“Pequena”
Partindo à descoberta de trilhos emocionantes, que nos levem a descobrir as cores do outono, desta vez aventurámo-nos pela montanha no maravilhoso Trilho das Faias, um percurso circular com cerca de 5km que nos mostra que o outono é uma estação bucólica, mas ao mesmo tempo repleta de cores, cheiros e sons.
Depois do almoço acelerámos pela estrada de montanha até ao pequeno parque de estacionamento onde estão colocadas as primeiras placas do trilho. Calçadas as sapatilhas de caminhada, esperava-nos uma ligeira subida. Primeiro contornámos a encosta e só depois o terreno inclinou ligeiramente. A vista ainda não era sublime, pois fomos contemplados com um grande nevoeiro, mas que no fundo conferiu uma particularidade muito interessante ao cenário. Parecia que tínhamos entrado num cenário encantado, um daqueles retirado dos livros de histórias dos elfos, das fadas e das bruxas… Que misterioso, tão surpreendente!
Um quilómetro e tanto depois, começaram a aparecer as altas árvores escuras, como se estivéssemos numa densa floresta no Canadá, só que sem neve. O percurso assim continuou por algum tempo, até que avistámos o que seria o ponto mais alto do percurso. Uma pequena clareira enevoada, com uma pequena torre de vigia, circundada por grandes pedras. À nossa frente avizinhava-se um caminho a descer, e nada de árvores. Prosseguimos com cuidado, não fossem as pedrinhas soltarem-se. O terreno entrava agora numa outra floresta, a tão aguardada floresta das faias.
As árvores erguiam-se, pintadas de amarelo, vermelho e laranja, e o chão estava agora coberto destas lindas folhas. A paisagem parecia tirada de uma bela pintura ancestral, de um mundo puro e colorido longe, muito longe daqui. A imagem de um belo outono, com todos os seus atributos e características, complementada pela brisa de estarmos ali mesmo, a sentirmos aquele local e aquele momento encantador!
Saímos da floresta das faias e entramos numa outra repleta de gigantes árvores, os majestosos pinheiros de Oregon. De repente, o nevoeiro adensou-se e a magia voltou a repetir-se: estaríamos num outro cenário encantado? Parece que sim, pelo menos, foi assim que o sentimos.
Descendo alegremente por entre tão altas espécies, chegamos a uma nova clareira. Para trás tinham ficado cenários verdadeiramente deslumbrante. A partir dali, seguiu-se uma subida bastante longa e um pouco exaustiva. Passámos ainda ao lado de um belo riacho, e por uma casa de pedra que, curiosamente, tinha uma pequena eólica e painéis solares.
As pernas já doíam e, quando conseguíamos avistar o cimo da encosta, demos com uma vista privilegiada para o vale. Do céu nublado abria-se, agora, uma oval que deixava passar leves raios de sol que inundavam as aldeias.
À chegada encontrámos dois grandes cães da raça da Serra da Estrela que nos vieram felicitar pelo percurso terminado. Este é um dos sítios que nos mostra que a Natureza é maravilhosa e que durante esta altura do ano, podemos ver como uma montanha se transforma numa paleta de cores e luzes vibrantes.
“Mais Pequena”
Voltámos a fazer trilhos e desta vez fomos fazer o Trilho das Faias. O trilho é muito bonito e com imensas árvores, altas e algumas muito coloridas.
Demoramos 2 horas e 20 minutos a fazer 5,600 Km. No começo estava nevoeiro, mas depois, quando este levantou, espantamo-nos com a vista.
Foi um percurso maravilhoso, quer pela paisagem, quer pela diversão, pois fartámo-nos de atirar as folhas para o ar e vê-las cair em cima de nós. Momentos incríveis ainda melhor quando vividos em família.
No final de um dia tão divertido, esperava-nos uma acolhedora casinha com lareira na aldeia do Sabugueiro chamada Casa Ferreira no alojamento Casas Estrela.
Gosto muito de ir para a montanha com a minha família. Ali, a vida é calma, então é fácil de relaxar. Adorei o fim de semana!