Foi esta a subida de montanha que escolhemos fazer, pelo preço de 32,50€ por adulto e 27,60€ para crianças dos 5 aos 14 anos e pacote Família por 100,70€ para quatro pessoas.

A primeira etapa é feita em pequenos teleféricos até Planpraz a 2000 metros de altitude, a segunda etapa é realizada num teleférico que transporta cerca de 60 pessoas até aos 2550 metros de altitude por entre escarpas vertiginosas com vistas de tirar o fôlego, num percurso que demora cerca de 20 minutos.

Por se localizar num ponto consideravelmente alto, o Brévent oferece uma vista excelente para o Mont Blanc, uma vez que está mesmo de frente, uma boa alternativa portanto, para quem não vai a Aiguille du Midi.

Para além da fantástica vista, no Brévent existe um restaurante panorâmico suspenso, impróprio para cardíacos, e uma pista de sky.

Antes de descermos a montanha aproveitámos cada segundo para contemplar a paisagem, tirar imensas fotografias e fazer uma pequena refeição. Na descida houve ainda tempo para brincar um pouco na neve e usufruir do excelente dia de sol numa simpática esplanada no meio do manto branco.

De volta a Chamonix, fizemos um longo passeio pelas apinhadas ruas de turistas e fizemos algumas compras.

Outros pontos de interesse nesta zona são os glaciares, como o Mer de Glace a 1913 metros de altitude, o maior glaciar francês com 7 Km de comprimento e 200 metros de largura, acessível por comboio num percurso que dura 20 minutos.

Aqui, é possível visitar o Glaciorium, um espaço interativo e educativo dedicado à glaciologia, onde se aprende um pouco acerca da formação, da vida e da evolução dos glaciares ao longo dos séculos. Ou então, apanhar um teleférico e conhecer a Gruta de Gelo (Grotte de Glace). Um espaço pequeno com algumas obras simbolizando a vida das pessoas da região no século XIX.

Há também o glaciar “Les Bossons” que fica bem próximo da cidade de Chamonix e que pode ser visto de qualquer lugar. Com 3630m, é a geleira mais rápida graças à sua inclinação forte (1m/ 1m50 por dia), formada pela neve dos cumes das Montanhas do Mont-Blanc (4810m), de Mont-Maudit (4345m) e do Mont-Blanc du Tacul (4248m) e está acessível por um télésiège (cadeiras) até aos 1400 metros.

 

Dia 5 – França (Annecy)

Começámos o dia com um passeio à volta do lago de Annecy, na parte superior da montanha, até Col de la Forclaz, um local propício à prática de parapente, com uma vista desafogada para o lago e para Annecy.

De seguida, dirigimo-nos para o sopé da montanha, mesmo junto ao lago, até Annecy, uma cidade invadida por lindos e floridos canais, edifícios medievais, pontes, jardins, um imenso lago e os Alpes como pano de fundo. O clima de Annecy é bastante romântico, com os canais, jardins, ruas floridas, diversos restaurantes, cafés e lojas.

Annecy é um dos destinos para quem gosta de turismo de aventura. No inverno há imensas de estações de sky nos arredores e no verão é possível fazer trilhos. É uma cidade pequena, com cerca de 50 mil habitantes, localizada na região de Rhône-Alpes, capital do departamento francês de Haute-Savoie, na parte leste da França, muito perto da fronteira com a Suíça e a Itália.

Apesar de ser considerada uma das portas de entrada para os Alpes Franceses, Annecy é também conhecida por Veneza dos Alpes, por causa dos rios que cortam a cidade, dando aquele aspecto de cidade de canais.

Para conhecer esta cidade, o ideal é começar o percurso na La Vieille Ville, a Cidade Velha, a parte histórica da cidade, com construções que datam do século XVII.

 

Para Ver

Centro histórico

O centro histórico de Annecy é feito de ruelas e de arcadas baixas do século XVII com imensas lojas e gelatarias artesanais.

 

Canais de Annecy

Um dos apelidos de Annecy é A Veneza dos Alpes por causa dos seus canais.

 

Palais de l’Isle

O Palais de l’Isle é um dos pontos mais conhecidos de Annecy, é uma antiga prisão que fica numa espécie de ilha, sendo atualmente um museu que conta a sua própria história.

 

Pont des amours

A lenda diz que beijar nessa ponte dá sorte para os casais, a ponte que fica na parte norte dos Jardins de l’Europe. Um local ótimo para tirar bonitas fotografias das montanhas e do lago.

 

Castelo de Annecy

No alto de uma colina fica o Castelo de Annecy, um castelo do século XII que foi morada dos condes de Genebra e hoje funciona como um museu com exposições temporárias e exibição de coleções ligadas ao património regional, arqueologia lacustre, esculturas medievais, pinturas de paisagens, arte contemporânea e cinema.

 

Lago de Annecy

O lago é, sem dúvida, a principal atração de Annecy, o segundo maior lago da França, sendo considerado um dos mais limpos do mundo.

 

Jardins de l´Europe

Criado em 1863, trata-se de um parque localizado nas margens do Lago de Annecy entre a Prefeitura e a Ilha de Cisnes, com uma área de cerca de 3 hectares, abrigando mais 250 árvores e espécies de plantas, como a ginkgo biloba, tulipa, os pinheiros da Córsega e as sequóias gigantes. Um lugar excecional para um passeio.

 

Catedral de São Pedro

Catedral em estilo renascentista construída no começo do século XVI, é hoje um dos patrimónios históricos da cidade.

 

Basílica da Visitação

Um pouco fora do centro histórico e do centro da cidade fica uma basílica que não é muito visitada pelos turistas, mas que vale a pena conhecer.

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Dia 6 – Suíça (Genebra)

Comparativamente com os outros dias, este começou ainda mais cedo. Era o último dia na Suíça e portanto, queríamos aproveitá-lo ao máximo.

Como regressaríamos do aeroporto de Genebra, reservámos este dia para explorar a cidade que é conhecida como a “Cidade da Paz”, nome que advém do facto de acolher as sedes das mais importantes instituições internacionais ligadas à paz, as Nações Unidas, Cruz Vermelha, UNICEF, etc.

Quando lá chegámos demos um longo passeio a pé para conhecer um pouco melhor a cidade e também para nos orientarmos na mesma.

Como o tempo não era muito decidimos, como já é hábito, fazer o Geneva Internacional Tours do Cityseeing pelo preço de 25 CHF para adultos e 13 CHF para as crianças. Para além desta rota, a empresa disponibiliza outros dois, o Geneva Parks & Residences Tours e Geneva Old Town Tours.

O percurso inicia na Rotounde Mont Blanc, muito próximo da estação de comboios. De outubro a abril apenas opera em três Horários, 12h 15m, 13h 45m e 15h 15m. De maio a Setembro inicia o percurso às 10h e saídas de 45m em 45m até às 16h 45m. Muito diferente de outras cidades europeias, cujas saídas são de 15 em 15m para permitir visitar as diversas atrações sem se perder muito tempo à espera do próximo autocarro.

Escolhemos o horário das 12h 15m e lá partimos num trajeto com a duração de 1h 30m.

Ficamos um pouco decepcionada com os horários, pois com intervalos de 1h 30m e apenas três autocarros por dia condiciona bastante a deslocação entre os diversos pontos turísticos. Portanto, e lamentando a situação e a falta de tempo, não exploramos devidamente as atrações deste percurso, apenas nos limitamos a fazer o trajeto sem sair do autocarro, observando as ruas de Genebra, os parques, o lago, e os edifícios, entre os quais, os ligados à Paz.

Terminamos 90 minutos depois de iniciarmos o percurso, exatamente no ponto de partida.

Como ainda nos restava cerca de 2 horas, decidimos explorar a pé o centro histórico da cidade. Assim, fomos caminhando em direção à zona antiga, passando pela rua mais cara da cidade, a Rua du Rhône, com diversas marcas de luxos e as famosas relojoarias suíças.

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Sobre

Olá, somos a Carla, o Leonel, a Sofia, a Francisca, e adorámos partir à descoberta do mundo juntos!

Aqui, partilhámos os vários destinos que já visitamos, os hotéis onde ficamos hospedados e os restaurantes que experimentámos. Queremos inspirar quem nos visita, a viajar e a experimentar, pois consideramos que a vida é uma soma de experiências e uma constante procura. Nesta procura, buscamos locais, espaços, gastronomia, cultura, pessoas e, acima de tudo, a felicidade que é poder conhecer, valorizar e preservar o mundo maravilhoso que temos.

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